Meléndez elogia Espanha "dominadora"

O treinador da Espanha, Ginés Meléndez, não tem dúvidas de que a sua equipa mereceu a vitória sobre a Turquia, na meia-final do Campeonato da Europa de Sub-17. Após ter sofrido o empate, a Espanha garantiu a vitória com um "bis" de Paco, depois de Erhal Kartal ter sido expulso na Turquia. Agora, Meléndez pode aguardar com expectativa o confronto com a Inglaterra, uma reedição da final de 2007, que venceram e onde era adjunto de Juan Santisteban. Por seu lado, Abdullah Ercan, da Turquia, lamentou os "erros cruciais em momentos decisivos".

Ginés Meléndez, treinador da Espanha
Primeiro que tudo gostaria de felicitar a Inglaterra pelo apuramento para a final, agradecer aos jogadores e delegação turca, e dar os parabéns à equipa espanhola. O jogo foi dominado do princípio ao fim pela Espanha. No global, penso que a Espanha foi melhor que a Turquia. Quando a Turquia empatou, o jogo tornou-se mais equilibrado, mas graças à substituição  efectuada [Jorge Ortí por Pablo] ganhámos o domínio da partida até final. A Turquia nunca perdeu a vontade de vencer, mesmo depois da expulsão. É importante para a educação destes jogadores que, mesmo contra dez, mantenham a motivação".

Num jogo de um Europeu, quando um jogador é expulso, isso significa que a derrota é quase certa. Foi difícil para a Turquia, fizemos uma substituição e fomos superiores nos flancos. A equipa tem muita confiança no Paco, mas um só jogador não é importante, é o trabalho de todo o conjunto que o ajuda a marcar. É a segunda vez que vamos defrontar a Inglaterra numa final, depois de 2007. Na altura tinham uma equipa muito boa, mas a actual é a melhor que já vi. Vai ser um jogo muito difícil, mas a Espanha vai lutar para vencer. São mais fortes fisicamente do que nós, mas possuímos outras qualidades. Neste momento, os jogadores devem aproveitar e desfrutar da vitória, depois no domingo logo se vê como as coisas vão correr".

Abdullah Ercan, treinador da Turquia
Começámos mal. Essa tendência manteve-se ao longo da primeira parte e pensei em fazer alterações mais cedo, mas guardei-as para a segunda parte. Nessa altura, pressionámos o adversário e fomos bem-sucedidos. Empatámos, mas quando estava a pensar fazer outra substituição, surgiu a expulsão. Tentámos controlar o jogo, mas por culpa própria sofremos novo golo. Depois do penalty fomos incapazes de recuperar. Cometemos alguns erros cruciais em momentos decisivos. Foi uma boa experiência para nós, mas não conseguimos o apuramento para a final. A Espanha é uma formação muito técnica, por isso tornou-se difícil jogar contra ela com um jogador a menos".

No geral estou satisfeito. Podíamos ter feito muito melhor do que isto, porque em alguns aspectos ainda temos dificuldades e pontos fracos para colmatar. Devia ter encontrado jogadores melhores nessas áreas, mas tive pouco tempo para elaborar a convocatória, e mesmo que tivesse encontrado um jogador que fizesse a diferença, ele teria dificuldades em adaptar-se à equipa. Por isso, preferi cingir-me às escolhas habituais".