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domingo, 4 de junho de 2006
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Holanda 3-0 Ucrânia
Dois golos de Klaas Jan Huntelaar e um de Hofs inspiraram a Holanda para a conquista do seu primeiro Campeonato da Europa de Sub-21.
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A Holanda conquistou este domingo o seu primeiro Campeonato da Europa de Sub-21, após derrotar na final a Ucrânia, por 3-0. Klaas Jan Huntelaar bisou na partida disputada no Estádio Bessa XXI, cabendo a Hofs selar o histórico triunfo "laranja".
Apenas uma novidade
Tal como já se previa, o seleccionador holandês, Foppe De Haan, não mexeu na equipa que havia brilhantemente derrotado a favorita França nas meias-finais, com a "laranja" a revelar-se cada vez mais mecânica e letal na sua caminhada até ao jogo decisivo. Assim, a única novidade nas duas equipas ficou reservada para a Ucrânia, que trocou Adrian Pukanych por um médio de características mais defensivas, Olexiy Godin. Na frente, a tarefa de derrubar a muralha defensiva holandesa ficou mais uma vez a cargo das estrelas da companhia, Milevskiy e Fomin.
Naturalmente... Huntelaar!
O remate inaugural da partida pertenceu ao lateral holandês Emanuelson, mas Pyatov não teve dificuldades para segurar a bola. A resposta ucraniana aconteceu aos oito minutos e só não deu em golo porque o remate de pé direito de Mikhalik foi detido com mestria pelo guarda-redes Vermeer. Apesar deste lance, a equipa ucraniana não conseguia disfarçar um anormal nervosismo, que se viria a revelar fatal aos 11 minutos. Hofs efectuou um cruzamento do lado direito, com Yarmash a falhar por completo o tempo de salto e a deixar isolado Klaas Jan Huntelaar. O avançado não se fez rogado e, depois de parar o esférico no peito, bateu Pyatov com um disparo de pé direito.
Poste salva Holanda
Pese embora continuasse a revelar uma gritante falta de inspiração, a verdade é que a Ucrânia dispôs de duas soberanas oportunidades para restabelecer a igualdade. Primeiro foi Dmytro Chygrynskiy quem acertou no poste aos 14 minutos, na sequência de um cabeceamento após livre na esquerda de Godin, antes de o mesmo Godin ver o seu livre directo embater no ferro da baliza holandesa, estavam decorridos 23 minutos. No entanto, os lances de bola parada eram mesmo a única forma que a formação de Leste encontrava para se aproximar com perigo do último reduto holandês.
Penalty imperdoável
Sempre mais rápida sobre a bola e fazendo uso da sua superioridade táctica e técnica, a equipa holandesa dominou o encontro a seu bel-prazer e ainda viu o adversário oferecer-lhe o segundo golo antes do intervalo. Yatsenko desviou a bola com a mão, impedindo que o cruzamento da direita chegasse ao inevitável Huntelaar. Chamado a cobrar o castigo máximo, o ponta-de-lança do Ajax não perdoou e fez o 2-0 aos 43 minutos, lançando uma enorme onda de desilusão nos inúmeros adeptos ucranianos que se deslocaram ao Estádio do Bessa.
Mudar para melhor
Como seria de esperar, a Ucrânia mexeu no seu "onze" ao intervalo, com Feschuk e Aliyev a serem as apostas para operar a reviravolta no marcador. Bem mais pressionantes e acutilantes, os ucranianos começaram a criar outras dificuldades a uma surpreendida Holanda, sendo que Feschuk lançou o primeiro aviso aos 53 minutos, mas o seu disparo errou o alvo. Castelen ainda respondeu pela Holanda na jogada seguinte, mas a verdade é que o domínio das operações pertencia agora à Ucrânia.
Vermeer a toda a prova
Milevskiy, até então uma perfeita nulidade, apareceu no encontro aos 57 minutos, quando passou por dois adversários e serviu na perfeição Cheberyachko, mas o remate deste último deixou muito a desejar. O assédio ucraniano parecia não ter fim e conheceu um novo capítulo quatro minutos volvidos, com Aliyev a proporcionar mais uma excelente defesa a Vermeer. O guardião holandês, a viver uma noite de grande inspiração, voltou a negar o golo ucraniano aos 65 minutos, ao desviar para canto um remate mortífero de Cheberyachko.
Hofs a fechar
Porém, as últimas esperanças de a Ucrânia ainda poder discutir o troféu caíram por terra aos 76 minutos, quando Olexandr Romanchuk viu o segundo cartão amarelo e correspondente vermelho por uma falta sobre Hofs. O mesmo Hofs ainda acertou na barra aos 88 minutos, antes de estabelecer o resultado final já em tempo de descontos, quando passou pelo seu marcador directo em habilidade e "fuzilou" Pyatov com o pé direito, iniciando os festejos em tom de laranja.
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