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Bouhaddi dá quarto título ao Lyon nos penalties

A guarda-redes Sarah Bouhaddi converteu o remate decisivo no desempate por penalties frente ao Paris e ajudou o Lyon a conquistar pela quarta vez a UEFA Women's Champions League.

Highlights: Watch penalty drama as Lyon claimed glory
  • Guarda-redes do Lyon, Sarah Bouhaddi, marca penalty da vitória após homóloga do Paris ter falhado a sua tentativa
  • Lyon iguala o Frankfurt com quatro triunfos na prova
  • Bouhaddi, Wendie Renard, Camille Abily e Eugénie Le Sommer presentes nos quatro triunfos
  • Alex Morgan, que esteve em dúvida, sai lesionada aos 23 minutos
  • 22.433 pessoas assistem à final em Cardiff

 O Lyon bateu o Paris Saint-Germain por 7-6, no desempate por grandes penalidades, após 120 minutos sem golos na primeira final francesa da UEFA Women's Champions League, disputada no Cardiff City Stadium, no País de Gales.

O quarto título europeu do Lyon foi alcançado após a guarda-redes Sarah Bouhaddi converter a 16ª grande penalidade e carimbar um triunfo histórico, que faz o Lyon igualar o Frankfurt com quatro triunfos na prova.

Com um impressionante registo de 103 golos marcados e seis sofridos, esta época, na liga francesa, o Lyon partiu para esta final como favorito, mas o jogo encarregou-se de mostrar um Paris a jogar no erro do adversário e, com rápidas saídas para o contra-ataque, a causar mossa nas tricampeãs europeias.

Shirley Cruz Traña (33 e 38) protagonizou dois lances de muito perigo na área do Lyon, cuja guarda-redes Sarah Bouhaddi teve de aplicar-se para evitar o pior. Um minuto antes do primeiro, na área contrária, Amel Majri atirou rasteiro do limite da área para Katarzyna Kiedrzynek encaixar no solo.

Vencedor em 2011, 2012 e 2016, o Lyon trouxe do intervalo o mesmo ímpeto e, aos 52 minutos, Ada Hegerberg teve por duas vezes no mesmo lance o golo inaugural nos pés, mas sem sucesso.

Na sua sexta final – contra duas do Paris – a equipa de Lyon viu Marie-Laure Delie (63) perder o golo inaugural na cara da sua guarda-redes, em mais uma tentativa parisiense de potenciar o seu contra-ataque e, dessa forma, evitar que o rival francês consumasse o triplete.

Derrotada pelo Frankfurt na final de 2015, a equipa da capital francesa tinha de vencer para poder estar em 2017/18 na UEFA Women´s Champions League e obrigou a decisão a seguir para as grandes penalidades após o nulo, também, no final dos 120 minutos.

Após 14 penalties, coube às guarda-redes tentar a sua sorte, com a polaca a falhar a baliza antes de Bouhaddi fechar a contagem e obter um triunfo histórico.

Figura: Sarah Bouhaddi (Lyon)
Numa final em que começou por dar nas vistas entre os postes quando o contra-ataque do Paris começou a funcionar, decidiu o jogo de forma inédita depois de na decisão pelos penalties ter parado o remate de Grace Geyoro.

Momento: Da baliza para a vitória
Decorridos os 120 minutos, a decisão passou para os penalties chegou a vez das guarda-redes se enfrentarem, com Kiedrzynek a falhar o alvo e a deixar a decisão para a adversária que estava entre os postes. Com um remate seco ditou o desfecho da final.

Reacções
Patrice Lair, treinador do Paris
[Kiedrzynek] fez um grande jogo. Podia ter ido noutro sentido, é triste ter acabado assim e ela ter falhado a sua conversão. Ela esteve muito bem, mas todos sabemos com é nos penalties.

Vamos voltar ao trabalho – nunca vamos desistir. É um feito extrordinário termos estado nesta final. Assumi o comando da equipa em Julho e 15 jogadoras saíram. Temos vindo a construir a nossa equipa; talvez não tenhamos ainda jogadoras suficientes para ganharmos todas as competições, mas precisamos de ser muito fortes mentalmente.

Dzsenifer Marozsán, eleita melhor em campo
É uma vitória extraordinária. Esta época foi extraordinária. Estou muito feliz, a desfrutar deste momento. Estou grata por a minha equipa ter-me dado este presente esta noite.

Gérard Prêcheur, treinador do Lyon
Ganhar triplas de troféus seguidas é muito bom para o clube, para as raparigas e é absolutamente excepcional – penso que ninguém o conseguiu no passado. Estou extremamente satisfeito. Treinar 26 jogadoras internacionais não é tarefa fácil. Sempre disso que a única coisa que conta é o resultado e mostrámos isso no campo – estou muito orgulhoso.