Barcelona 4-1 Chelsea: Campeãs ganham vantagem de três golos para a segunda mão das meias-finais

O Barcelona vai com uma vantagem de três golos para a partida da segunda mão das meias-finais contra o Chelsea, no próximo domingo, depois de uma exibição dominante das campeãs no primeiro jogo, em sua casa.

Apesar de Hannah Hampton ainda ter defendido um penálti de Alexia Putellas no início do jogo, Ewa Pajor garantiu que o Barcelona ia mesmo em vantagem no marcador para o intervalo. Clàudia Pina, que já era a melhor marcadora da prova antes desta noite, saiu do banco para fazer o 2-0. Sandy Baltimore ainda respondeu para o Chelsea, mas Irene Paredes marcou de cabeça e Pina assinou o seu nono golo da época após uma jogada de Alexia, aumentando ainda mais a perspectiva de o Barcelona lograr uma terceira eliminação consecutiva do Chelsea nas meias-finais.

O jogo em poucas palavras: Barcelona no comando

O Barcelona, a defrontar duas jogadoras que estiveram do seu lado nas meias-finais anteriores contra o Chelsea, Lucy Bronze e Keira Walsh, queria evitar uma repetição da derrota em casa por 1-0 que sofreu no jogo da primeira mão do ano passado (depois de também ter empatado 1-1 com os Blues em Camp Nou 12 meses antes).

Um canto de Graham Hansen resultou num cabeceamento de Irene Paredes que levou a bola ao braço de Nathalie Björn. No entanto, Hampton defendeu o penálti de Alexia com as pernas.

O Chelsea, que para além de várias ausências de longa data, também estava sem Lauren James devido a uma lesão na coxa, continuou a ser pressionado, e aos 35 minutos a pressão da turma da casa acabou mesmo por fazer efeito. Pajor primeiro à bola do que Hampton e finalizou com frieza.

As visitantes estavam com dificuldades para criar oportunidades, mas pouco antes do intervalo um livre de Aggie Beever-Jones obrigou o Cata Coll a uma defesa apertada. O Barcelona continuou a ser a equipa mais activa após o intervalo, com o Alexia defendido por Hampton, e o segundo golo surgiu quando Ona Batlle cruzou rasteiro da direita e Pina, que pouco antes tinha substituído Graham Hansen, marcou.

Quatro minutos depois, o Chelsea reduziu. Catarina Macario conduziu a bola pelo campo e Baltimore marcou num remate ao ângulo semelhante ao seu golo nos quartos-de-final contra o Manchester City.

O Barcelona, contudo, não tardou a restaurar a vantagem de dois golos no seguimento de um canto cobrado por Pina para o segundo poste, ao qual Paredes correspondeu com um forte e certeiro cabeceamento. Pajor rematou por cima minutos mais tarde, mas as campeãs em título aumentaram mesmo ainda mais a vantagem, chegando ao 4-1, com Pina a marcar de novo, depois de um bonito toque de calcanhar de Alexia.

Clàudia Pina saltou do banco de suplentes para somar dois golos e uma assistênciaUEFA via Getty Images

Melhor em Campo Visa: Clàudia Pina (Barcelona)

"É incomum ser eleita Melhor em Campo num jogo em que se entra aos 66 minutos, mas num jogo com poucas oportunidades claras, Pina fez a diferença. Garantindo ao Barcelona uma vitória mais folgada, com a sua determinação, movimentação inteligente e capacidade de finalização."
Grupo de Observadores Técnicos da UEFA

Reacções

Pere Romeu, treinador do Barcelona: "Era exactamente a exibição precisávamos contra uma equipa que contra-ataca bem como o Chelsea. Estou muito satisfeito por termos mantido bem a posse da bola, com isso impedindo o Chelsea de explorar as costas da nossa defesa, e também com o contributo das suplentes. Destaco também o golos no lance de bola parada, pois isso mostra como preparámos ao detalhe um duelo que ia ser bastante complicado".

Sonia Bompastor, treinadora do Chelsea: "Antes do jogo relembrei às jogadoras que frente ao Barcelona o mais pequeno detalhe é importante. Com 2-1, talvez tenhamos cometido alguns erros cruciais na forma como queríamos defender, e faltou um pouco mais de intensidade. No futebol tudo é possível e acredito na recuperação, mas para isso temos de marcar muito cedo e colocar o Barcelona sob pressão".

Claudia Pina, avançada do Barcelona e Melhor em Campo: "Estava no banco e à medida que o jogo progredia, revivia toda a informação que estudámos e via como isso podia ser útil para o caso de entrar. O sentimento no primeiro golo, poucos minutos após entrar, foi de pura euforia, e o facto da jogada ensaiada para o golo da Irene ter resultado deixou-me muito satisfeita. Foi uma exibição de grande nível da equipa num jogo de grande importância".

Hannah Hampton defende o penálti de Alexia PutellasGetty Images

Estatísticas

• Pina aumentou a sua contabilidade de golos na prova para nove, todos marcados nos cinco jogos em casa do Barcelona.
• Baltimore também tinha marcado para reduzir para 2-1 para o Chelsea na reviravolta nos quartos-de-final contra o Manchester City (embora isso tenha acontecido no início do jogo da segunda mão, em casa).
• Pajor já tinha marcado ao Chelsea na meia-final da Women's Champions League, pelo Wolfsburgo em 2017/18 (e também ao Arsenal pelo clube alemão nas meias-finais de 2022/23).
• O Barcelona, em busca de igualar o recorde de cinco presenças em finais consecutivas (e um terceiro título consecutivo), nunca perdeu uma eliminatória europeia após vencer o jogo da primeira mão. Passaram por 17 eliminatórias consecutivas a duas mãos desde que perderam nos quartos-de-final de 2017/18, frente ao Lyon.

Equipas

Barcelona: Cata Coll; Batlle, Paredes, Mapi León (Engen 46), Brugts (Rolfö 81); Aitana, Patri, Alexia; Graham Hansen (Pina 66), Pajor, Paralluelo (Vicky López 88)

Chelsea: Hampton; Bronze, Björn (Girma 81), Bright, Baltimore; Walsh, Cuthbert; Rytting Kaneryd, Kaptein (Macario 61), Beever-Jones (Reiten 61); Ramírez (Nüsken 88)