Lamine Yamal e Nico Williams: extremos dão asas à Espanha no EURO 2024

O lugar da Espanha na história do futebol está garantido, graças a três títulos do EURO, um do Campeonato do Mundo e um da Nations League.

Cumprem-se exactamente 60 anos desde que esteve perto de se sagrar campeã, numa altura em que era comum jogar-se com dois extremos bem abertos nas alas, e o curioso é que o período de maior sucesso da Espanha teve como protagonistas médios versáteis, capazes de se adaptar aos flancos. Agora, parece que o protagonismo voltou a recair em extremos puros, com os tecnicamente dotados e velozes Lamine Yamal e Nico Williams em destaque.

O primeiro detém uma lista de feitos impressionantes, no clube e selecção, com apenas 16 anos: recentemente, tornou-se no mais jovem a ser titular num jogo do Campeonato da Europa e no mais jovem a fazer uma assistência na prova, quando fez o passe decisivo para Dani Carvajal frente à Croácia.

Já o segundo foi eleito Melhor em Campo na vitória sobre a campeã Itália, numa em que não deu descanso ao marcador directo e viu a barra negar-lhe um golo brilhante.

Apesar das diferenças que os separam, como a idade, jogarem em flancos opostos ou os clubes que representam, une-os a amizade, a técnica e um objectivo: ganhar o EURO 2024.

Williams disse ao jornal Marca: "Lamine e eu somos muito parecidos. Adoramos ver vídeos de grandes jogadores e somos jogadores de 'rua'. É por isso nos entendemos tão bem. Estamos constantemente a brincar um com o outro, continuando a fomentar uma amizade nascida no jogo frente à Geórgia, no ano passado".

Sobre a posição que ocupam, ambos têm coisas interessantes a dizer. Para Williams "a arte de ser extremo é principalmente psicológica; ver receio no olhar do defesa antes de o enfrentar e a desilusão quando passamos por ele. Já Yamal considera que "assistir dá alegria e marcar dá satisfação. É quase uma experiência extra-corporal e difícil de definir em palavras".

"E, sobre a sua capacidade sobrenatural de escolher repetidamente a opção certa quando tem a posse de bola, acrescentou: “Há alguns momentos em que pensamos, mas na maioria das vezes é sem pensar.

A precocidade de Yamal dá que falar e vai continuar a ser assim, ou não tivesse o seleccionador Luis de la Fuente, que lhe proporcionou a estreia na selecção, dito: "Lamine foi tocado pela varinha mágica de Deus".