Pearce e Milla cientes da ameaça checa

O seleccionador de Espanha, Luis Milla, e o seu homónimo de Inglaterra, Stuart Pearce, identificaram ambos a República Checa como a equipa a abater, após o sorteio da fase final do Campeonato da Europa de Sub-21 de 2011 ter ditado o emparelhamento destas três equipas com a Ucrânia num Grupo B que se prevê bastante equilibrado.

Stuart Pearce, seleccionador de Inglaterra
Trata-se de um grupo bastante complicado e não temos dúvidas a esse respeito. Os checos foram os cabeças-de-série número 1 e a Espanha tem selecções muito fortes em todos os escalões etários, nós e a Ucrânia; trata-se de um grupo muito complicado, mas muito interessante. Actualmente, talvez os checos sejam os grandes favoritos à vitória final, pela forma confortável como se qualificaram, mesmo nos "play-offs". É uma prova fantástica, estamos certamente ansiosos por disputá-la e muito felizes por aqui estarmos.

Temos sete meses para prepará-la e isso dá-me uma concentração adicional. Com jogadores jovens, nunca sabemos como vai o seu desenvolvimento, mas enquanto nos apurarmos e dermos boa conta de nós próprios, seremos uma equipa difícil de bater. Esta é uma equipa que está a amadurecer bem. Há algumas potências, como a França e a Itália, que não estão aqui presentes, o que mostra como é difícil vencer esta prova.

Luis Milla, seleccionador de Espanha
Não foi um sorteio fácil. Creio que este é um grupo forte, com grandes equipas que fizeram excelentes campanhas de apuramento, nas quais os checos conseguiram alguns resultados fantásticos. Estávamos no mesmo grupo que a Holanda e sabemos que eles são uma equipa de topo, pelo que o facto de Ucrânia os ter derrotado no "play-off" diz-nos tudo o que precisamos de saber sobre os ucranianos. Basicamente, qualquer uma das sete equipas seria um adversário difícil, pelo que estamos a encarar esta prova com todo o respeito e humildade.

Temos um certo estilo, uma forma de jogar, uma cultura futebolística, digamos, e não nos desviaremos dela. Vamos jogar da nossa forma e vamos aplicar-nos ao máximo para consegui-lo. Creio haver sempre um elemento de pressão em nós. As nossas outras selecções jovens têm tido bastante sucesso e merecem todo o crédito, mas temos de ver o que fazemos e tentar a melhor prestação possível.

Jakub Dovalil, seleccionador da República Checa
É obviamente um grupo muito complicado, mas nunca se sabe. Creio sermos uma equipa forte. Penso mesmo que podemos qualificar-nos para a fase seguinte.

É difícil prever, mas todas as equipas no grupo são fortes. Obviamente, a Espanha e a Inglaterra são equipas de topo na Europa, mas creio que será muito difícil derrotar a Ucrânia e temos de preparar-nos muito bem para enfrentar os nossos adversários. Creio que podemos qualificar-nos para os Jogos Olímpicos.

Pavlo Yakovenko, seleccionador da Ucrânia
Temos um grupo difícil, mas a verdade é que as equipas fracas nunca se apuram para a fase final e não considero que o nosso grupo seja mais forte do que o outro. Quanto mais fortes forem os adversários, mais interessantes serão os encontros. Todas as três equipas são diferentes em estilo, mas muito fortes.

A República Checa prefere um estilo físico, os espanhóis são tecnicamente bastante dotados, enquanto a Inglaterra tem uma mistura dos dois, mas nós não temos preferência sobre quem enfrentamos. Queremos todos os jogos da fase de grupos, assim como a própria prova. Não temos objectivos mínimos e lutaremos pelos máximos.