EURO Sub-17: berço de estrelas
Sumário do artigo
A UEFA lançou o Campeonato de Sub-16 em 1980 e este tornou-se num evento Sub-17 duas décadas depois.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
O Campeonato da Europa de Sub-16, cuja primeira edição decorreu de 1980 a 1982, foi o local onde estrelas como Thierry Henry e Luís Figo deram o primeiro passo rumo à ribalta. Desde a mudança para a categoria de Sub-17 em 2001/02, nomes como Wayne Rooney, da Inglaterra, Cesc Fàbregas, Gerard Piqué e David de Gea, da Espanha, Mario Götze e Toni Kroos, da Alemanha, Cristiano Ronaldo, de Portugal e Eden Hazard, da Bélgica seguiram os seus passos.
A Dinamarca recebeu a primeira fase final de Sub-17, com 16 selecções, em 2002, e a Suíça conquistou os corações dos amantes do futebol com uma série de actuações impressionantes que foram suficientes para conquistar o título e provar que poderia muito bem ser um país a ser observado no futuro. No entanto, os seus sucessores imediatos nos Sub-17 não conseguiram apurar-se para a fase final de 2003, o que mostra como os padrões elevados em todo o continente aumentaram e como o futebol jovem se tornou competitivo.
O anfitrião Portugal venceu essa edição, seguido por outra selecção da casa, a França, em 2004, com a Turquia vitoriosa em Itália um ano depois e a Rússia a conquistar o título no Luxemburgo. A Espanha foi campeã na Bélgica, em 200,7 e na Turquia no ano seguinte, tendo sido a força dominante no antigo campeonato de Sub-16; na verdade, em todos excepto os dois primeiros, foram comandados por Juan Santisteban, nomeado em 1988. O técnico retirou-se após o triunfo de 2008 e no ano seguinte a anfitriã Alemanha garantiu o título.
A Inglaterra venceu em 2010, no Liechtenstein, ao ganhar todos os 11 jogos da campanha, incluindo na qualificação. A selecção dos Países Baixos, derrotada pela Alemanha na final de 2009, vingou-se em 2011 com uma emocionante vitória por 5-2 na Sérvia e derrotou a mesma equipa nos penáltis, na Eslovénia, 12 meses depois, imitando a Espanha ao revalidar o título. Não chegaram à fase final de 2013 na Eslováquia, permitindo que a Rússia conquistasse o título, assim como em 2006, nos penáltis, desta vez contra a Itália e não frente à República Checa.
Malta acolheu o evento de 2014, a Inglaterra conquistou o seu segundo título, antes da fase final de 2015, na Bulgária, se expandir para um evento de 16 equipas mais uma vez, com a França a sair vitoriosa. Em 2016, Portugal foi campeão antes de a Espanha conquistar o terceiro campeonato em 2017 e os Países Baixos a fazerem o mesmo 12 meses depois, antes de se tornarem na primeira equipa a conquistar quatro títulos em 2019, com uma segunda vitória consecutiva na final ante a Itália. A edição seguinte foi interrompida e a temporada 2020/21 acabaria por ser cancelada devido à pandemia de COVID-19, mas no regresso da competição, a selecção dos Países Baixos foi destronada na final de 2022 pela França, que por sua vez perdeu a final de 2023 nos penáltis, diante da Alemanha.
A fase final de 2024, em Chipre, vencida pela Itália, foi a última a contar com 16 equipas, já que a partir da época 2024/25 foi adoptado um novo formato, incluindo uma segunda eliminatória a dois níveis (alimentando a edição do EURO Sub-19 dos grupos desse ano) e um torneio final entre oito países, quando a FIFA lançou um Campeonato Mundial anual com 48 selecções.
As selecções ibéricas dominaram os torneios Sub-16 e Sub-17 ao longo dos anos, com nove triunfos espanhóis (seis nos Sub-16) e seis portugueses (quatro nos Sub-16). A selecção dos Países Baixos é tetracampeã (todas em Sub-17, um recorde desde a mudança de nome em 2001/02), enquanto a França (todas nos Sub-17) e a Alemanha (incluindo duas em Sub-16 e uma como República Federal da Alemanha) somam três vitórias.
Algumas futuras estrelas que disputaram fases finais de Sub-16 e Sub-17:
Bélgica: Eden Hazard, Axel Witsel
Inglaterra: Michael Owen, Steven Gerrard, Wayne Rooney, Jadon Sancho, Phil Foden, James Milner, Jordan Pickford, Raheem Sterling
Chéquia: Petr Čech, Patrik Berger
França: Karim Benzema, Nicolas Anelka, Samuel Umtiti
Alemanha: Mario Gomez, Toni Kroos, Mario Götze, Marc-André ter Stegen
Itália: Gianluigi Buffon, Francesco Totti, Moise Kean
Países Baixos: Patrick Kluivert, Clarence Seedorf, Klaas Jan Huntelaar, Memphis Depay, Donny van de Beek, Georginio Wijnaldum
Noruega: Erling Haaland
Portugal: Luís Figo, Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo
Espanha: Iker Casillas, Andrés Iniesta, Gerard Piqué, Thiago Alcantara, Isco, Ferran Torres