Chelsea 1-2 Lyon (ap, total: 2-2, 4-3 pe): Londrinas afastam detentoras do troféu
quinta-feira, 30 de março de 2023
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Maren Mjelde converteu um penálti no último minuto do prolongamento para levar a decisão para o desempate por grandes penalidades, onde a guarda-redes Ann-Katrin Berger brilhou com duas defesas que ajudaram a eliminar o detentor do troféu e levaram Stamford Bridge à loucura.
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O Chelsea eliminou o detentor da UEFA Women's Champions League, Lyon, num emocionante embate dos quartos-de-final.
A formação de Londres tinha ganho em Lyon, por 1-0, na primeira mão e segurou essa vantagem até ao minuto 77 desta segunda mão. Aí, Vanessa Gilles marcou para as gaulesas e levou o jogo para prolongamento, etapa em que Sara Däbritz colocou o Lyon na frente da eliminatória. Só que Maren Mjelde converteu uma grande penalidade no último remate do tempo extra e a decisão seguiu para o desempate por pontapés da marca de grande penalidade, no qual a guarda-redes Ann-Katrin Berger, no seu 100º jogo pelo Chelsea, fez duas defesas. O Chelsea segue para as meias-finais e vai agora defrontar o Barcelona, contra o qual perdeu a final em 2021.
Momentos-chave
6' Bruun desperdiça boa oportunidade
15' Endler nega o golo a Kerr
24' James vê remate defendido por Endler
77' Gilles marca e iguala eliminatória
110' Däbritz marca no prolongamento e coloca Lyon na frente
120+8' Mjelde converte grande penalidade e leva decisão para os penáltis
Penáltis Berger defende remates de Renard e Horan e apura Chelsea
O jogo em poucas palavras: Chelsea salva-se no último suspiro
O Chelsea começou por apanhar dois sustos nos minutos iniciais, com Ann-Katrin Berger a defender um remate de Delphine Cascarino e Signe Bruun a atirar por cima na recarga, antes de a atacante dinamarquesa voltar a desperdiçar, após falha de Eriksson.
As londrinas reagiram e aos 15 minutos criaram perigo no contra-ataque. Servida por Lauren James, Sam Kerr permitiu a defesa de Christiane Endler. Endler voltou a brilhar minutos mais tarde, ao sair aos pés de James para evitar males piores para a sua equipa.
Ainda assim, era o Lyon que mais pressionava, mas o golo não aparecia e ao intervalo a melhor marcadora de todos os tempos da competição, Ada Hegerberg, saltou do banco para tentar dar a volta aos acontecimentos.
O Chelsea, porém, parecia ter tudo sob controlo. Até que, a 13 minutos do fim, Vanessa Gilles deu o melhor seguimento a um cruzamento de Lindsey Horan ao primeiro poste e levou a decisão para um prolongamento jogado debaixo de muita chuva.
Aí o Lyon voltou a marcar, com duas jogadoras vindas do banco - Vicki Becho e Hegerberg - a combinarem bem antes de Däbritz colocar a bola no fundo das redes. Tudo parecia resolvido, só que já no período de compensação da segunda parte do prolongamento Becho derrubou James na grande área do Lyon e Mjedle não perdoou na conversão do consequente penálti.
A decisão seguiu, desta forma, para o desempate por pontapés da marca de grande penalidade, onde Mjedle foi também a primeira a marcar, com Wendie Renard a primeira a falhar para o Lyon, permitindo a defesa de Berger. Logo a seguir Endler ainda defendeu o penálti de James, mas o Chelsea acabou por vencer por 4-3 depois de Berger defender a derradeira grande penalidade da série de cinco do Lyon, cobrada por Horan.
Melhor em Campo Visa: Ann-Katrin Berger (Chelsea)
"Com as defesas dos dois penáltis no desempate por pontapés da marca de grande penalidade ela decidiu o jogo."
Observadores Técnicos da UEFA
Reacções
Emma Hayes, treinadora do Chelsea: "Definitivamente não olhei para o penálti [de Mjelde]. Foi um momento que acho que nunca vivi na minha carreira. Há apenas uma pessoa que quer marcar o penálti e essa pessoa é a Maren Mjelde. Ela teve marcar sabendo que seria o último remate do jogo. Teve de fazer três "resets" – isso mostra um carácter e uma convicção inacreditáveis. Uma lenda incrível do Chelsea."
Ann-Katrin Berger, guarda-redes do Chelsea e Melhor em Campo: "As raparigas sabem que adoro os desempates de grandes penalidades. Não sinto pressão. Elas têm de marcar, não eu! É fantástico."
Sonia Bompastor, treinadora do Lyon: "O futebol inglês está em alta, mas vamos continuar a trabalhar arduamente e tirar os aspectos positivos do futebol francês. O Lyon é ambicioso e quer ganhar títulos."
Principais estatísticas
- O Chelsea é a primeira equipa, além do Paris Saint-Germain, a eliminar o Lyon desde o Turbine Potsdam nos oitavos-de-final de 2013/14, numa equipa na qual jogavam Mjelde e Hegerberg.
- O Chelsea disputou pela primeira vez um desempate por penáltis nas competições europeias e chegou às meias-finais pela quarta ocasião.
- O Lyon foi eliminado dos quartos-de-final pela segunda vez em 14 presenças
- Gilles e Däbritz marcaram os seus primeiros golos nas competições europeias pelo Lyon.
- Esta é a primeira vez que qualquer destas equipas esteve envolvida numa eliminatória a duas mãos que teve de ir a prolongamento (embora quatro das dez finais do Lyon num só jogo tenham chegado até aí).
- Esta foi a primeira vez - em 49 eliminatórias a duas mãos - que o Lyon esteve os primeiros 150 minutos do embate sem marcar qualquer golo.
- Hegerberg disputou o seu primeiro jogo na prova desde a final de 2022, contra o Barcelona, em que marcou um golo.
- Berger disputou o seu jogo 100 com a camisola do Chelsea.
Equipas
Chelsea: Berger; Périsset (Mjelde 73), Buchanan, Eriksson, Carter; Cuthbert (Fleming 111), Leupolz (Ingle 71), Reiten (Rytting Kaneryd 91); James, Kerr, Charles
Lyon: Endler; Carpenter, Gilles, Renard, Bacha (Morroni 106); Egurrola (Däbritz 56); Horan, Van de Donk (Marozsán 106), Majri (Becho 73); Cascarino (Malard 97), Bruun (Hegerberg 46)
O que se segue?
O Chelsea vai defrontar o Barcelona nas meias-finais, a 22 ou 23 de Abril (primeira mão) e a 29 ou 30 de Abril (segunda mão), jogando a primeira mão em casa.