Verbruggen sobre a meia-final contra a Inglaterra, os penáltis e muito mais

Bart Verbruggen fez história antes de efectuar a sua primeira defesa no UEFA EURO 2024. Com apenas 21 anos e 303 dias quando entrou em campo contra a Polónia, a 16 de Junho, tornou-se no guarda-redes mais jovem nos últimos 60 anos a participar no torneio. Desde então, as suas exibições convincentes ajudaram a selecção "laranja" a avançar para as meias-finais pela primeira vez desde 2004.

O guarda-redes do Brighton sorri ao recordar os instantes finais da vitória por 2-1 sobre a Turquia nos quartos-de-final, que marcaram o confronto de quarta-feira com a Inglaterra nas meias-finais, em Dortmund. "Nos últimos dez minutos parecia que tínhamos seis guarda-redes!" assegurou.

"Wout [Weghorst] aliviou um ressalto, Micky [van de Ven] fez uma intervenção fantástica, Denzel [Dumfries] bloqueou um remate de [Hakan] Çalhanoǧlu, Jerdy [Schouten] quase saltou sobre Stefan de Vrij para travar um remate… e eu' Provavelmente estou a esquecer-me de alguns."

Verbruggen encaixa nos moldes do guarda-redes moderno e é extremamente hábil com a bola nos pés. "A capacidade de jogo do guarda-redes é cada vez mais importante", explica o antigo guarda-redes do Anderlecht.

"O guarda-redes é o primeiro avançado e o último defesa. Sinto-me confortável com a bola. Gosto disso. E os guarda-redes estão definitivamente envolvidos nos aspectos tácticos da construção do jogo e do ataque. É preciso sempre observar como o adversário vai pressionar .

“Mas não nos esqueçamos que o meu principal trabalho é manter a bola fora da baliza, o que significa lidar com cruzamentos, remates de longa distância e apurar os meus reflexos.

"Gostaria de me considerar um guarda-redes versátil. Espero que isto não pareça demasiado arrogante. Adoro o que faço e estou sempre à procura de melhorar. Não há nada que prefira fazer do que isto."

O capitão dos Países Baixos, Virgil van Dijk, apoia totalmente o seu jovem número 1. “O Bart é muito talentoso, um guarda-redes excepcional”, garantiu. "Coincidentemente, começou no mesmo clube que eu (o WDS'19, em Breda). Tem um futuro muito brilhante pela frente. Só precisa de continuar a trabalhar arduamente, mantendo a tranquilidade e o foco."

Para o jogador de 21 anos de Zwolle, a meia-final de quarta-feira tem uma importância extra porque é contra o país onde joga habitualmente. "Um dos meus companheiros de equipa, Lewis Dunk, está na selecção inglesa", avançou. “Também joguei contra vários outros jogadores da equipa deles.

"E, sim, vários dos meus companheiros de equipa na selecção como por exemplo o Nathan [Aké], o Virgil e o Cody [Gakpo], também jogam em Inglaterra. Não tenho a certeza se isso é uma vantagem porque os ingleses também nos conhecem. Portanto, funciona nos dois sentidos.

Verbruggen sabe que a disputa poderá ser decidida nos penáltis. "Claro, tenta-se sempre ganhar nos 90 minutos. Contudo, se for para os penáltis, estaremos prontos. Tenta-se apenas de nos prepararmos o melhor possível, juntamente com os outros guarda-redes, os nossos analistas e a nossa equipa.

"Estou confortável com a ideia. Já tive penáltis marcados contra mim no passado e consegui evitar alguns de serem bem sucedidos. Se chegar o momento [frente à Inglaterra], vou manter-me de pé, com confiança, e tentar ser decisivo para a equipa. É tudo o que posso fazer."