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Raúl fala da sua experiência

Raúl González conta ao UEFA.com as suas experiências com a selecção espanhola finalista vencida no Europeu de Sub-21, em 1996, ao mesmo tempo que destaca o "grande potencial" do conjunto actual.

Raúl fala da sua experiência
Raúl fala da sua experiência ©uefa.com 1998-2011. All rights reserved.

Todos aqueles que questionam o mérito dos jovens jogadores que vão competir este mês no Campeonato da Europa de Sub-21, devem ouvir o que Raúl González tem para lhes dizer sobre a sua participação na prova, há 15 anos.

O avançado do FC Schalke 04 estava com 18 anos e tinha acabado de marcar 19 golos pelo Real Madrid CF quando disputou a final de 1996, em Barcelona. Foi, como conta ao UEFA.com, o local perfeito para mostrar o seu enorme talento e testar-se a si mesmo, ante os restantes jogadores europeus da sua idade.

Juntamente com as emergentes estrelas Iván De La Peña, Gaizka Mendieta e Fernando Morientes, Raúl ajudou os comandados de Javier Clemente a bater a República Checa a duas mãos, nos quartos-de-final, seguindo-se a Escócia, derrotada por 2-1, na meia-final, em Barcelona. Ficou assim agendado o encontro na final com a Itália, que contava com Fabio Cannavaro e Christian Panucci – que seriam colegas de Raúl no Santiago Bernabéu –, Alessandro Nesta e Francesco Totti.

Raúl recorda: "Eu era ainda um jovem jogador e, para nós, essa prova era o palco ideal para nos mostrarmos no cenário internacional. As pessoas iam ter a possibilidade de nos conhecer melhor e ver-nos a jogar contra as grandes potências. Cannavaro jogava pela selecção italiana e lembro-me que ele fez um grande jogo. Eles tinham uma selecção com jogadores muito importantes que, a seguir, como é óbvio, chegaram à selecção principal."

Foi Raúl quem fez o empate, depois de Totti ter aberto o activo, mas depois falharia a grande penalidade no desempate, num encontro em que Itália acabou por conseguir segurar o 1-1 final, apesar de ter terminado com nove, devido a duas expulsões. "Falhámos duas grandes penalidades, uma eu e outra o De La Peña. Foi uma grande decepção para todos nós, pois esperávamos vencer o título em Espanha, mas as coisas correram ao contrário."

Apesar de voltar a sentir o mesmo quatro anos depois, quando, por ocasião dos quartos-de-final do UEFA EURO 2000, falhou uma grande penalidade no desempate ante a França, Raúl é da opinião que lições fundamentais foram aprendidas. "Estas experiências ajudam-nos a crescer. Se tudo for devidamente apreendido, o jogador evolui mais."

Ao olhar para trás, acrescentou: "Tínhamos uma equipa muito competitiva, com grandes jogadores que prosseguiram as suas carreiras no campeonato espanhol. Divertimo-nos muito. Eu joguei nessa equipa de Sub-21 durante quase dois anos. Desfrutámos muito de tudo aquilo. Tínhamos um grande espírito e foi uma experiência muito boa."

Apesar de ter falhado nessa ocasião, a Espanha acabaria por vencer a prova dois anos depois, naquela que foi a sua segunda vitória, depois do triunfo em 1986. Raúl está esperançado que a terceira chegará na Dinamarca. "Penso que a Espanha tem sempre grandes equipas e para o EURO que aí vem isso voltará a acontecer. Vão ter a sua oportunidade de se tornarem campeões."

A selecção espanhola inclui dois campeões do Mundo, Javi Martínez e Juan Mata, mas Raúl vê ainda mais exemplos de "grande potencial" nos escolhidos por Luis Milla. Destaca, em particular, as recentes transferências dos jogadores da equipa de Sub-21, Didac Vila Rosello e Víctor Ruiz, que deixaram o RCD Espanyol em Janeiro para ingressarem, respectivamente, no AC Milan e no SSC Napoli.

"Muitos clubes dão uma grande importância a esses jogadores e ao que eles podem vir a fazer a seguir," disse. "Não se destacaram muito na Liga espanhola [e] isso significa que outros clubes estão a seguir os nossos jovens jogadores." Deverão prestar ainda mais atenção depois das duas semanas que aí vêm na Dinamarca.