Checos apoiam Inglaterra para manter sonho olímpico
quarta-feira, 24 de junho de 2015
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Com a esperança de chegar aos Jogos Olímpicos nas mãos da Inglaterra, a anfitriã República Checa vai torcer pela equipa de Gareth Southgate frente à Itália.
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A Inglaterra contará com mais 10 milhões de adeptos quando defrontar a Itália, na quarta-feira, já que a anfitriã República Checa espera que os pupílos de Gareth Southgate mantenham o seu sonho olímpico vivo.
Apesar de uma excelente exibição no Estádio Eden na terça-feira, a equipa de Jakub Dovalil não foi além de um empate a um golo com a Alemanha, que ditou o apuramento do adversário para as meias-finais e deixou o destino dos checos em mãos inglesas.
A anfitriã do EURO Sub-21 precisa que a formação de Southgate termine nos dois primeiros lugares do Grupo B para dar origem a um "play-off" de acesso aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Assim, a selecção checa vai juntar-se aos seus compatriotas para apoiar a Inglaterra em Olomouc.
"Sem dúvida que vamos apoiar a Inglaterra – juntos, vamos ver o jogo", disse o médio Martin Frýdek ao UEFA.com, antes do que promete ser uma noite de emoções. "Queremos que a Inglaterra ganhe, mas como já vimos durante o torneio, qualquer equipa é capaz de vencer ou até mesmo empatar. Por isso penso que a Inglaterra não vai ter uma tarefa fácil".
"Quem não torceria por eles?", questionou o defesa checo Tomáš Kalas. "Podem apostar que vamos apoiá-los".
No Chelsea desde 2010, Kalas tem mais motivos do que os restantes para apoiar a Inglaterra, que precisa de vencer para alcançar as meias-finais. Dado que a Inglaterra não pode colocar uma equipa no Rio de Janeiro, isso daria à República Checa a oportunidade de carimbar a presença no Brasil ao bater o terceiro classificado do Grupo B, em Uherske Hradiste, no domingo.
"Sim, tenho alguns amigos na equipa, um dos defesas-centrais jogou comigo no Middlesbrough, e há ainda dois médios que conheço do Chelsea", disse Kalas, referindo-se a Ben Gibson, jogador do "Boro", e Nathaniel Chalobah e Ruben Loftus-Cheek, colegas de equipa nos "blues". "Mas não lhes vou ligar, eles não podem influenciar isso só por si, mas seria realmente agradável se ganhassem, ao mesmo tempo que nos ajudavam".
A presença no Rio de Janeiro seria um impulso para a selecção, naquela que seria apenas a segunda participação do país nos Jogos Olímpicos, após a eliminação na fase de grupos na edição de 2000, em Sydney. Também garantiria o apoio de toda a nação na América do Sul, já que seriam o único representante da República Checa num desporto colectivo.
"Temos de tentar ser aqueles que se qualificaram", disse Kalas, cujos predecessores no torneio de 2011, na Dinamarca, foram batidos pela Bielorrússia no "play-off" olímpico. "Esta pode ser uma boa oportunidade para fazer história".