Jogos mais renhidos, caras novas e mais surpresas: um EURO cada vez mais competitivo
sexta-feira, 12 de julho de 2024
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Foi um percurso emocionante até à final do UEFA EURO 2024, com resultados que evidenciam com resultados que realçam o crescente equilíbrio no campo entre os participantes no futebol europeu e mais sinais de como o torneio está a evoluir para oferecer a mais equipas mais oportunidades de deixar a sua marca.
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Espanha e Inglaterra vão defrontar-se na final do UEFA EURO 2024, em Berlim, no domingo, com ambas as equipas a vencerem por 2-1 nas meias-finais, contra a França e os Países Baixos, respectivamente.
Dani Olmo marcou o golo da vitória da Espanha, enquanto Ollie Watkins garantiu o triunfo da Inglaterra nos minutos finais, com ambas as meias-finais a serem tensas e emotivas.
Os jogos equilibrados da fase a eliminar seguiram-se a uma fase de grupos extremamente competitiva, na qual a estreante Geórgia passou aos oitavos-de-final. A Eslovénia também debutou na fase a eliminar e a Roménia regressou a essa etapa pela primeira vez desde 2000.
Oportunidade bate à porta
Estes resultados ilustram a forma como o sistema de 24 equipas introduzido do campeonato de 2016 do EURO aumentou a variedade de equipas que competem ao mais alto nível, mantendo ao mesmo tempo o nível de competitividade.
Em 2016, o País de Gales chegou às meias-finais, enquanto a estreante Islândia não só se qualificou no seu grupo como surpreendeu a favorita Inglaterra nos oitavos-de-final. A sua homóloga nórdica da Dinamarca foi semifinalista no EURO 2020.
De igual modo, o novo formato e a oportunidade de os terceiros classificados se qualificarem para a fase a eliminar significa que mais equipas têm algo por lutar ao longo de todo o torneio, e dá a algumas das nações menos financiadas uma maior oportunidade de chegar mais longe. No EURO 2020, 23 dos 24 participantes tiveram algo em jogo na última jornada da fase de grupos, enquanto este ano apenas a Polónia já estava eliminada à entrada para a Jornada 3.
Torneio cada vez mais imprevisível
Os jogos do EURO 2024 têm sido incrivelmente disputados, exemplificando a crescente competitividade do torneio. A margem média de vitória no EURO 2024 foi de apenas 1,08 golos – a mais baixa desde a edição de 1992, com oito equipas, e muito inferior à margem média de 1,39 golos registada no EURO 2008.
Isto não se deve apenas a jogos a eliminar muito disputados, porque a margem média de vitória no fim da fase de grupos foi de 1,03 golos.
Todas as 24 equipas conquistaram pelo menos um ponto e a diferença média de pontos entre o primeiro e o quarto classificados de cada grupo – 4,5 pontos – foi a mais baixa desde o EURO 96, o primeiro a contar com 16 equipas.
Dos quatro semifinalistas deste Verão, apenas a Espanha venceu todos os seus jogos da fase de grupos, já que os Países Baixos perderam com a Áustria, enquanto a Inglaterra e a França também tiveram de se contentar apenas com uma vitória.
Equilíbrio dentro das quatro linhas
A expansão do EURO contribuiu para o objectivo permanente da UEFA de aumentar a competitividade do futebol europeu.
A introdução da UEFA Nations League não só oferece uma nova via de qualificação para o EURO, como também proporciona jogos competitivos regulares que algumas das nações futebolísticas mais pequenas da Europa têm historicamente tido dificuldade em encontrar – e que são cruciais para facilitar a melhoria e aumentar o interesse. O sucesso da Geórgia no EURO 2024 é o passo mais recente de um período de desenvolvimento em que a Nations League desempenhou um papel significativo.
A prestação de apoio financeiro é outra forma de reforçar o futebol europeu. Após a realização do EURO, cerca de dois terços das receitas geradas pelo torneio serão redistribuídos pelas 55 federações-membro da UEFA para serem aplicadas no desenvolvimento do futebol dentro e fora do relvado.