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Itália e Rússia prontas para a final na Eslováquia

A Itália parte para a final de sexta-feira em busca do primeiro título de campeã europeia da categoria, diante da Rússia, à procura de erguer o troféu pela segunda vez.

O seleccionador Sub-17 de Itália, Daniele Zoratto (à esquerda), e o homólogo da Rússia, Dmitri Khomukha
O seleccionador Sub-17 de Itália, Daniele Zoratto (à esquerda), e o homólogo da Rússia, Dmitri Khomukha ©Sportsfile

A final do Campeonato da Europa de Sub-17 de 2013, esta sexta-feira, será o culminar do torneio, mas o seleccionador italiano, Daniele Zoratto, espera que o jogo decisivo, entre Itália e Rússia, seja apenas o começo de uma nova era para os "azzurrini".

Quatro vezes campeã do mundo a nível sénior, é difícil crer que esta será a primeira presença da Itália numa final de um Europeu desta faixa etária. Mas o sucesso alcançado nesta edição poderá repetir-se bem mais vezes no futuro, com a Federação Italiana de Futebol (FIGC) a levar a cabo um projecto claro e bem definido para o futebol jovem, conduzido por Arrigo Sacchi, o homem que guiou a "squadra azzurra" à final do Mundial de 1994 e que levou o AC Milan à conquista de dois títulos de campeão europeu de clubes consecutivos.

"Isto é apenas o começo e não um ponto de chegada; não é esse o nosso objectivo. Será fantástico se, depois, dermos seguimento a tudo isto", destacou Zoratto, cujo êxito dos seus pupilos tem dado que falar no seu país. "Chegar a esta final e perceber que as pessoas começam a comentar o facto é fantástico. Quando se está numa final e há interesse por parte das pessoas, isso mostra que conseguimos despertar a atenção do país".

Depois de ter mostrado o seu poderio defensivo ao suster a formidável força atacante da Croácia no primeiro jogo da fase de grupos, os pupilos de Zoratto mostraram-se, a partir daí, mais afoitos no ataque, chegando à final após baterem, nas meias-finais, a anfitriã Eslováquia por 2-0. Curiosamente, a principal ameaça da selecção italiana no ataque tem vindo dos seus jogadores mais recuados, como o defesa-central Elio Capradossi ou Mario Pugliese, mas Zoratto garante que está a procurar desfazer o mito sobre o estilo de jogo do seu país.

"Historicamente, essa tem sido uma das nossas  maiores forças. Os italianos sabem como defender mesmo sem treinar muito esse aspecto. Estamos, agora, a procurar desenvolver outros conceitos de jogo, mais ofensivos. Estamos a dar o nosso melhor nesse campo e os resultados começam a aparecer", destacou o antigo internacional italiano, que tem todos os seus jogadores disponíveis para o encontro da final. "Estamos permanentemente a procurar formas de contra-atacar os nossos adversários. Neste momento, estamos a trabalhar tanto na defesa como no ataque. A defesa é algo que conseguimos enraizar mais facilmente, enquanto o ataque é mais complicado de preparar".

Já o seleccionador russo, Dmitri Khomukha, admitiu ao UEFA.com que vê a Itália como um exemplo para "melhorar as capacidades defensivas" da sua equipa mas, após dois empates consecutivos, um deles frente à turma de Zoratto, no derradeiro encontro do Grupo B, em Nitra, talvez a sua principal preocupação passe, agora, para a vertente atacante do jogo.

Ainda assim, embora a sua equipa não tenha conseguido, nas meias-finais, aproveitar as oportunidades criadas frente a uma Suécia reduzida a dez elementos, esta mostrou depois uma enorme frieza e grande capacidade técnica na conversão de penalties, acabando por vencer por 10-9 no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, apesar de ter ainda visto Egor Rudkovski desperdiçar o primeiro penalty.

"O jogo com a Suécia fez-me crescer mais uns quantos cabelos brancos. Vamos tentar evitar nova decisão por grandes penalidades na final", garantiu Khomukha. "Seja qual for o desfecho, este é já um grande torneio para a Rússia, pois há sete anos que não conseguíamos estar numa fase final desta competição. Mas, claro, agora queremos conquistar o troféu".

Depois de ter cumprido um castigo de três jogos de suspensão e ter sido chamado à última hora para suprir a ausência de um colega, Ramil Sheydaev, ponta-de-lança do FC Zenit St Petersburg, converteu a grande penalidade decisiva que colocou a Rússia naquela que é  a sua segunda final de um Europeu de Sub-17, prova que conquistou em 2006.

"Ele foi um dos nossos melhores marcadores durante a fase de qualificação e a sua chegada trouxe confiança a toda a equipa", explicou Khomukha. "A chave para a vitória será a mesma na final. Apenas um bom futebol colectivo e total empenho nos irão garantir o resultado que desejamos".