EURO Sub-21 de 2013: Espanha com classe à parte em Israel
quarta-feira, 19 de junho de 2013
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Sob céus claros e depois da calorosa recepção em Israel, a Espanha defendeu de forma imperial o título de Sub-21 e venceu em grande estilo os cinco jogos na prova.
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Itália 2-4 Espanha
(Immobile 10, Borini 80; Thiago 6, 31, 38p, Isco 66p)
Estádio Teddy, Jerusalém
A Espanha chegou a Israel como detentora do troféu e favorita à vitória. As expectativas eram altas, mas os homens de Julen Lopetegui superaram-nas ao vencerem os cinco jogos em que participaram – o seu futebol provou ser demasiado forte até para uma Itália corajosa e talentosa no decurso da final, em Jerusalém.
O capitão Thiago Alcántara assumiu o protagonismo do encontro ao marcar três golos na primeira parte, contudo, tratou-se de mais um triunfo da forma como a equipa se exibe, num jeito telepático, e que, nos últimos anos, tem ajudado a nação espanhola a dominar a cena internacional na maior parte dos escalões.
JOGADOR DO TORNEIO: THIAGO ALCÁNTARA
O torneio rapidamente desenvolveu uma tendência de alteração dos resultados no final dos jogos, a começar logo no encontro inaugural, quando a anfitriã Israel deixou fugir a oportunidade de abrir com uma vitória, frente à Noruega, ao sofrer o tento do empate nos descontos, em Netanya.
Ambos os finalistas tiveram igualmente a oportunidade de decidir jogos em cima do apito final e, enquanto a Espanha repetiu a dose diante da Alemanha, na segunda jornada, a Itália acabou com as esperanças anfitriãs ao derrotá-la por 4-0 em Telavive e deu um claro sinal das suas intenções. Essa derrota da Alemanha, campeã em 2009, levou-a mais cedo para casa, tal como a Inglaterra, vergada por uma Noruega determinada a continuar a impressionar. Contudo, na primeira fase, nenhuma equipa se mostrou tão perigosa quanto a Holanda. Marcou cinco golos à Rússia num jogo em que Cot Pot apresentou uma equipa titular que, entre si, somava 56 internacionalizações seniores.
O autor dos golos da vitória da Espanha nos primeiros dois jogos, Álvaro Morata, foi titular frente à Holanda no terceiro encontro do Grupo B e marcou no triunfo por 3-0 diante de uma selecção que se apresentou com uma segunda equipa em campo.
O público israelita recebeu a recompensa pela lealdade quando a maior assistência jamais registada no Estádio Teddy, em Jerusalém (o recorde foi depois quebrado na final), viu a equipa da casa derrotar a Inglaterra no jogo de despedida do Grupo A. Ofir Krieff marcou o único golo da partida para satisfação dos adeptos nas bancadas.
Nas meias-finais, a Espanha pôs fim à carreira da Noruega ajudada novamente por Morata, que saltou do banco de suplentes para assinar o último golo do triunfo por 3-0, enquanto a outra partida revelou-se mais apertada e decidiu-se a favor da Itália diante da Holanda graças a um tento de Fabio Borini, aos 79 minutos.
Na final, encontraram-se os dois países mais bem-sucedidos na história da competição e os 29,320 adeptos nas bancadas poderiam até pensar que seria uma partida com poucos golos, já que apenas uma delas consentira um tento na caminhada até ao jogo decisivo. Nada mais falso, pois logo nos primeiros minutos houve dois golos e, apesar de a Itália ameaçar marcar o segundo e completar a reviravolta, depressa chegou a hora de Thiago se tornar na figura do jogo.
O médio do FC Barcelona marcara um golo espectacular na final de 2011, mas, desta vez, subiu a parada com três tentos na primeira parte, a coroar mais uma excelente exibição da Espanha, que chegou a Israel tal qual partiu: como campeã.