Bélgica quer "tornar possível o impossível"

A campanha de qualificação da Bélgica para o UEFA EURO 2012 tem sido marcada por altos e baixos, esperança e desespero.

Após a entrada do novo seleccionador, Georges Leekens, os "diabos vermelhos" somaram duas derrotas antes de subirem de forma e entrarem nos carris. Porém, o empate 1-1 ante o Azerbaijão, no mês passado, voltou a deixar a Bélgica com parcas hipóteses de ultrapassar a Turquia na corrida pelo lugar no Grupo A que dá acesso ao "play-off". Mas o triunfo belga sobre o Cazaquistão, por 4-1, na sexta-feira, combinado com a derrota sofrida pelos turcos na recepção à Alemanha, líder do grupo, deixou a Bélgica no segundo posto.

De qualquer forma, esta terça-feira, a Bélgica precisa de somar três pontos na Alemanha – que ainda não cedeu nenhum e segue 100 por cento vitoriosa –, uma vez que a Turquia recebe o Azerbaijão. Leekens é suficientemente realista para perceber que não se trata da mais fácil das missões, frente a uma Alemanha que não poderá contar com o médio Mario Götze e, provavelmente, Miroslav Klose, devido a um problema num joelho, mas poderá voltar a utilizar Toni Kroos e Mesut Özil.    

"Espero que [os alemães] continuem a celebrar a vitória sobre a Turquia até terça-feira", afirmou o seleccionador belga, antes de se pronunciar sobre o triunfo obtido na sexta-feira pela sua selecção. "Não estou eufórico, mas estou extremamente feliz. Jogámos com bravura e fizemos o que tínhamos de fazer. Os germânicos também. Na terça-feira, será um desafio completamente diferente. Merecemos esta final na Alemanha. E acreditamos nesta pequena hipótese de qualificação. Nem sempre ganha a equipa mais forte. Recuperámos de uma situação impossível e trata-se de um verdadeiro feito ainda estarmos na luta.”

Esta ambição é partilhada por Eden Hazard, que, na sexta-feira, colocou um ponto final à série de 23 jogos sem marcar com a camisola da selecção. O jogador acredita que o apoio dos cinco mil adeptos belgas esperados em Dusseldorf irá motivar a equipa nesta missão de se colocar mais perto de atingir a primeira fase final de uma grande competição desde 2002.

"No triunfo [na Áustria], por 2-0, também desempenharam o papel deles. Espero que neste jogo aconteça o mesmo", afirmou. "Acredito nisso. Se estivermos ao nosso melhor nível esta terça-feira e evitarmos os pequenos erros, teremos, seguramente, uma boa oportunidade. Tenho uma fé inabalável. O jogo da Alemanha é histórico para esta geração. Apesar de serem favoritos, os alemães ainda não venceram. Vai ser o maior jogo da minha carreira."