Clã Babunski mantém ARJ da Macedónia em familia
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
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"O futebol faz coisas maravilhosas", disse David Babunski após alinhar ao lado do irmão pela selecção Sub-21 da ARJ da Macedónia, orientada pelo pai de ambos, Boban.
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“O futebol faz coisas maravilhosas, não faz?”, reflectiu David Babunski após ter representado, na sexta-feira, a Antiga República Jugoslava da Macedónia numa partida de qualificação para o Campeonato da Europa de Sub-21.
Os locais derrotaram o Azerbaijão por 1-0, mas não foi isso que tornou o encontro tão especial. Em vez disso, fez-se história em Skopje quando o jogador de 19 anos e o irmão Dorian surgiram juntos na equipa inicial treinada pelo pai Boban – na primeira vez que uma equipa combina pai e filhos numa partida internacional naquela nação balcânica.
“Fizemos um jogo excelente e vencemos”, explicou Dorian, em declarações na zona mista acompanhado pelos seus familiares na selecção macedónia. “Há alguns anos atrás, o futebol foi a razão que ditou a separação na nossa família, mas agora é o motivo por que estamos juntos outra vez o que nos faz felizes.”
Os irmãos Babunski já percorreram uma trajectória fabulosa. Filhos de Boban, antigo defesa da Jugoslávia e da Macedónia, começaram por jogar juntos nos escalões de formação, primeiro no UDA Gramenet e depois no UE Cornellà mas, em 2011, seguiram caminhos diferentes: David rumou à academia do FC Barcelona e o irmão Dorian ingressou no arqui-rival Real Madrid CF. Nesse meio tempo, Boban regressou ao seu país para iniciar a carreira de treinador.
Estarem na mesma equipa contra ao Azerbaijão revelou-se uma experiência emocionante. “Enquanto crescíamos alimentei sempre o sonho de vir a jogar ao lado do meu irmão pelo meu país e com o nosso pai a treinador”, disse Dorian, de 17 anos, dois mais novo do que David. “Estou encantado por esse sonho se ter tornado realidade.”
Claro que se chegar o dia em que David e Dorian terão de enfrentar-se no “Clássico” pelos seus clubes espanhóis, Boban não vai perdê-lo “por nada deste mundo”. Já sobre por que equipa pela qual iria torcer, a resposta revelou-se mais complicada de dar. “Perguntei-me recentemente como iria reagir se tal vier a suceder. Como pai deles, não será importante quem ganha ou quem perde, gostaria sim de os ver a jogar e a cada um a dar o melhor de si e das suas capacidades, como sempre fazem.”