Jogadoras a observar na final do Women's EURO 2025 entre Inglaterra e Espanha
domingo, 27 de julho de 2025
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Analisámos quatro possíveis estrelas da final entre Inglaterra e Espanha, no domingo, em Basileia.
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Inglaterra e Espanha defrontam-se na final do UEFA Women's EURO 2025, no domingo, em Basileia, e destacamos quatro jogadoras que podem ser cruciais para saber quem fica com o troféu.
Chloe Kelly (Inglaterra)
Pode dizer-se que Kelly tem apetência para as grandes ocasiões. A avançada marcou o golo que apurou a Inglaterra para a final do Women's EURO 2022, frente à Alemanha, saindo do banco para ser decisiva e festejando a preceito, tendo em conta que tinha passado a maior parte da época ausente devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho. Mais tarde, converteu o penálti decisivo na Finalíssima Feminina de 2023, contra o Brasil, e nos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo Feminino, ante a Nigéria.
No Women's EURO 2025, Kelly ajudou a Inglaterra a manter-se em prova na fase a eliminar, sempre como suplente: primeiro assistindo para os golos na reviravolta frente à Suécia nos quartos-de-final (onde também facturou no desempate) e depois apontando o golo decisivo ante a Itália nas meias-finais, à beira do fim do prolongamento, numa recarga a um penálti defendido. Kelly, em boa fase desde a sua transferência para o Arsenal em Janeiro (inicialmente por empréstimo), com o qual venceu a UEFA Women’s Champions League, foi suplente-utilizada nos cinco jogos da Inglaterra em terras helvéticas, e mantenha esse estatuto ao não na final, é quase certo que parece destinada a ser novamente influente.
Ella Toone (Inglaterra)
Por falar em jogadoras que saíram do banco de suplentes para marcar na fase final do Women's EURO 2022, foi Toone quem inaugurou o marcador em Wembley frente à Alemanha. No torneio na Suíça, foi também suplente na Jornada 1, frente à França, mas depois desse desaire foi titular ante Países Baixos e País de Gales, sendo que contra as vizinhas galesas contribuiu com duas assistências.
Na competição realizada em Inglaterra há três anos, Toone e a amiga Alessia Russo formaram a dupla de ataque de luxo usada pela seleccionadora Sarina Wiegman a partir do banco, mas agora são presença regular no onze. Jogadora bastante apreciada pelos adeptos, Toone foi a autora do empate tardio frente à Espanha nos quartos-de-final de 2022, longe de ser o único exemplo da sua apetência para ajudar quando é mais preciso, aliada à sua criatividade e consistência.
Aitana Bonmatí (Espanha)
"Podia escrever um livro sobre isso", disse Bonmatí após o seu brilhante golo vitorioso contra a Alemanha, no prolongamento, levando a Espanha à final de um torneio em que a própria esteve em risco de participar, devido a uma meningite viral dias antes do arranque. Suplente-utilizada nos dois primeiros jogos da Espanha, a duas vezes vencedora da Bola de Ouro regressou à titularidade na Jornada 3 e desde então não falhou um único minuto, destacando-se com a assistência de calcanhar para o golo de Athenea nos quartos-de-final frente à Suíça e o remate-surpresa contra a Alemanha, surpreendendo Ann-Katrin Berger junto ao primeiro poste.
Não há muito mais a dizer sobre a qualidade de Bonmatí, pois a juntar às já mencionadas Bola de Ouro há ainda o prémio de Jogadora do Torneio no Campeonato do Mundo Feminino de 2023, ganho pela Espanha (derrotando a Inglaterra na final) e a distinção equivalente nas últimas três edições da UEFA Women's Champions League. O Women's EURO é praticamente o único título que falta no currículo de Bonmatí e é raro que qualquer distinção lhe escape por muito tempo.
Patri Guijarro (Espanha)
Guijarro pode não ter tanto destaque quanto Bonmatí ou outras estrelas da Espanha e do Barcelona, mas no Women's EURO 2025 as estatísticas falam por si. A média completou 416 passes, mais de 50 do que qualquer outra jogadora (e mais 106 do que o máximo para uma jogadora não espanhola) com uma eficácia de quase 90 por cento. Além disso, as suas 32 recuperações de bola colocam-na no topo da lista nesse capítulo em particular excluindo defesas (e está a apenas três da lider geral).
Desses passes, 109 foram completados na meia-final frente à Alemanha, e Alexia Putellas disse que a sua colega "torna tudo mais fácil", algo que Guijarro também demonstrou com uma excelente temporada no Barcelona, sendo a âncora que permite a Bonmatí, Putellas e às restantes estrelas do ataque terem liberdade para explorarem o seu talento ao máximo. Tem sido raro não ver a Nº12 no centro de tudo o que a Espanha fez na Suíça, e se a Inglaterra quiser levar a melhor na final, terá de descobrir como impedir Guijarro de gerir o ritmo do jogo outra vez.