Checos surpreendem ingleses e passam às meias-finais
domingo, 19 de junho de 2011
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A República Checa garantiu a passagem às meias-finais de forma emotiva, com os suplentes Jan Chramosta e Tomáš Pekhart a marcarem nos últimos minutos e a deixarem pelo caminho a Inglaterra.
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A República Checa realizou um final de jogo fantástico e garantiu a presença nas meias-finais, conseguindo a reviravolta frente à Inglaterra graças aos golos marcados pelos suplentes Jan Chramosta e Tomáš Pekhart nos últimos minutos do encontro disputado em Viborg.
Daniel Welbeck inaugurou o marcador com um cabeceamento, aos 76 minutos e a Inglaterra parecia bem lançada em direcção à terceira presença consecutiva nas meias-finais de um Europeu de Sub-21. Contudo, os checos tinham outras ideias e, dois minutos depois, Chramosta empatou o jogo, com Pekhart a consumar a reviravolta em tempo de compensação.
Os checos terminaram no segundo lugar do Grupo B, com seis pontos, menos um que a Espanha, e na quarta-feira vão medir forças com a Suíça, que venceu o Grupo A, em Herning. Os jovens ingleses de Stuart Pearce vão regressar a casa a pensar como deixaram escapar a vitória e o apuramento.
Esta derrota foi um rude golpe para a Inglaterra, que dominou grande parte do jogo e parecia ter o apuramento garantido. Depois de ter jogado a extremo frente à Ucrânia, Daniel Sturridge regressou ao eixo do ataque para fazer companhia a Daniel Welbeck e os dois jogadores dispuseram de oportunidades para marcar no início do encontro. Sturridge, que foi o avançado de Inglaterra mais regular na prova, marcou aos oito minutos, mas a jogada foi anulada por fora-de-jogo. Pouco depois, Sturridge assistiu Welbeck, que rematou por cima quando estava em frente a Tomáš Vaclík.
Na equipa checa, o seleccionador Jakub Dovalil voltou a jogar com apenas um avançado, com Libor Kozák a render Pekhart, depois da experiência fracassada de jogar com dois atacantes frentes à Espanha. A equipa do centro da Europa só precisava de um ponto para seguir em frente e começou o jogo de forma discreta, mas ficou perto de ganhar vantagem aos 17 minutos, com Frank Fielding a voar para defender um remate de primeira de Lukáš Mareček. Os checos estavam mais atrevidos e o lateral Jan Lecjaks subiu ao ataque e cruzou para a área, mas Marcel Gecov não acertou na bola quando estava em boa posição.
A Inglaterra dominou o final do primeiro tempo, com os dois extremos a criarem situações de muito perigo. Primeiro foi Tom Cleverley, que regressou à equipa depois de falhar o embate ante a Ucrânia, que rematou às malhas laterais depois de um cruzamento longo de Ryan Bertrand. Logo a seguir, Scott Sinclair, que esteve muito irrequieto no primeiro jogo a titular no Europeu, entrou pela esquerda, após uma boa circulação de bola de Inglaterra, e obrigou a Vaclík a esticar-se ao máximo para evitar o golo.
Os jogadores da selecção da Bielorrússia estiveram entre os 5,262 espectadores que assistiram ao jogo em Viborg, mas ao intervalo era pouco provável que tivessem de medir forças com qualquer uma destas equipas nas meias-finais, pois a Espanha estava e vencer a Ucrânia e tinha o primeiro lugar praticamente garantido.
Os checos estavam em boa posição para fazer companhia aos espanhóis na passagem às meias-finais, pois a Inglaterra sentia grandes dificuldades para ultrapassar a defesa mais eficaz da fase de qualificação. Apesar disso, os ingleses encontraram forma de marcar a 14 minutos do final, com Sturridge a cruzar para o cabeceamento vitorioso de Welbeck.
Sturridge teve uma oportunidade para fazer o 2-0, mas Vaclík evitou o golo e foram os checos que marcaram através de dois suplentes. Gecov cruzou rasteiro, a bola sofreu um ligeiro desvio em Welbeck e sobrou para Chramosta, que não desperdiçou a oportunidade para empatar. Os checos tinham o resultado que precisavam, mas, com a Inglaterra balanceada no ataque, ainda conseguiram chegar à vitória. Chramosta subiu pela direita e serviu Peckhart, que fez ruir o sonho dos ingleses.