EURO Sub-21 de 2009: Alemanha vence pela primeira vez
quarta-feira, 1 de julho de 2009
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A Alemanha venceu o Campeonato da Europa de Sub-21 pela primeira vez na sua história, com um triunfo na final, por 4-0, frente à Inglaterra, concluindo a competição em grande estilo.
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Alemanha 4-0 Inglaterra
(Castro 23, Özil 48, Wagner 79 84)
Malmö New Stadium, Malmo
A Alemanha venceu o Campeonato da Europa de Sub-21 pela primeira vez na sua história, com um triunfo na final, por 4-0, frente à Inglaterra, concluindo a competição em grande estilo.
A campanha da Alemanha alicerçara-se no poderio da sua defesa, juntamente com o brilhantismo do seu guarda-redes, Manuel Neuer, e os defesas-centrais Jerome Boateng e Benedikt Höwedes a ajudarem a restringir o pecúlio dos adversários a apenas um golo em toda a prova, mas, na final, foi o tecnicismo do médio Mesut Özil que terminou com a resistência inglesa. O médio de 20 anos marcou um golo e fabricou outros dois, ajudando a Alemanha a lograr um "hat-trick" de sucessos, pois juntou o título dos Sub-21 aos de Sub-19 e Sub-17, que havia conquistado nos 11 meses anteriores.
Apesar de ter sido a Alemanha a levar o troféu para casa, a anfitriã Suécia também teve razões para festejar. Os suecos foram afastados nas meias-finais, mas o país assistiu a um conjunto de excelentes exibições da sua selecção. Marcus Berg mostrou ser uma das estrelas da prova ao apontar um recorde de sete tentos na fase final, tendo marcado os primeiros três na goleada de 5-1 frente à Bielorrússia, no primeiro jogo da sua equipa para o Grupo A. No outro desafio do dia, a Sérvia empatou 0-0 com a Itália, que, depois, assumiu o comando da "poule" ao bater, três dias depois, a Suécia, por 2-1. Um empate a zero entre a Bielorrússia e a Sérvia significou que suecos e transalpinos apenas necessitavam de um ponto nos seus últimos jogos para se apurarem para a fase seguinte. No entanto, ambos os conjuntos triunfaram. A Itália bateu a Bielorrússia, por 2-1, conquistando o primeiro lugar do grupo, e Berg bisou na vitória da Suécia sobre a Sérvia, por 3-1.
A Alemanha e a Inglaterra foram as selecções que se qualificaram do Grupo B. A equipa de Stuart Pearce ultrapassou a estreante Finlândia, por 2-1, na primeira jornada, apesar da expulsão de Michael Mancienne. Depois, mostrou as suas credenciais ao bater a Espanha por 2-0, conseguindo o primeiro lugar "ex-aequo". A Alemanha começara a campanha com um empate sem golos frente à Espanha e pouco se assemelhou com uma equipa com possibilidades de vencer a prova, dadas as dificuldades que encontrou frente à Finlândia, antes de triunfar por 2-0. Esse resultado deixou os pupilos de Horst Hrubesch a necessitarem de um ponto frente à Inglaterra para se qualificarem. Foram mesmo os alemães que abriram o activo em Halmstad, com Gonzalo Castro a marcar logo aos cinco minutos. A Inglaterra fez dez alterações relativamente ao conjunto que havia derrotado a Espanha, mas, ainda assim, chegou ao empate, graças a um cabeceamento de Jack Rodwell, à passagem da meia-hora. A Espanha recuperou ao vencer a Finlândia, mas ambas as equipas terminaram o seu percurso na fase de grupos.
Apesar de todas as expectativas, a Suécia viu-se praticamente afastada logo à meia-hora da primeira meia-final, pois permitiu que a Inglaterra se aproveitasse da sua vulnerabilidade nas "bolas paradas" para chegar a uma vantagem de 3-0, através de golos de Martin Cranie, Nedum Onuoha e de um autogolo de Mattias Bjärsmyr. A Suécia, contudo, reagiu, e mais dois golos de Berg, antes e depois de um livre directo de Ola Toivonen levaram a decisão para o prolongamento. A expulsão de Frazier Campbell levou a um ascendente dos suecos, que, no entanto, não conseguiram aproveitar tanto o factor-casa como a superioridade numérica. A Inglaterra, que perdera nesta fase da prova com a Holanda em 2007, qualificou-se para a sua primeira final desde 1984, quando Guillermo Molins acertou no poste na sua tentativa de conversão.
Na final, a Inglaterra voltou a defrontar a Alemanha, que se viu em vantagem na meia-final com a Itália, aos 47 minutos, através de um livre directo de Andreas Beck, podendo os germânicos ainda agradecer o triunfo ao seu guarda-redes, Neuer, que efectuou nova exibição irrepreensível. Os "azzurrini" dominaram a primeira parte e por duas vezes Neuer susteve cabeceamentos de Marco Motta. Na final de Malmo, a equipa de Horst Hrubesch mostrou que também podia atacar com precisão. Castro adiantou a Alemanha no marcador aos 23 minutos, antes de um livre directo com bastante efeito de Özil ter iludido o guardião inglês Scott Loach, apenas três minutos depois do intervalo. Dois tentos de Sandro Wagner colocaram um ponto final na decisão, dando à Alemanha um título que surpreendentemente lhe escapava.