Espanha: Marc Cucurella sobre Nico Williams, Kylian Mbappé e Carles Puyol

Marc Cucurella tem sido um dos jogadores-revelação da Espanha no UEFA EURO 2024 aos olhos de muitos.

Estará a par de Lamine Yamal, o incrivelmente talentoso e maduro jovem de 16 anos cuja estreia internacional e primeiro golo no ano passado aconteceram com uma idade bem mais tenra do que a de Pelé, Diego Maradona, Johan Cruyff, Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo.

Mas o lateral-esquerdo catalão de 25 anos, com penteado e atitude em campo à Carles Puyol, não havia disputado nenhuma partida oficial pela La Roja antes da estreia no Grupo B contra a Croácia.

Na verdade, se José Gayà, do Valência, não tivesse sucumbido a uma lesão no final de Maio, é provável que Cucurella estivesse a ver este torneio em casa, na sua televisão. Em vez disso, é o lateral-esquerdo titular de Luis de la Fuente e está a duas vitórias de ajudar a Espanha a chegar às três anteriores vitórias no EURO.

Segue-se em Munique, na terça-feira, a França e os seus rápidos ataques pelos flancos - sejam eles vindos de Kylian Mbappé, Ousmane Dembélé ou Bradley Barcola.

Cucurella esteve à conversa com o EURO2024.com, pouco depois do emocionante apuramento frente à Alemanha, nos oitavos-de-final.

Quanto tempo precisaram para reagir ao andamento do marcador?

Estávamos cansados! Mas foi uma alegria pura chegar às meias-finais e estar a dois jogos da conquista do troféu.

A sua parceria com Nico Williams no lado esquerdo da Espanha tem-se revelado muito positiva. Como funcionam tão bem?

Tivemos uma conexão imediata. Praticamente não falamos de futebol fora de campo. O Nico é um tipo despreocupado e eu também, então as nossas personalidades encaixaram – aconteceu sem que tentássemos. Durante as partidas, digo-lhe para fazer o que quiser porque, com esses jogadores de ponta e com muito talento, é importante que se sintam à vontade.

Enfrentou Kylian Mbappé uma vez, derrotando a selecção Sub-19 da França com a Espanha em 2016. Como foi?

É uma coincidência não nos enfrentarmos há oito anos, mas agora temos de fazê-lo. Ele é um daqueles jogadores que pode não parecer envolvido numa jogada, mas acaba por fazer a diferença. Será difícil, mas somos uma equipa forte e sólida. Se trabalharmos juntos, poderemos derrotar a França.

Incomodam-no as comparações de Carles Puyol? Não só pelo penteado, mas também pelo estilo de jogo...

O Carles é uma lenda e algo que temos em comum é sempre dar tudo pela equipa. Ele conhecia muito bem os seus pontos fortes e fracos, e a equipa foi sempre o mais importante para ele. Essa também é uma das minhas características. Fico feliz que esta comparação seja feita – ele foi um grande jogador que fez história. Espero que acabe tendo uma carreira semelhante.