Esquecer desilusão frente a Portugal

Giampaolo Pazzini admitiu que se tem vivido um ambiente de “descontracção, mas também de desilusão” no centro de estágio da Itália, em resultado do falhanço no apuramento para as meias-finais do Europeu de Sub-21. Fica o consolo pela possibilidade de a Itália poder ainda alcançar um lugar nos Jogos Olímpicos.

Sonhar alto
A “squadra azzurra” era uma das principais candidatas a chegar ao que seria o seu sexto título, mas os transalpinos nunca recuperaram da desilusão da estreia, com a derrota ante a Sérvia. Um empate a dois golos com a Inglaterra revelou qualidades, sendo a vitória por 3-1 ante a República Checa, na terceira jornada, a prova de que a formação orientada por Pierluigi Casiraghi estava a melhorar, embora não tenha ido a tempo de passar do terceiro lugar no Grupo A. Apesar da eliminação do Europeu, a Itália conseguiu, ainda assim, ter acesso ao “play-off” onde discutirá com Portugal uma vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim. “Ficámos muito desapontados por apenas podermos jogar o “play-off” em vez de marcarmos presença na meia-final”, afirmou Pazzini, avançado da ACF Fiorentina. “Podemos ainda fazer algo de bom aqui e partir de cabeça levantada.”

Expectativas sem correspondência
Pazzini chegou ao torneio bastante moralizado. Sete golos em 24 jogos realizados na Serie A convenceram Cesare Prandelli a perceber que poderia estar encontrado o substituto do novo reforço do FC Bayern München, Luca Toni. O hat-trick obtido ante os Sub-21 italianos em Março passado ajudou o técnico a tirar as últimas ilações. Contudo, o atleta de 22 anos ainda não conseguiu corresponder às expectativas na Holanda. “Acredito que muitos possam estar desiludidos, não apenas pela performance da equipa, como também com o meu contributo”, afirmou. “Pessoalmente, estou infeliz com o que tenho feito no torneio. Ainda não mostrei o que valho.”

Dar tudo com Portugal
Algumas pessoas acusaram a Itália de ter chegado ao torneio com demasiada ambição, embora Pazzini não concorde. “Nunca notei tal estado de espírito - nem nos treinos, nem nos jogos. As coisas não correram bem, pelo que nada há a fazer, excepto ficarmos tristes e seguir em frente”, acrescentou. “Tentarei dar o meu melhor na quinta-feira para ajudar a Itália a chegar aos Jogos Olímpicos. Estamos muito determinados e concentrados em preparar o nosso último jogo e queremos estar ao nosso melhor nível.”