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Ramos enaltece experiência

O treinador do Sevilha afirmou que a experiência da vitória na época passada deu à sua equipa a calma necessária para levar a melhor nas grandes penalidades sobre o Espanhol.

Juande Ramos afirmou que a experiência do Sevilla FC foi decisiva no desempate das grandes penalidades, que possibilitou a reconquista da Taça UEFA ante um RCD Espanyol, que recuperou duas vezes para fazer o 2-2 em Hampden Park. Apesar de terem jogado cerca de 50 minutos com dez jogadores, os catalães mostraram os seus créditos e, até à expulsão de Moisés Hurtado, o seu treinador, Ernesto Valverde, admitiu que estava muito optimista: "Estivemos quase no céu, mas de repente tudo se desvaneceu”.

"Uma lotaria"
Andrés Palop foi a principal razão dessa amargura, ao defender as grandes penalidades apontadas por Luis García, Jônatas e Marc Torrejón, com o Sevilha a ganhar no desempate por 3-1. Apesar de tudo, Ramos admitiu que a sua equipa foi feliz. "As grandes penalidades são uma lotaria", disse o técnico de 52 anos. "São momentos de grande tensão e tudo pode acontecer, pois com a pressão as pernas pesam mais e os nervos aumentam. A experiência ganha por termos jogado a final do ano passado foi decisiva para aguentar essa pressão, para além do Palop, que foi excelente".

Sevilha superior
Na época passada, em Eindhoven, tudo foi mais fácil, como os 4-0 com que brindaram o Middlesbrough FC demonstram. Porém, quando Albert Riera, ainda antes da meia-hora, fez o empate, depois do golo madrugador de Adriano Correia, tudo se conjugou para uma dura batalha. Frédéric Kanouté, já no prolongamento, deu a vantagem aos andaluzes, mas, a cinco minutos do final, Jônatas empatou de novo, levando a decisão para as grandes penalidades. "Nós marcámos, eles empataram, nós voltámos a marcar e eles igualaram de novo", disse Ramos. "O Espanhol nunca desistiu, foi um adversário muito forte e valorizou a nossa vitória, mas penso que o Sevilha foi a melhor equipa durante todo o encontro".

Valverde esperançado
O seu colega do Espanhol, Ernesto Valverde, não estava totalmente de acordo: "Houve uma altura, antes da expulsão, em que pensava que iríamos ganhar tal era a forma como estávamos a jogar e a criar muitos lances de perigo. Mas a saída de Moisés Hurtado alterou as coisas. O Sevilha atacou sempre e causou perigo algumas vezes, tal como nós, mas o guarda-redes deles estava numa grande noite". No desempate tudo acabou, com Valverde a relembrar um sentimento de há 19 anos, altura em que fez parte da equipa do Espanhol que perdeu, da mesma maneira, o troféu para o Bayer 04 Leverkusen.

Derrota cruel
"Deve haver algo entre o Espanhol e a final da Taça UEFA", desabafou. "Chegámos aqui duas vezes e das duas ocasiões perdemos no desempate por grandes penalidades. É uma forma cruel de perder, fomos muito infelizes". Os catalães viram agora as atenções para o que resta da Primera División, tal como os andaluzes, que ainda aspiram ao título e à vitória na Taça de Espanha. "Tem sido um grande ano para nós. Ganhámos a SuperTaça Europeia ao [FC] Barcelona e agora voltámos a ganhar a Taça UEFA. Aconteça o que acontecer, a nossa época já é um sucesso", disse Ramos.

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