Paixão, obsessão e criatividade: Xavi Simons em poucas palavras

Xavi Simons é uma estrela em ascensão. O médio do Leipzig, de 21 anos, tem feito progressos rápidos nos últimos dois anos a nível de clubes e o mesmo se pode dizer da sua carreira na selecção dos Países Baixos.

Durante o Campeonato do Mundo de 2022, no Qatar, o seu tempo de jogo foi limitado a sete minutos como suplente contra os Estados Unidos. Ainda assim, na Alemanha, participou em todos os jogos da seleção neerlandesa na fase de grupos, incluindo dois como titular.

"É muito especial", disse ao EURO2024.com. "Era apenas um miúdo de 19 anos no Mundial e foi a primeira vez que fui convocado para a selecção. Neste Europeu sabia que iria ter um papel na equipa, o que me deixa muito feliz. Como jogador, só queres actuar pelo teu país e vivenciar grandes feitos."

O seleccionador dos Países Baixos, Ronald Koeman, descreveu Simons durante uma recente conferência de imprensa como um "enorme talento" no qual está "totalmente confiante". "Paixão, obsessão e criatividade", disse. "Sinto essa paixão pelo futebol desde que era jovem, na verdade desde que nasci. O meu irmão mais velho ajudou-me a desenvolver o meu amor pelo jogo e sempre que estou em campo gosto disso e faço tudo o que posso para vencer. Também estou obcecado em melhorar a cada dia e em realizar os meus sonhos de criança. Estou preparado para fazer tudo o que puder para que isso aconteça."

Em termos de criatividade, Simons cita rapidamente o jogador que idolatrava mais do que qualquer outro: Neymar. "Cresci no Barcelona quando ele lá jogava. Vi alguns dos seus jogos e vibrava quando ele marcava. Foi ele que me inspirou. Anos mais tarde, tive a sorte de jogar na mesma equipa que ele quando tinha 16 anos. Mas, quando tinha 16 anos, senti o quanto ele deu ao desporto foi muito bom. É um jogador incrível."

Simons é um confesso fanático do futebol, o que ajuda na preparação para o embate dos oitavos-de-final com a Roménia, vencedora do Grupo E. "Acompanho o jogo de perto, por isso conheço um pouco alguns dos jogadores romenos que jogam em equipas fora da Roménia", diz. "Nos dias que antecedem o jogo, obviamente vamos reunir com o treinador para analisar o nosso adversário com mais detalhe."

O seu foco está exclusivamente no jogo de Munique, a 2 de julho. "Sei que existe uma potencial desforra com a Áustria nos quartos-de-final, mas recuso-me a olhar tão longe. Agora é tudo sobre a Roménia. Não os subestimamos e respeitamo-los muito, especialmente quando olhamos para o que eles alcançaram na fase de grupos."

O número 7 da selecção laranja sabe que agora não há margem para erros. "Recebemos o nosso alerta contra a Áustria e sabemos que agora é a sério. Se não fizermos as coisas bem, estamos fora. É tudo ou nada."