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Pere Romeu, treinador do Barcelona, tranquilo antes da final da UEFA Women's Champions League contra o Arsenal

“Sou um homem muito calmo e vou aproveitar”, diz o treinador do Barcelona enquanto se prepara para a final da UEFA Women's Champions League contra o Arsenal.

Pere Romeu conduziu o Barcelona à final Women's Champions League na sua primeira época no comando técnico da equipa
Pere Romeu conduziu o Barcelona à final Women's Champions League na sua primeira época no comando técnico da equipa NurPhoto via Getty Images

No Verão de 2024, o treinador Jonatan Giráldez deixou o Barcelona após três anos gloriosos em que o clube conquistou dez dos 12 troféus possíveis, incluindo dois títulos consecutivos da na UEFA Women's Champions League.

O clube não precisou de ir muito longe para encontrar o seu substituto, já que o adjunto de Giráldez, Pere Romeu, assumiu o cargo. Natural de Barcelona, Romeu trabalhou durante algum tempo com as equipas jovens masculinas do clube (entre as quais jogou um tal de Gavi), mas está agora a mostrar a sua combinação de táctica e competências no futebol sénior feminino, tendo falado à UEFA antes da final contra o Arsenal.

Actualizações: Arsenal - Barcelona

Sobre a mudança do Barcelona desde a época passada

Há sempre ajustamentos. Houve uma mudança de treinador, mas também de jogadoras. Algumas que foram titulares na época passada, ou que jogaram em jogos importantes, como Lucy Bronze, Mariona Caldentey, não estão cá. Agora temos jogadoras como Ewa Pajor. Só essa mudança faz com que a equipa jogue de forma diferente.

Nas finalizações, nos cruzamentos e nos cabeceamentos, ter a Ewa Pajor na área dá-nos mais presença do que tínhamos antes. Por isso, o trabalho do treinador é garantir que tudo o que estava a funcionar antes continua a funcionar, mas também potenciar os pontos fortes das actuais jogadoras. Foi esse o meu principal trabalho esta época.

Todos os golos do Barcelona na Women's Champions League 2024/25

Sobre o que o mantém interessado como treinador

Adoro competir. Adoro ver a minha equipa ganhar. Gostava de ganhar títulos. Mas sou treinador porque adoro o dia a dia. Porque adoro o processo. Porque adoro convencer as pessoas de que jogar desta forma nos aproxima mais da vitória do que jogar daquela forma.

Adoro convencer as pessoas de que, se treinarmos de uma determinada maneira, estaremos mais preparados para jogar, porque teremos tudo pronto, e ter tudo pronto dá-nos confiança. É isso que me interessa.

Sobre Clàudia Pina

A maior parte dos remates que faz vão à baliza ou acertam no poste. São muito poucos os remates que ela faz fora do alvo e é raro encontrar isto no futebol. Por outro lado, o principal ponto forte da Clàudia é a proximidade da baliza e, quanto mais perto está da baliza, mais tranquila fica. Enquanto as outras pessoas tendem a apressar a finalização, a Clàudia [muitas vezes] dá mais um toque para conseguir fazer o remate mais limpo possível à baliza, da forma melhor e mais confortável. A Clàudia é óptima a interpretar espaços e está sempre bem posicionada.

Ela é muito tranquila, é uma pessoa muito agradável de se ter por perto. É óptima nos treinos. Está sempre a sorrir, mas também é competitiva. Confiamos muito nela e é fácil sermos directos com ela sobre as coisas.

Clàudia Pina festeja a vitória sobre o Chelsea nas meias-finais
Clàudia Pina festeja a vitória sobre o Chelsea nas meias-finaisNurPhoto via Getty Images

Sobre a academia do clube, La Masia

O que mais se destaca nas camadas jovens do Barcelona é o facto de ter os melhores futebolistas masculinos e femininos. Isso é o mais importante. Isso torna-nos mais atentos, porque estamos a lidar com jogadores(as) melhores do que aqueles(as) com quem trabalhámos antes. Há muitos grandes jogadores(as) e as coisas são feitas de uma certa maneira. Aqui, os(as) futebolistas são formados(as) com uma mentalidade específica que os(as) ajuda a subir nos escalões etários e a aproximarem-se cada vez mais do futebol profissional.

Não há muitos segredos: ter as melhores jogadoras, treiná-las bem, ajudá-las a melhorar e transformá-las em jogadoras competitivas. Quando se está num sítio há muito tempo [como as formadas em La Masia: Clàudia Pina, Aitana Bonmatí e Alexia Putellas], tem-se um sentimento de pertença que não se tem quando se chega.

Sobre a preparação para a final

O que eu mais gosto é quando me sento no meu gabinete e vejo o Arsenal, vejo muitos jogos do Arsenal, vejo o que o Arsenal faz, vejo quem são as jogadoras mais importantes da equipa, como nos vamos preparar, como vamos treinar, o que propomos, e quando fazemos tudo isto é quando me sinto mais calmo, mais confiante e mais convicto. A partir desse momento, quando o jogo se aproxima, é quando se começa a ficar nervoso.

Fico especialmente entusiasmado por a minha família vir ver a final ao vivo, os meus irmãos, os meus melhores amigos. Mas sou um tipo terra a terra, sou uma pessoa muito calma e vou desfrutar. Vou adorar estar com estas pessoas, mas isso não me coloca qualquer pressão extra; não me faz sentir mais nervoso. Parece-me natural.