Juventus e Real Madrid: presenças em finais
quarta-feira, 10 de maio de 2017
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A Juventus sagrou-se campeã europeia por duas vezes, enquanto o Real Madrid ergueu o troféu por 11 vezes, feito sem igual: o UEFA.com olha para as anteriores 22 presenças das duas equipas em finais.
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O Real Madrid venceu 11 das 14 finais da Taça dos Campeões Europeus/UEFA Champions League que disputou, mas a Juventus apresenta um registo consideravelmente mais infeliz. A equipa de Turim ganhou duas finais e perdeu seis, registo recorde – entre as quais a de 1998 precisamente frente ao Real Madrid. O UEFA.com olha para todas as anteriores finais em que os dois clubes marcaram presença.
Juventus
1972/73: Ajax 1-0 Juventus
Na sua primeira final, a Juve perdeu frente a um Ajax que somou, então, o terceiro título de campeão europeu consecutivo. Um golo madrugador de Johnny Rep faz a diferença nessa final, disputada em Belgrado. A Juve iria esperar 23 anos para se desforrar desta derrota.
1982/83: Hamburgo 1-0 Juventus
A segunda final disputada pelo clube de Turim terminou da mesma forma que a primeira, com uma derrota pela margem mínima, desta feita devido a um fulminante remate de Felix Magath, médio do Hamburgo, num encontro jogado em Atenas.
1984/85: Juventus 1-0 Liverpool
"Lembro-me muito bem dessa noite, mas sobretudo pelas piores razões," disse Zbigniew Boniek sobre a final de Heysel. "Quando alguém vai ver uma final da Taça dos Campeões, é absurdo que não mais regresse a casa." Ao todo, 39 adeptos morreram na sequência de distúrbios antes do jogo. Um penalty convertido por Michel Platini à passagem do minuto 56 garantiu à Juve a conquista do troféu, mas os motivos para celebrar não foram muitos.
1995/96: Juventus 1-1 Ajax (após prolongamento, Juventus vence 4-2 nos penalties)
Jari Litmanen fez o empate após Fabrizio Ravanelli ter, bem cedo no jogo, dado vantagem à Juve, mas o guarda-redes Angelo Peruzzi foi, depois, o herói no desempate por pontapés da marca de grande penalidade em Roma, defendendo os penalties de Edgar Davids e Sonny Silooy para possibilitar que Vladimir Jugović convertesse o penalty decisivo. Ravanelli disse: "O Ajax tinha uma grande, grande equipa, com jogadores fantásticos, mas nós estávamos muito bem preparados e mostrámos como a determinação, o querer e a modéstia podem fazer a diferença."
1996/97: Borussia Dortmund 3-1 Juventus
Considerado por todos como favorita para voltar a erguer o troféu conquistado um ano antes, a Juve viu-se batida por um Dortmund que contava na equipa com quatro ex-"bianconeri": Julio César, Jürgen Kohler, Paulo Sousa e Andreas Möller. Karl-Heinz Riedle bisou ainda na primeira parte em Munique, deixando a turma de Marcello Lippi com muito trabalho pela frente e, apesar de Alessandro Del Piero ainda ter reduzido para os homens de Turim, Lars Ricken saltou do banco para, com um memorável golo, selar o triunfo da formação alemã.
1997/98: Juventus 0-1 Real Madrid
A Juventus voltou à final no ano seguinte, mas uma vez mais saiu derrotada. Predrag Mijatović marcou, na segunda parte para os "merengues" em Amsterdão, oferecendo ao Real Madrid o seu sétimo título de campeão europeu de clubes.
2002/03: Juventus 0-0 AC Milan (após prolongamento, Milan vence 3-2 nos penalties)
A única final 100 por cento italiana da história da UEFA Champions League, jogada em Old Trafford, acabou por ser um embate marcado pelo equilíbrio, que só foi decidido no desempate por penalties. Clarence Seedorf e Kakha Kaladze falharam para o Milan; infelizmente para a Juventus, David Trezeguet, Marcelo Zalayeta e Paolo Montero também falharam do lado da turma de Turim.
