Exibições defensivas memoráveis no EURO: Pepe, Ramos, Dellas
domingo, 1 de janeiro de 2023
Sumário do artigo
Pepe, Sergio Ramos e Ashley Cole figuram na nossa escolha de algumas das melhores exibições defensivas no EURO.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
O UEFA.com escolhe alguns excelentes desempenhos defensivos em fases finais do EURO.
Conheça as nossas escolhas.
Traianos Dellas (Grécia 1-0 República Checa, 2004)
Autor do último golo de prata da história do EURO, o "Colosso de Rodes" correspondeu com um impetuoso cabeceamento a um canto de Vassilios Tsiartas, levando a surpreendente Grécia à final.
Essencial na estratégia defensiva de Otto Rehhagel, a sua resiliência e empenho simbolizaram o espírito grego. Passados apenas alguns segundos da primeira parte do prolongamento e com os checos a parecerem "muito cansados", o melhor em campo recorda "uma situação de agora ou nunca", ao surgir no meio de um aglomerado de camisas brancas para dar o triunfo numa emocionante meia-final jogada no Porto.
Ashley Cole (Portugal 2-2 Inglaterra, 6-5 pen, 2004)
Num desempenho imperial frente a um jovem Cristiano Ronaldo, a concentração de Cole e os seus timings de desarme perfeitos fizeram deste duelo um espectáculo à parte frente ao prodigioso talento do Manchester United. Numa das suas melhores exibições ao serviço do seu país, o lateral esquerdo combinou com Sol Campbell para parar as várias ondas atacantes dos portugueses. Decidida nos penalties, Cole, então com 23 anos, coroou um desempenho notável ao bater de forma fria e eficaz o sexto disparo da Inglaterra.
Philipp Lahm (Alemanha 3-2 Turquia, 2008)
Num fim dramático de uma emocionante meia-final, o golo da vitória de Lahm em cima dos 90 levou a equipa de Joachim Löw à final. Perto do final do encontro, Semih Şentürk fez o empate e colocou a Turquia à beira do prolongamento. No entanto, o lateral esquerdo alemão tinha outras ideias. Num lance em que combinou com Thomas Hitzlsperger, Lahm soube como penetrar na inconsistente linha defensiva da Turquia. Depois de receber a bola, bateu Rüştü de pé esquerdo, levando a Mannschaft à final.
Sergio Ramos (Portugal 0-0 Espanha, 2-4-4 pen, 2012)
"Planeei com antecedência, não vou mentir", disse o melhor em campo na meia-final sobre o seu penalty à Panenka. "Foi arriscado, é óbvio, mas foi muito bom para mim". Depois de 120 minutos tensos em Donetsk, Ramos, que jogou com Gerard Piqué no centro da defesa, conseguiu manter Ronaldo e Nani longe do golo, com o encontro a terminar em branco. Ramos esteve perto de marcar no prolongamento, com o seu livre-directo a passar perto da baliza de Rui Patrício.
Sobre o audacioso disparo do defesa que deu a vitória à La Roja, Álvaro Arbeloa disse "não ter ficado surpreendido". Já o capitão da Espanha, Iker Casillas, admitiu que o seu companheiro "mostrou uma enorme coragem".
Pepe (Portugal 1-0 França, 2016)
Depois de ter falhado a meia-final devido a uma lesão na coxa, Pepe voltou em grande estilo, anulando Antoinne Greizmann, Olivier Giroud e Dimitri Payet na final do Stade de France. "Fomos guerreiros dentro do campo", disse o defesa-central. Pilar do centro da defesa portuguesa, os dois desarmes de Pepe a André-Pierre Gignac terão sido suficientes para forçar o atacante francês a acertar no poste.
"Escrevemos uma página brilhante na história do futebol português", disse o melhor em campo. "Na minha opinião, o Pepe foi o melhor jogador do EURO", afirmou Cristiano Ronaldo.
Leonardo Bonucci e Giorgio Chiellini (Itália 1-1 Inglaterra, 3-2 pen, 2021)
A Itália não começou bem a final do EURO 2020, em Wembley, ao sofrer um golo logo aos dois minutos. Mas os veteranos defesas-centrais Bonucci e Chiellini mostraram-se frios, calmos e controlados quando outros poderiam ter entrado em pânico e, a partir desse momento, anularam os ataques da Inglaterra vindos de jogadores como Harry Kane e Raheem Sterling.
Bonucci empatou o jogo na segunda parte, e a dupla continuou a usar a experiência para gerir a situação diante dos adeptos da casa. Bonucci também marcou um penálti no desempate e a Azzurra acabou mesmo por vencer. "Sentimos que havia algo especial no ar", disse Chiellini após erguer o troféu. "Queríamos isto de todas as formas e fizemos história; somos campeões da Europa."