Fletcher quer contrariar probabilidades

Darren Fletcher espera que à terceira seja de vez frente a adversários espanhóis, quando liderar a Escócia frente à campeã em título na terça-feira, em Alicante.

O médio do Manchester United FC foi mero espectador quando o seu clube perdeu duas finais da UEFA Champions League frente ao FC Barcelona – castigado para a final de 2009, em Roma, o jogador de 27 anos foi suplente não utilizado em Maio passado, quando o Barcelona venceu o United por 3-1 em Wembley. No entanto, Fletcher, que debelou uma amigdalite a tempo de capitanear a Escócia no triunfo de sábado no Liechtenstein, por 1-0, anseia por uma mudança de sorte, já que uma vitória frente à Espanha, na última jornada do Grupo I da fase de qualificação para o UEFA EURO 2012, pode garantir a presença do seu país no "play-off".

"A minha experiência pessoal frente a equipas espanholas, especialmente o Barcelona, não tem sido boa", reconheceu Fletcher, que também superou um toque num tornozelo. "Estou a dizer que, apesar de termos jogado bem e marcado golos em Hampden Park [quando a Espanha bateu a Escócia, por 3-2, em Outubro passado], não foi suficiente."

"É a melhor selecção do Mundo – campeã mundial e europeia –, por isso não temos ilusões sobre o que nos espera. Enquanto houver hipóteses de apuramento, vamos lutar por isso. Tenho muito respeito pelo treinador e pelos meus colegas e, na qualidade de capitão, estou aqui para desempenhar o meu papel."

Os resultados da ronda anterior permitiram à Escócia ultrapassar a República Checa – derrotada em casa pela Espanha, vencedora do grupo – por um ponto, o que significa que apenas precisa de igualar o resultado da equipa de Michal Bílek, fora, frente à Lituânia, para garantir o segundo lugar. Apesar de reconhecer que as probabilidades estão contra a equipa de Craig Levein, Fletcher invoca o espírito lutador que levou a Escócia a vencer a França duas vezes na fase de qualificação para a edição de 2008, como forma de infringir aquela que será apenas a terceira derrota caseira da Espanha nos últimos 20 anos.

"Se nos apresentarmos receosos, vamos acabar por cair no jogo do adversário", disse Fletcher, que conta com 56 internacionalizações. "Sabemos que vamos estar remetidos à defesa durante longos períodos, mas temos que pensar positivo e ser disciplinados. Se abrirmos muitos espaços e tentarmos assumir a iniciativa, a Espanha vai explorar isso a seu favor e rapidamente ficaremos sem hipóteses, por isso a esse respeito vai ser complicado."

"No entanto, está tudo nas nossas mãos, que é o que se pode desejar num último jogo. Se tudo correr bem, a Lituânia também nos vai dar uma ajuda, o que seria agradável. Ninguém espera que ganhemos, mas nunca se sabe – às vezes acontecem coisas estranhas."