2014/15: Juventus 1-3 Barcelona
A Juve fixou um pouco desejado recorde ao tornar-se no primeiro clube a perder seis finais da Taça dos Campeões/UEFA Champions League. Ivan Rakitić abriu o activo para o Barça logo aos quatro minutos, Álvaro Morata ainda restabeleceu a igualdade para a formação italiana no arranque do segundo tempo, mas Luis Suárez depressa recolocou os catalães na frente no Olympiastadion, em Berlim, e Neymar confirmou em definitivo nova derrota da Juventus em final com o terceiro golo do Barcelona.
Real Madrid
1955/56: Real Madrid 4-3 Reims
Na primeira final da Taça dos Campeões Europeus, o Real Madrid viu-se a perder por 2-0 ao fim de apenas dez minutos de jogo no Parc des Princes, mas recuperou e chegou ao empate. O Reims ainda se recolocou na frente, a vencer por 3-2, com meia hora para jogar, mas Manuel Marquitos depressa restabeleceu a igualdade e, a 11 minutos do apito final, Héctor Rial assinou o golo do triunfo madrileno.
1956/57: Real Madrid 2-0 Fiorentina
O Real Madrid teve a vantagem de jogar em casa na segunda final - sua e da competição - e no Santiago Bernabéu o desfecho acabou por ser o mesmo, com os "merengues" a celebrarem novamente. O adversário ainda fez os madrilenos suarem, mas Alfredo Di Stéfano, de penalty, inaugurou o marcador a meio da segunda parte e Paco Gento resolveu a questão com o segundo golo.
1957/58: Real Madrid 3-2 AC Milan (após prolongamento)
O Real voltou a ter de recuperar de duas desvantagens no marcador, desta feita ante o Milan, no Estádio Heysel. Mas, quando o troféu parecia estar a escapar aos "merengues", golos de Di Stéfano, primeiro, e de Rial, a 11 minutos do fim, restabeleceram o empate. Acabou, pois, por ser a primeira final a seguir para prolongamento, no qual Gento marcou, aos 107 minutos, o golo que assegurou a revalidação do troféu por parte do Real Madrid.
1958/59: Real Madrid 2-0 Reims
Numa reedição da primeira final, o Real voltou a levar a melhor e a erguer o troféu pela quarta vez. Golos no arranque de cada uma das partes deitaram por terra o sonho do Reims no Neckarstadion, em Estugarda, com os madrilenos a não acusarem a ausência de Ferenc Puskás e a saída por lesão, ainda bem cedo no jogo, de Raymond Kopa. Enrique Mateos logo no primeiro minuto e Di Stéfano logo mo início do segundo tempo assinaram os golos.
1959/60: Real Madrid 7-3 Eintracht Frankfurt
Aquele que acabaria por ser o último dos cinco títulos de campeão europeu consecutivos do Real Madrid acabou por ser o mais célebre, com o Eintracht a ser devastado em Glasgow. Puskás tornou-se no primeiro jogador a apontar um "hat-trick" numa final e acabou mesmo por apontar quatro golos no encontro; Di Stéfano seguiu-lhe os passos e marcou por três vezes, numa exibição de sonho que encantou os 127 mil espectadores presentes no Hampden Park.
1961/62: Benfica 5-3 Real Madrid
Embora a sequência de títulos europeus de clubes do Real Madrid tenha sido interrompida em 1960/61 – eliminado logo na primeira eliminatória pelo Barcelona –, os "merengues" regressaram às decisões logo na época seguinte, com Puskás a apontar o seu segundo "hat-trick" em finais no Estádio Olímpico de Amesterdão. Desta feita, porém, do outro lado estava Eusébio, que com um bis ajudou o Benfica a revalidar o troféu.
1963/64: Internazionale Milano 3-1 Real Madrid
O Real Madrid voltou a sair derrotado de uma final dois anos depois, com os já veteranos Di Stéfano e Puskás eclipsados pelo Inter de Sandro Mazzola no Praterstadion, em Viena. Mazzola e Aurelio Milani deram uma vantagem de dois golos ao Inter e, apesar de Felo ainda ter reduzido para o Real, Mazzola bisou na partida e selou o triunfo milanês.
