Thiago sonha com sucessão de títulos para a Espanha

O capitão da selecção de Espanha, Thiago Alcántara, está à procura de se tornar no 11º jogador a ganhar dois títulos sucessivos no Campeonato da Europa de Sub-21. O médio do FC Barcelona tirou algum tempo dos preparativos para falar ao UEFA.com sobre a final desta terça-feira, do estilo de jogo de “La Rojita” e da inspiração que lhe chega do pai.

Thiago tem sido o esteio do meio-campo espanhol e apenas não jogou 11 minutos desde o início da fase final em Israel quando, depois de triunfar no Grupo B, a equipa de Julen Lopetegui despachou a Noruega com três golos sem resposta na meia-final. O jogador de 22 anos evidencia-se também no papel de capitão e, apesar de já ter no palmarés quatro títulos na Liga e uma medalha de vencedor da UEFA Champions League, pelo Barcelona, ainda almeja por um triunfo “inacreditável” sobre a Itália, em Jerusalém.

“[Já pensei na final] mas apenas em sonhos, a marcar o golo que nos daria a vitória e a erguer o troféu com os meus colegas de equipa”, disse o jogador formado no Barça. “Só podemos esperar para ver o que vai acontecer em campo. Vamos, certamente, estudar muito bem o nosso adversário, para podermos fazer a melhor abordagem ao jogo e vencê-lo.”

“Faço parte da selecção Sub-21 há muito tempo e é por isso que sou o capitão. É uma honra para mim ter a braçadeira, mas não me acho o único líder. Somos 23 líderes e entendemo-nos muito bem.”

Enquanto continuar a adicionar medalhas é importante para Thiago, a forma como vence e o estilo de jogo da Espanha é, também, um factor crucial. “Temos plena confiança na forma como jogámos”, disse. “É sempre melhor atingirmos um nível elevado dessa forma. Temos todos que manter a bola e fazê-la chegar do guarda-redes aos avançados. É isso que torna um grupo harmonioso. Todos queremos jogar da mesma forma e todos estão, também, prontos a sacrificar-se pelo colega do lado.”

Thiago tem uma figura pequena, mas o seu alcance é enorme, e tem a criatividade e o ritmo de trabalho incansável como as principais características aprendidas com o pai, Mazinho, campeão mundial em 1994, bem como com os colegas em Camp Nou. “Numa primeira fase, foi o meu pai [quem me inspirou] em todos os sentidos”, continuou. “A vida dele e a forma como jogava. Nos clubes onde alinhou, gostei do [Predrag] Mijatović, no Valência, e do [Aleksandr] Mostovoi, no Celta."

”Foram grandes jogadores e eu prefiro sempre falar dos atacantes. Actualmente partilho o balneário com grandes do futebol como Xavi [Hernández], Andrés [Iniesta], Leo [Messi], [Gerard] Piqué, [Carles] Puyol, [Víctor] Valdés. Esses jogadores não são apenas individualmente importantes, mas também parte da equipa. Aprendi um pouco com cada um dos jogadores do plantel do Barça no que se refere ao meu desenvolvimento como jogador.”