Dragão insaciável fecha época de sonho
domingo, 22 de maio de 2011
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James Rodríguez marcou três golos na vitória de 6-2 sobre o Guimarães e ajudou o FC Porto a conquistar a Taça de Portugal pela 16ª vez, o quatro troféu da época.
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O FC Porto terminou a época em grande estilo ao derrotar o Vitória de Guimarães, por 6-2, na final da Taça de Portugal, disputada este domingo no Estádio Nacional, em Oeiras, nos arredores de Lisboa. Um "hat-trick" de James Rodríguez ajudou os "dragões" a conquistarem o troféu pela 16ª vez e terceira consecutiva, bem como a conseguirem a sétima "dobradinha".
À procura do quarto título da temporada depois de ter conquistado SuperTaça portuguesa, Liga e UEFA Europa League, André Villas-Boas igualou o recorde alcançado por Tomislav Ivić no clube em 1987/88, quando o FC Porto venceu quatro troféus (Liga, Taça, SuperTaça Europeia e Taça Intercontinental) e fez mesmo melhor do que José Mourinho em 2002/03 e 2003/04, temporadas durante as quais ganhou três provas.
E a formação de Villa-Boas não podia ter começado melhor a partida, pois adiantou-se logo aos três minutos. O remate de Fernando Belluschi desviou na defesa vimaranense e a bola sobrou para James marcar sem problemas perto da pequena área. O Guimarães demorou a organizar-se e, depois de ver o guarda-redes Beto – titular em vez de Helton – negar o golo a Edgar, chegou mesmo ao empate aos 20 minutos, num lance infeliz dos “dragões”. Anderson Santana marcou um livre para a área, Rolando desviou para a própria baliza e Álvaro Pereira apenas confirmou o autogolo (21).
Os festejos dos adeptos da equipa da cidade-berço não duraram muito, uma vez que na jogada imediata o FC Porto voltou a adiantar-se, quando James cruzou largo da esquerda e Silvestre Varela bateu Nilson com um remate de primeira e sem preparação. Numa altura frenética do encontro, os vimaranenses voltaram a igualar aos 23 minutos, por intermédio de Edgar, de cabeça e sem oposição, após canto de Santana.
Os erros defensivos voltaram a marcar o encontro quando o FC Porto assinou mais dois tentos, aos 35 e 43 minutos: primeiro quando Maicon acertou na trave e Rolando atirou a contar em cima da linha de golo; depois num erro clamoroso do guarda-redes Nilson que, sem qualquer defesa da sua equipa nos postes, não conseguiu suster o canto directo apontado por Hulk.
Numa primeira parte de loucos, Beto assumiu então o protagonismo ao defender a tentativa de Rui Miguel e um penalty de Edgar em cima do intervalo, a castigar falta de Fernando sobre Abdelghani Faouzi. E houve ainda tempo para o quinto remate certeiro do FC Porto, no segundo minuto dos descontos, a coroar um contra-ataque de Hulk e uma finalização de classe de James depois de tirar um adversário do caminho.
Hulk viu Nilsson negar-lhe novo tento quatro minutos após o reatamento e João Paulo fazer o mesmo aos 59 minutos, enquanto Fredy Guarín esteve também perto de marcar depois de entrar em campo. Beto voltou a mostrar serviço no duelo com Edgar (68) e pouco depois, a 17 minutos do fim, James fez o sexto golo, de cabeça, na sequência de um cruzamento de Hulk. Para o Guimarães, fica a consolação de voltar à Europa após dois anos de ausência, proeza conseguida antes da final graças ao quinto lugar alcançado no campeonato.