O estranho e maravilhoso mundo das mascotes do EURO
Domingo, 24 de Março de 2019
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Olhamos para as coloridas antecessoras da mascote do UEFA EURO 2020, entre as quais se incluem dois coelhos e uns gémeos misteriosos.
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Desde que Willie foi apresentado no Campeonato do Mundo de 1966, muitas mascotes – desde brinquedos com narizes compridos a leões e diabos híbridos – deram outra alegria aos grandes torneios de futebol do planeta.
O Campeonato da Europa da UEFA esperou até 1980 para ter o seu primeiro "amuleto da sorte" e, desde então, tem sido uma viagem curiosa, culminada na apresentação da figura do UEFA EURO 2020, no domingo. O UEFA.com recorda o passado estranho e maravilhoso.
EURO '80, Itália: Pinóquio
Como qualquer criança, conhecemos perfeitamente a moral das histórias de encantar: minta e o seu nariz cresce como uma cenoura; diga a verdade e pode perfeitamente deixar de ser um menino de madeira e transformar-se numa criança como as outras. Considerado na altura um dos livros mais traduzidos no mundo, Pinóquio foi a personagem ideal para ser a primeira mascote do EURO.
EURO '84, França: Peno
Mascote sempre pronta para acção, este galo foi elegantemente vestido com o equipamento da anfitriã França, incluindo chuteiras e bola. Chamada de Peno – do calão gaulês para penalty –, deu sorte aos gauleses, vencedores da competição em casa.
EURO '88, República Federal da Alemanha: Berni
Se poucos esperavam um coelho, menos ainda poderiam prever que se chamasse Berni, mas houve um método na loucura. "Adepto de futebol entusiasta e do qual todos gostam", segundo a Federação Alemã de Futebol (DBF), o coelho foi nomeado em honra da cidade de Berna, então quartel-general da UEFA e onde a Alemanha ergueu o troféu do Campeonato do Mundo de 1954. Com punhos para o suor nos dois pulsos e na testa, Berni sempre pareceu divertir-se com a bola ou sem ela. Infelizmente para todos, a campanha realizada em 2006 para revitalizar Berni para o Campeonato do Mundo não avançou.
EURO '92, Suécia: Rabbit
A pressão estava agora no lado da Suécia – a quarta nação a desvendar um talismã para o mais prestigiado torneio do futebol europeu – para criar algo imaginativo, alegre e original. E os suecos tiraram mesmo mesmo um coelho da cartola.
EURO '96, Inglaterra: Goaliath
Goaliath acabou com a série de coelhos como mascotes. Trinta anos depois de Willie ter arrasado no Campeonato do Mundo com a sua camisola do Union Jack, este novo leão tinha uma tarefa complicada pela frente. Mas com três animais destes no seu emblema, a Inglaterra dificilmente poderia ter escolhido outro bicho e, com uma elegante camisola azul e branca, Goliath representava o bom gigante que todos adoraram.
UEFA EURO 2000, Holanda-Bélgica: Benelucky
Com mais de 5000 candidatos por onde escolher, os primeiros co-organizadores do EURO não tinham desculpa e não falharam. Com um nome escolhido em honra da união Bélgica / Países Baixos / Luxemburgo, Benelucky também era uma combinação entre a palavra latina "bene" (boa) e a inglesa "luck" (sorte), proporcionando assim vibrações positivas a todas as nações apuradas. Mas era mais do que isso. Parte diabo, em honra do apelido da selecção belga – Diabos Vermelhos –, e parte leão, símbolo nacional dos Países Baixos, o Benelucky era um vencedor à partida.
UEFA EURO 2004, Portugal : Kinas
Portugal esteve muito perto de ser o primeiro país, depois da França, a tirar o máximo partido da principal tarefa de uma mascote: dar boa sorte. Mas a derrota na final contra a Grécia acabou com o sonho luso, apesar dos esforços de um pequeno "rapaz" vestido com as cores nacionais e cujo nome nasceu em honra dos cinco escudos azuis – ou quinas – da bandeira nacional. Mas o Kinas era mais do que isso; tinha poderes especiais e uma postura divertida.
UEFA EURO 2008, Áustria-Suíça: Trix e Flix
Dois países, o dobro do divertimento: Trix e Flix, os gémeos misteriosos dos Alpes, surpreenderam e confundiram na mesma medida. Cada um deles representava um dos países organizadores e o misterioso duo teve até direito a uma banda sonora original. A sua música – "Feel the Rush", de Shaggy – convidava a dançar e lançou o tom para muita festa e a sua imagem, ao contrário dos antecessores, nem sequer precisava de uma bola de futebol.
UEFA EURO 2012, Polónia-Ucrânia: Slavek e Slavko
É sempre importante ter a aprovação dos responsáveis locais e o presidente da Federação Polaca de Futebol (PZPN), Grzegorz Lato, vibrou de imediato com Slavek e Slavko. "Gosto especialmente do cabelo deles – também o tinha assim há 40 anos", afirmou. E que cabelo – espetado e com as cores das nações anfitriãs para o caso de as camisolas não serem suficientemente esclarecedoras. E de acordo com Andriy Shevchenko, estrela da Ucrânia, os gémeos até sabiam jogar futebol.
UEFA EURO 2016, França: Super Victor
O Super Victor – na altura presumivelmente chamado apenas Victor –, tropeçou literalmente numa capa mágica, numas botas e numa bola e, de repente, podia voar de cidade-anfitriã para cidade-anfitriã – um poder especialmente útil para uma mascote do EURO.
UEFA EURO 2020: Skillzy
O "freestyler" Skillzy foi escolhido para o seu papel no EURO 2020 após participar num concurso de talentos na Europa. Uns remates num parque de estacionamento com os seus amigos catapultou-o para o centro do palco numa audição após uma habilidade mal medida – partir o vidro de uma janela e interromper um dos participantes do concurso de talentos. Os truques e as jogadas do Skillzy para recuperar a bola impressionaram o júri – e o resto é história.