Meias-finais da UEFA Youth League: Olympiacos e Milan vencem nos penáltis e jogam final
sexta-feira, 19 de abril de 2024
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Olympiacos e AC Milan vão medir forças na segunda-feira em Nyon, na final, depois de terem eliminado, respectivamente, Nantes e Porto em desempates por penáltis.
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Olympiacos e AC Milan vão defrontar-se na final da UEFA Youth League, na segunda-feira, em Nyon, depois de ambos terem ultrapassado, respectivamente, Nantes e FC Porto nas meias-finais, após desempates por pontapés da marca de grande penalidade.
Nem a Grécia nem a Itália tinham, até à data, tido uma equipa na final. Algo que agora mudou, depois de o Olympiacos ter mantido a calma frente a uma equipa do Nantes que até aqui se tinha mostrado perita em desempates por penáltis nesta competição, e de, depois, o Milan ter conseguido evitar a derrota de forma dramática frente ao antigo campeão Porto, antes de ser mais eficaz nas grandes penaliadades.
Jogos da fase final
Meias-finais: Sexta-feira, 19 de Abril (Centro Desportivo de Colovray, Nyon)
Olympiacos 0-0 Nantes (3-1 nos penáltis)
Porto 2-2 Milan (3-4 nos penáltis)
Final: Segunda-feira, 22 de Abril (Centro Desportivo de Colovray, Nyon)
Olympiacos - Porto / Milan (17h00 de Portugal continental)
Olympiacos 0-0 Nantes (3-1 nos penáltis)
O Olympiacos, já a primeira equipa grega a chegar a esta fase da competição, continuou a fazer história ao eliminar o Nantes, que já tinha ultrapassado quatro desempates por grandes penalidades para chegar a estas meias-finais. Talismã poderá ter sido o defesa-central Isidoros Koutsidis, suplente não utilizado na véspera pela equipa principal, quando o Olympiacos derrotou o Fenerbahçe também nos penáltis na UEFA Europa Conference League.
Foi o Nantes a criar a primeira oportunidade, com o guarda-redes do Olympiacos, Antzelo Sina, a brilhar para negar o golo a Exaucée Mafoumbi. Pouco depois da meia hora, foi o Olympiacos a ameaçar, quando Charalambos Kostoulas testou Tom Mabon na baliza gaulesa. Na resposta, Taigy Dugard cabeceou por cima para o Nantes.
A equipa francesa aumentou o ritmo após o intervalo. Mabon voltou a ter de se aplicar para defender um livre de Christos Mouzakitis, travando também a recarga. No entanto, ninguém marcou e, pelo terceiro ano consecutivo, o primeiro jogo das meias-finais da UEFA Youth League foi decidido nas grandes penalidades. Um bom presságio para o Olympiacos, já que os vencedores dos desempates anteriores, AZ Alkmaar e Benfica, obtiveram depois vitórias confortáveis na final.
Estatística: O Olympiacos é apenas o segundo clube grego a chegar à final de uma competição da UEFA, depois do Panathinaikos, na Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1970/71.
Reacções
Dimitrios Mavrogenidis, treinador do Olympiacos: "É um orgulho para este clube. É um momento muito especial. Temos muita confiança [para a final]. O esforço que os meus rapazes fizeram é incrível. Esta caminhada tem sido incrível, mas agora falta a última paragem. Vamos dar tudo."
Stéphane Moreau, treinador do Nantes: “Existem duas grandes emoções em nós neste momento. A primeira é de decepção por termos estado tão perto de chegar à final. A outra é de muito orgulho. Estou muito orgulhoso do percurso que fizemos até aqui e do desempenho que tivemos hoje. Os jogadores colocaram em prática as ideias que preparámos. Faltou-nos um pouco de intensidade e talvez o toque final."
Porto 2-2 Milan (3-4 nos penáltis)
O Milan procurou pressionar o Porto desde o apito inicial e aos 12 minutos teve a recompensa. Gabriel Brás, importunado por um adversário, deixou a bola fugir para Fillipo Scotti, que aproveitou para deixar para trás o capitão portista e bater Diogo Fernandes.
Depois do golo, o Porto, apoiado, como é hábito com as equipas portuguesas que vêm até Nyon, por muitos adeptos, começou a reagir. E, quatro minutos antes do intervalo, emaptou. Davide Bartesaghi cortou uma bola com a mão na grande área do Milan e Jorge Meireles converteu a respetiva grande penalidade.
O Porto manteve o mesmo ímpeto na segunda parte e Gabriel Brás cabeceou aos 65 minutos, subindo mais alto do que toda a dar o melhor seguimento a um cruzamento de Jorge Meireles e marcar o seu primeiro golo na UEFA Youth League, ao 20º jogo.
Foi então a vez de o Milan reagir. Davide Bartesaghi cruzou e Alexander Simmelhack, que tinha saltado do banco pouco antes, com um desvio subtil, obrigou Diogo Fernandes a boa defesa. Com os italianos balanceados para o ataque, o Porto aproveitou e Gil Martins isolou-se, mas não conseguiu matar o jogo, permitindo a defesa de Noah Raveyre. Foi apenas um dos vários lances não aproveitados pelos dragões, que acabariam por lamentar essa falta de eficácia.
Já nos descontos, Zeroli entrou pela área do Porto, passou por vários adversários e, à saída de Diogo Fernandes, tocou para Simmelhack, que atirou para o fundo da baliza deserta, levando a decisão para os penáltis.
Aí, no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, Jorge Meireles começou por permitir a defesa de Raveyre. Diogo Fernandes ainda respondeu, defendendo também o remate de Jan-Carlo Simić. Porém, Gil Martins bateu o seu penálti por cima da trave e, sem mais ninguém falhar a partir daí, coube a Zeroli converter a derradeira grande penalidade, decisiva, que colocou o Milan na final.
Estatística: O Milan também venceu o Braga nos oitavos-de-final e o Real Madrid, nos quartos-de-final nos penáltis, e em ambas essas ocasiões também tinha sido Zeroli a converter a última grande penalidade.
Reacções
Ignazio Abate, treinador do Milan: "Um pouco de emoção sabe sempre bem. Ainda há muita adrenalina no ar. É um feito histórico. Dentro de alguns anos eles vão lembrar-se desta equipa. Regressámos aqui um ano depois da derrota nas meias-finais com Hajduk Split. Não era fácil e é incrível. Todos os detalhes fazem a diferença, como hoje. Sofremos um golo de bola parada, reagimos com coração, como outros não teriam conseguido se não tivessem um conjunto de jogadores como os meus e estamos na final".
Nuno Capucho, treinador do Porto: "O meu sentimento é de tristeza. O que estes miúdos fizeram, apesar de não terem começado bem o jogo... mostrámos o que valemos. Na segunda parte, tivemos muito mais oportunidades para marcar. Os meus jogadores têm que perceber que o futebol é assim. Quando não acerta no toque final, isto pode acontecer."
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