1965/66: Real Madrid 2-1 Partizan
O Partizan tornou-se na primeira equipa do Leste da Europa a chegar à final, mas não conseguiu superar o Real Madrid em Bruxelas. A turma de Belgrado até marcou primeiro, por Velibor Vasović, e esteve bastante tempo em vantagem, mas golos de Amancio Amaro e Fernando Serena já nos últimos 20 minutos da partida deram ao Real – capitaneado por Gento, que disputou a sua sexta final - novo título europeu de clubes.
1980/81: Liverpool 1-0 Real Madrid
Depois do domínio inicial na competição, o Real Madrid teve de esperar 15 anos para voltar a disputar uma final. Desta feita o Parc des Princes não foi, contudo, um palco feliz para os "merengues". Alan Kennedy marcou, perto do fim, o único golo do partido, permitindo ao Liverpool dar seguimento ao domínio que os clubes ingleses tinham na competição neste período.
1997/98: Real Madrid 1-0 Juventus
Uma vez mais, o Real Madrid teve de esperar um longo período para regressar às finais, chegando enfim à sua primeira final desde o arranque da era da UEFA Champions League. E, na Amsterdam ArenA, um golo solitário de Predrag Mijatović a meio do segundo tempo chegou para selar a conquista da 'La Séptima'.
1999/2000: Real Madrid 3-0 Valência
Depois de ter esperado 32 anos pelo sétimo título de campeão europeu de clubes, bastaram dois anos para o Real Madrid chegar ao oitavo. Na primeira final de sempre da competição entre duas equipas do mesmo país, Fernando Morientes, de cabeça, abriu o marcador para o Real no Stade de France pouco antes do intervalo e depois, na segunda parte, golos de Steve McManaman e Raúl González acabaram em definitivo com as esperanças do Valência.
2001/02: Real Madrid 2-1 Bayer Leverkusen
De volta a Hampden Park, o palco da conquista do mais famoso dos seus títulos europeus, o Real Madrid ergueu o troféu pela terceira vez em cinco anos. Bem cedo no encontro, Raúl tornou-se no primeiro jogador a marcar em duas finais da UEFA Champions League, mas Lúcio restabeleceu o empate pouco depois. O inesquecível remate de primeira de Zinédine Zidane, porém, fez a diferença.
2013/14: Real Madrid 4-1 Atlético Madrid (após prolongamento)
Na primeira final europeia entre duas equipas da mesma cidade, jogada em Lisboa, o Atlético, recém-coroado campeão espanhol, parecia caminhar para o seu primeiro título de campeão europeu de clubes graças a um golo de Diego Godín na primeira parte. Mas Sergio Ramos, de cabeça, fez o empate para o Real Madrid em cima do apito final. Os "merengues", então orientados por Carlo Ancelotti não deram depois hipóteses no prolongamento, com golos de Gareth Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo a carimbarem a conquista da 'La Décima'; O penalty convertido por Ronaldo perto do fim permitiu-lhe chegar aos 17 golos na temporada na prova, igualando o recorde da Taça dos Campeões.
2015/16: Real Madrid 1-1 Atlético Madrid (após prolongamento; Real Madrid vence 5-3 nos penalties)
Agora treinado pelo antigo adjunto de Ancelotti, Zidane, o Real Madrid marcou primeiro em Milão, com Sergio Ramos a tornar-se no quinto jogador a marcar em duas finais da UEFA Champions League. Antoine Griezmann desperdiçou uma grande penalidade no arranque do segundo tempo, mas Yannick Carrasco restabeleceu mesmo o empate para o Atlético, levando novamente a decisão da final para prolongamento e, desta vez, mesmo para os penalties. Antigo jogador do Real Madrid, Juanfran rematou ao poste na quarta grande penalidade do Atlético, deixando a Ronaldo a possibilidade de carimbar a conquista do 11º título europeu de clubes para o Real e o português não perdoou.