Maiores reviravoltas na história do EURO
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Sumário do artigo
De jogos emocionantes com nove golos a vitórias na última jogada e no prolongamento, o UEFA.com lembra oito das mais impressionantes reviravoltas na história do EURO.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Meias-finais de 1960: França 4-5 Jugoslávia
O primeiro jogo da edição inaugural do Campeonato da Europa produziu um encontro que dificilmente encontrou igual emoção gerada nos 52 anos que se seguiram. Ambas as equipas marcaram nos primeiros minutos, antes de, a poucos instantes do intervalo, a França adiantar-se no marcador. Ainda assim, não deixava antever o que viria a seguir. Os "bleus" ainda marcaram antes e depois do golo de Ante Žanetić aos 55 minutos, mas três tentos em cinco minutos viraram o encontro de forma espectacular.
Meias-finais de 1976: Jugoslávia 2-4 RFA (ap)
A perder por dois golos na primeira meia-hora, a defesa do título parecia uma causa perdida. Contudo, a República Federal da Alemanha, campeã mundial em 1974 com Helmut Schön, não era conhecida por se render com facilidade e, em oito minutos, empatou a contenda graças a Heinz Flohe e ao suplente Dieter Müller. Nos derradeiros seis minutos do prolongamento, Müller marcaria mais dois golos, completando assim o seu "hat-trick" e colocando os alemães na final com a Checoslováquia. Nada mal para a estreia de um ponta-de-lança na selecção do seu país.
Meias-finais de 1984: França 3-2 Portugal (ap)
Na liderança do marcador através de um golo de Jean-François Domergue a meio da primeira parte, a França parecia destinada a um lugar na final, até que, aos 74 minutos, Rui Jordão empatou a partida. Em alta anímica, Portugal colocou-se a vencer, graças a novo golo de Jordão, e parecia ter operado a mais inesperada das reviravoltas. Contudo, a França tinha Michel Platini nas suas fileiras. Inspirador durante toda a fase final, o capitão francês voltou a ser providencial, servindo Domergue para o segundo golo, antes de ele próprio apurar a França para a final com um tento no derradeiro minuto do prolongamento.
Fase de grupos de 2000: Jugoslávia 3-3 Eslovénia
Sugerir que as coisas estavam muito mal paradas para a Jugoslávia a 30 minutos do final era pouco. Para serem bem-sucedidos, os jugoslavos teriam de ultrapassar uma tarefa hercúlea. A Eslovénia não apenas vencia por três golos, após dois tentos de Zlatko Zahovič e um cabeceamento de Miran Pavlin, como ainda tinha mais um jogador, devido à expulsão de Siniša Mihajlović aos 60 minutos. Mas a Jugoslávia nunca se rendeu e recuperou até 3-3, com golos aos 67, 70 e 73 minutos. A bola salva sobre a linha de golo por Ivan Dudić nos instantes finais assegurou que a sua recuperação não seria em vão.
Fase de grupos de 2000: Portugal 3-2 Inglaterra
A participação de Inglaterra no UEFA EURO 2000 teve um arranque de sonho, pois, nos primeiros 18 minutos, Paul Scholes e Steve McManaman colocaram os ingleses em vantagem sobre Portugal por 2-0. No entanto, defrontavam um meio-campo de classe mundial e, ao intervalo, já Luís Figo e João Pinto haviam empatado a contenda. Com Rui Costa ao seu melhor nível, eis que, de repente, parecia somente haver um vencedor possível. Foi dos seus pés que saiu um passe teleguiado para Nuno Gomes assegurar um 3-2 para Portugal, instantes antes dos 60 minutos.
Fase de grupos de 2000: Jugoslávia 3-4 Espanha
A Espanha parecia derrotada e eliminada, à medida que o encontro, o seu derradeiro na fase de grupos, se aproximava do final. A equipa de José Antonio Camacho precisava de ganhar para se apurar para os quartos-de-final, mas perdia por 3-2 frente a uma Jugoslávia reduzida a dez elementos quando a partida entrava no seu período de descontos. Um livre directo de Gaizka Mendieta empatou o encontro, mas a Espanha ainda necessitava de outro golo. Alfonso Pérez foi o salvador, com o seu segundo tento na partida. A Jugoslávia, pelo menos, pôde consolar-se por também ter seguido em prova.
Fase de grupos de 2004: Holanda 2-3 República Checa
A equipa de Dick Advocaat, que travara a Alemanha na primeira jornada, parecia que acrescentaria nova página de glória à sua campanha de 2004 graças a golos de Wilfred Bouma e Ruud van Nistelrooy nos primeiros 19 minutos. Mas os finalistas de 1996 ainda tinham bastante qualidade nas suas fileiras e reduziram praticamente de imediato por intermédio de Jan Koller. A meio da segunda parte, Milan Baroš empatou a duas bolas, antes de John Heitinga ter sido expulso. O estado de graça dos checos ganhou maiores proporções quando, a dois minutos do final, Vladimír Šmicer deu o triunfo aos comandados de Karel Brückner.
Fase de grupos de 2008: Turquia 3-2 República Checa
Uma fase final altamente emocionante da Turquia ficou bem resumida pelos derradeiros quatro minutos desta partida. A equipa de Fatih Terim perdia por 2-1 e precisava desesperadamente de um herói. O capitão Nihat Kahveçi empatou o jogo aos 87 minutos, mas ainda pairava a ameaça das grandes penalidades. No entanto, a um minuto do final, Nihat assegurou-se que não seriam necessárias. O caos ficaria completo com a expulsão do guardião Volkan Demirel. Contudo, os turcos enfrentariam nova jornada plena de eventos nos quartos-de-final. Semih Şentürk salvou a sua selecção já nos descontos do prolongamento, antes de, no desempate por grandes penalidades, a Turquia derrotar a Croácia por 3-1.