Bruno Fernandes fala da magia da camisola 8 e do sonho de ganhar o EURO com Portugal
domingo, 30 de junho de 2024
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O médio Bruno Fernandes fala ao EURO2024.com da relação especial com o número 8 e das esperanças para Portugal na Alemanha.
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![Bruno Fernandes sonha em ajudar Portugal a ganhar outro EURO Bruno Fernandes sonha em ajudar Portugal a ganhar outro EURO](https://editorial.uefa.com/resources/028e-1b41d869dee5-0c2c75ba184e-1000/format/wide1/portugal_portraits_-_uefa_euro_2024.jpeg?imwidth=158)
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Não é preciso ser um génio para perceber qual é o número preferido de Bruno Fernandes. O médio de Portugal não só utiliza o 8 na camisola do clube e da selecção, como também já passaram oito anos desde que a selecção lusitana ganhou o seu primeiro e único título do UEFA EURO em 2016, ao derrotar a anfitriã França por 1-0 na final em Paris.
Em entrevista ao EURO2024.com, o jogador de 29 anos fala sobre a sua relação com o número 8, o facto de ter jogado em campos sintéticos na sua juventude e do sonho em inspirar Portugal a conquistar mais um troféu na Alemanha.
A relação especial com o número 8
Actualmente, os números e as posições já não são os mesmos de antigamente. No passado, estávamos habituados a ver números de 1 a 11. Desde o início da minha carreira, sempre gostei do número 8, sobretudo entre os Sub-15 e os Sub-17, porque foi nessa altura que comecei a jogar mais como médio.
A ligação com o número 8 vem do facto de o meu pai o usar, por ter nascido no oitavo dia do mês. É uma combinação de factores. Nasci a 8 de Setembro, por isso a ligação começa no dia em que nasci.
Sobre vestir a camisola número 8 por Portugal
Na selecção nacional tivemos um jogador que eu idolatrava há alguns anos pela posição em que jogava: João Moutinho. Principalmente quando era mais novo, costumava admirá-lo pela forma como jogava e pela sua inteligência. Quando comecei a jogar por Portugal tive a sorte, o prazer e o privilégio de jogar com ele.
A primeira vez que utilizei o número foi porque o João estava suspenso por um jogo. Eu sabia que a camisola 8 era dele e que provavelmente a daria a outra pessoa se ninguém lhe pedisse. Depois disso, esperei até que o João deixasse de jogar e eu próprio pudesse começar a usar o número 8.
Os primeiros tempos de jogador
Uma das principais coisas que se aprende a jogar em relva sintética é que não se pode ter medo de nada. Corremos riscos, queremos sempre mostrar mais e nunca estamos satisfeitos. Também não queres perder, porque quando jogas em relva sintética jogas contra cinco [jogadores] e há pessoas lá fora à espera para entrar noutra equipa, por isso não queres perder.
Aprendemos a competitividade, o desejo e a vontade de ganhar, de melhorar e de fazer mais. Mas, claro, muito do que fazia quando era miúdo a jogar em relva sintética, continuo a fazer nos jogos. A paixão é a mesma, a vontade é a mesma, e este enorme "vício" de jogar futebol continua intacto.
O desejo de ganhar o EURO
Gostava muito de ganhar, obviamente! Gostava de viver aquele momento [em 2016] de uma forma diferente, para poder dar a todos os portugueses e a todos os miúdos que sonham um dia jogar na selecção essa mesma alegria que me deram em 2016, de modo a que possam sonhar em jogar na selecção e fazer grandes coisas pelo nosso país.