Jonatan Giráldez, treinador do Barcelona, fala sobre chegar à final da Women's Champions League
quinta-feira, 1 de junho de 2023
Sumário do artigo
O treinador do Barcelona, Jonatan Giráldez, fala ao UEFA.com sobre o progresso da sua equipa antes da final da Women's Champions League de 2023 frente ao Wolfsburgo.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Com apenas 31 anos, Jonatan Giráldez já conquistou dois títulos da Liga espanhola e chegou a duas finais da IEFA Women's Champions League nas duas épocas que leva no comando do Barcelona, tendo estado perto da perfeição nos jogos em casa e fora.
Falta apenas uma coisa na impressionante lista de sucessos do jovem técnico do Barça: o troféu mais desejado. No ano passado, na terceira final do Barcelona em quatro temporadas, mas a primeira de Giráldez à frente da equipa (era adjunto na vitória por 4-0 sobre o Chelsea em 2021), as Blaugrana perderam por 3-1 diante do Lyon. Agora, no sábado, em Eindhoven, pretendem corrigir isso contra o Wolfsburgo.
A época até agora
Fizemos um percurso muito bom. Conseguimos o que nos propusemos a fazer – chegar à final da Champions League. O único momento negativo, que no final acho que acaba sempre por ajudar, foi a derrota fora contra o Bayern. Foi uma derrota que nos fez repensar, concentrar-nos nas coisas que achávamos realmente importantes, mas também continuar a crescer como equipa. O que mais gostamos é de competir e poder dar alegrias ao adepto. Os jogos no Camp Nou têm sido muito especiais.
A terceira final seguida do Barcelona e quarta em cinco anos
Quando cheguei em 2019 [como treinador adjunto] e conseguimos chegar à nossa primeira final da Champions League, demos conta que estávamos ainda muito longe do Lyon e das outras equipas que dominavam a Europa. O grande investimento do clube, o esforço da equipa técnica e dos jogadores… A melhoria verificada nas últimas épocas diz muito sobre a nossa consistência, porque chegar a quatro finais da Champions League nos últimos cinco anos não é obra do acaso. Merece muito reconhecimento. Mas não se trata apenas de chegar lá, trata-se de vencer.
Efeitos da derrota com o Lyon na final da época passada
Não fugimos às responsabilidades. Damos a cara, aceitamos a autocrítica. Todas as jogadoras – quer tenham participado ou não – o treinador, ao staff: todos perguntámos o que poderíamos fazer melhor. Perder significa uma nova experiência. A derrota muda a nossa mentalidade. É preciso algum tempo para sarar as feridas, claro, mas esse período tem de ser acompanhado de reflexão.
Fizemos um verdadeiro exame de consciência, em termos de como planear a nova temporada para continuarmos a ajudar as jogadoras. E do ponto de vista desportivo, melhorar as nossas fases de jogo no ataque e na defesa. A paciência faz parte da competição e há alturas em que é preciso sobreviver – quando estás a ser pressionado na tua área, quando não consegues recuperar a bola ou marcar um golo. Trata-se de gerir a frustração de maneira melhor. Para mim, as experiências destes grandes jogos e o que temos tentado implementar nos treinos ajudam-nos a crescer, e esse crescimento vem acompanhado de resultados. E eu gosto do que estou a ver na equipa esta época.
As assistências incríveis em Camp Nou
É lindo. Fazer parte disso como treinador e ver o efeito que a equipa provoca nas pessoas é muito bom. Chegámos a um ponto em que as pessoas vão ao jogo porque se divertem muito. É nossa responsabilidade continuar a mostrar a nossa melhor forma para que as pessoas se identifiquem com o que vêem em campo. Saber que tem uma massa adepta fenomenal a apoiar, saber que tem um motivo para continuar a provocar paixão é mais do que suficiente para continuar a treinar com esse objectivo em mente: continuar a deliciar quem nos segue.
A importância de ter Alexia Putellas de novo disponível
É importante não lhe dar demasiada pressão ou responsabilidade. O mais importante agora é que ela recupere a qualidade de jogo que tinha antes da lesão. Isso demora tempo e requer paciência. Podemos dar-lhe o espaço de que necessita para reencontrar a sua melhor forma. Tê-la de volta é um enorme impulso para nós. Defrontámos muitas equipas defensivas que jogam muito atrás, pelo que perder a Alexia, a nossa melhor jogadora e marcadora, obrigou-nos a fazer algumas compensações. O facto de ela estar de volta para o momento mais importante da época é, claramente, muito benéfico.
Obtenha o programa oficial
O palco está montado em Eindhoven para ser iluminado por Barcelona e Wolfsburg. Obtenha o seu exemplar aqui!