Cirilo pronto para Lleida
terça-feira, 24 de abril de 2012
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Há cinco anos, Cirilo ganhou a Taça UEFA Futsal com o Dínamo Moscovo e, de regresso agora à fase final, deixa o aviso: "O nível deste torneio subiu imenso."
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Sirilo Tadeus Kardozo Filo, mais conhecido por Cirilo, tem estado em destaque na UEFA Futsal Cup.
Um ano depois de ter saído do Brasil para ir representar o MFK Spartak Moskva, passou para o MFK Dinamo Moskva em 2004 e, logo na estreia europeia, marcou dois golos na vitória, por 23-2, sobre o FK Titana, ajudando a sua equipa a chegar à final com o Action 21 Charleroi, que seria perdida no prolongamento. O brasileiro acabaria por marcar 12 golos. Na edição seguinte, o clube moscovita voltaria a estar na final e Cirilo voltaria a marcar em ambas as mãos, mas o Dínamo acabaria por perder frente ao Interviú Madrid. Porém, um ano depois, no novo formato com quatro equipas, em Múrcia, os russos bateriam os espanhóis, conquistando finalmente o troféu.
Depois de duas presenças nas meias-finais, o Dínamo esteve ausente até este ano, em que um golo tardio de Cirilo na Ronda de Elite valeu um empate frente ao Iberia Star Tbilisi e garantiu uma vaga em Lleida, bem como um encontro com o Marca Futsal, na sexta-feira. Cirilo, agora internacional russo, falou com o UEFA.com sobre as suas esperanças.
UEFA.com: O que sentiu ao marcar o golo do empate mesmo no final do jogo contra o Kairat?
Cirilo: Foi um dos melhores momentos de toda a minha carreira e um dos melhores golos que marquei pelo Dínamo. Marquei no último minuto e esse golo trouxe-nos à fase final do torneio. Foi uma emoção muito forte. Todos os meus colegas estavam extremamente felizes e festejámos o sucesso com os adeptos, como uma grande família.
UEFA.com: Quando jogou em Múrcia, em 2007, o Dínamo tinha perdido nas duas presenças anteriores nas finais. O que significou para vocês essa vitória, principalmente de um modo tão emocionante, com o golo tardio de Pula?
Cirilo: Antes do jogo contra o Interviu Madrid, achávamos que a equipa deles era melhor. Não sei porquê, mas acho que todos tínhamos essa sensação. Eles de facto tinham jogadores de qualidade, cabeças-de-cartaz. Mas essa sensação desapareceu após o apito inicial, pois entrámos melhor no jogo. Marcámos primeiro e, apesar de eles terem conseguido empatar, o Pula conseguiu mais um golo mesmo no final da partida. Esse golo foi extremamente importante para o clube. Estávamos no sétimo céu.
UEFA.com: Sente que a UEFA Futsal Cup mudou desde a primeira vez que a disputou?
Cirilo: O nível deste torneio subiu imenso, por isso hoje em dia é muito mais difícil. Seja qual for o adversário, é preciso jogar a 100 por cento. O único lamento que tenho é que costumávamos jogar as finais numa base de jogo em casa / jogo fora, e era mesmo muito bom jogar em casa, em frente aos nossos adeptos.
UEFA.com: O que acha do Marca?
Cirilo: São muito semelhantes, em termos de talento [aos outros participantes]. As equipas italianas de futsal têm melhorado muito, em regra, por isso esta é muito perigosa.
UEFA.com: Quais são os pontos fortes da sua equipa?
Cirilo: O nosso ponto mais forte é o jogo de equipa. Todos os 14 jogadores estão prontos a dar tudo pelos outros. Estes jogadores, de nível mundial, são verdadeiros profissionais. E, além disso, podemos alterar o cinco inicial. Se um jogador se lesionar, pode ser facilmente substituído sem a equipa sofrer de todo com isso.
UEFA.com: Na Liga russa, os jogos têm 50 minutos; prefere assim? E é difícil adaptar-se a jogos mais curtos nas competições internacionais?
Cirilo: Claro; é verdade que depois de jogar na Liga russa, é estranho jogar partes de 20 minutos. Parece que o tempo está a passar muito depressa e que os jogos são muito curtos. O jogo mal começou, olha-se para o marcador e já se está quase no intervalo. Não sei o que é melhor; apenas estou mais habituado ao formato russo.