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Imaturidade e falta de sorte

No final do encontro com a Alemanha, apesar da vitória, técnico e jogadores portugueses não esconderam a frustração pelo afastamento do Europeu.

Depois de uma fase de qualificação imaculada, a comitiva portuguesa não escondeu a frustração pelo afastamento do Europeu no final do encontro com a Alemanha, apesar da vitória. Agostinho Oliveira reconheceu alguma "imaturidade", mas realçou que a maioria desta equipa irá jogar o próximo Campeonato da Europa e, por isso, tem um largo futuro pela frente.

Três objectivos
O técnico Agostinho Oliveira começou por dizer que a equipa tinha “três objectivos” para o jogo com a Alemanha. “Tentar conservar a dignidade, ganhar o jogo e passar às meias-finais. Só não alcançámos o último”, disse, relevando de seguida as opções efectuadas durante o encontro. “Perdemos o controlo do jogo a partir dos 25 minutos. Ao intervalo tirei um jogador ‘amarelado’ e coloquei um avançado, mas o Varela apenas saiu porque estava lesionado, pois não era ele que estava previsto sair. Como o Hugo Almeida estava lesionado não me restavam muitas opções para o ataque».

“Não pudemos contar com o melhor Quaresma”
Inicialmente apontado como possível convocado de Luiz Felipe Scolari para o Campeonato do Mundo, a participação do capitão Ricardo Quaresma nesta pova esteve longe do desempenho evidenciado durante a temporada. E isso mesmo reconheceu o treinador português: “Não pudemos contar com o melhor Ricardo Quaresma. É muito jovem e sentiu demasiado tudo o que se passou à sua volta”.

Imaturidade
Sobre as diferenças entre a campanha realizada por Portugal no apuramento e esta fase final, Oliveira afirmou que “a qualificação foi realizada num quadro competitivo completamente diferente, com selecções não tinham a qualidade das que estão aqui presentes, pois estas são todas muito fortes. Podia ter uma saída airosa e dizer que se tratou de azar, mas tivemos alguma imaturidade”. Além disso, “disse no início que tínhamos uma equipa com bons valores individuais, mas que nos faltava ainda formar um bom colectivo. E foi isso mesmo o que aconteceu, embora a maioria dos jogadores desta equipa vá jogar o próximo Europeu. Por isso, ainda podemos fazer crescer estes jovens».

Agradecer ao público
De regresso à equipa inicial, João Mountinho marcou o único tento do jogo e foi um dos mais inconformados na partida com a Alemanha. No final das emoções, apesar do triunfo, não escondeu a tristeza pela eliminação de Portugal, mas deixou uma palavra de apreço aos incansáveis adeptos que nunca deixaram de apoiar os jogadores lusitanos. “O meu golo chegou tarde mas deu-nos a vitória. Infelizmente não conseguimos concretizar o feito de passar às meias-finais, mas há que dar os parabéns a toda a equipa pelo esforço que fez até ao último minuto, pois nunca desistiu. Queria também agradecer a este público imenso que tanto nos apoiou”.

“Falta de sorte”
Em relação aos motivos de a equipa portuguesa não ter conseguido cumprir o objectivo inicial de passar às meias-finais, o médio do Sporting voltou a queixar-se da pouca sorte da formação lusitana. “Penso que o principal foi mesmo a falta de sorte, pois este grupo sempre esteve muito unido e tentou corresponder às expectativas. Como nos outros jogos, tivemos ocasiões para fazer golo e não conseguimos. Marcámos um já no final e mesmo assim ainda dispusemos de duas excelentes oportunidades”, disse.

“Grupo fantástico”
O central Zé Castro elogiou o grupo de trabalho e também destacou o factor-sorte como uma das razões para o afastamento de Portugal. “Tenho muita dificuldade em analisar este jogo, mas quero dizer que me sinto muito orgulhoso de pertencer a este grupo fantástico de jogadores. É obvio que a sorte não explica tudo, embora tenha desempenhado papel muito importante na nossa campanha. Os adeptos foram fantásticos no apoio, mas já esperávamos este tipo de recepção.

Futuro passa por Madrid
Falando sobre o seu futuro, que passa agora por Espanha e pelo Club Atlético de Madrid, o defesa português afirmou que “o principal objectivo é evoluir como jogador e vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para o conseguir”.

"Final devastador"
Por seu lado, o técnico alemão Dieter Eilts era o rosto da desilusão: "O final do jogo foi devastador. Todos puderam ver que a minha equipa jogou bom futebol e merecia continuar em prova e não regressar a casa. Apenas me resta elogiar os meus jogadores. Merecem todos os cumprimentos, pois deviam estar nas meias-finais", disse.