Benfica quebra enguiço na final da UEFA Youth League
sexta-feira, 27 de maio de 2022
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Tendo perdido em três das primeiras sete finais, o Benfica triunfou em grande estilo na oitava edição da prova.
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O Benfica tinha sido a equipa mais próxima da vitória na UEFA Youth League, perdendo a primeira final de 2014, e mais duas em 2017 e 2020.
Contudo, quando a competição regressou após um ano de ausência devido à COVID-19, o Benfica acabou mesmo por ser o vencedor e com bastante brilhantismo, sobretudo com dois jogos espectaculares na fase final de Nyon.
Os momentos iniciais tiveram muitas emoções, com todos, excepto um dos grupos, a entrarem para a última jornada, incluindo Paris Saint-Germain e Sporting CP, ultrapassando desvantagens de dois golos para vencerem os jogos decisivos. Real Madrid e Atlético mantiveram os seus recordes de passar da fase de grupos em todas as temporadas.
Entretanto, o estreante Deportivo La Coruña atraiu as duas maiores assistências de todos os tempos no caminho dos campeões nacionais, dando a volta a uma desvantagem de 3-0 na primeira mão, para vencer o Pogoń Szczecin na primeira ronda da fase a eliminar.
O Deportivo perdeu nos pénaltis frente ao Dínamo Kiev no "play-off", com o Borussia Dortmund a vencer no terreno do Empoli, por 5-3. O Dortmund também passou os oitavos-de-final nas grandes penalidades, na casa o Manchester United, com o Atlético a vencer por 3-2 os campeões do Real Madrid num derby sempre apetecível.
O Benfica alcançou os quartos-de-final pela sexta vez, igualando o recorde, e acabou por golear o rival Sporting, por 4-0, em Alcochete. O Salzburgo recuperou e bateu o Paris Saint-Germain, o Atlético venceu em Dortmund diante de quase 20.000 adeptos e a Juventus derrotou o Liverpool.
A Juve foi apenas a segunda equipa italiana a chegar à fase final de Nyon, a quatro equipas, depois da Roma, em 2014/15. Os transalpinos viram-se em desvantagem frente ao Benfica logo no início, com Martim Neto a marcar o golo mais rápido de sempre nas fases finais, mas depois o guarda-redes das Águias, Samuel Soares, foi expulso, e a Juventus recuperou, chegou ao empate com dois golos espectaculares, que forçaram os penáltis. O substituto de Soares, André Gomes, foi o herói do Benfica com duas defesas, ajudando a sua equipa a igualar o recorde do Chelsea, ao chegar a quatro finais.
Houve menos drama na segunda meia-final, com o campeão de 2016/17, Salzburgo, a vencer o Atlético por 5-0, inspirado por Roko (filho de Dario) Šimić. Essa foi a maior vitória de sempre nas meias-finais, mas o Salzburgo mal podia esperar que acabaria derrotado na final por números ainda maiores.
Na final, Neto quebrou o seu recorde de três dias do golo mais rápido. Em seguida, Henrique Araújo, que tal como Neto e Tomás Araújo, havia disputado a derrota da final de 2020, frente ao Real Madrid, marcou o primeiro "hat-trick" numa final, nada mal para um jogador que só foi chamado à equipa após as meias-finais.
Com Cher Ndour e Luis Semedo também a marcarem, a vitória do Benfica, por 6-0, emocionou grande parte dos adeptos portugueses no Estádio Colovray, que assistiram ao jogo em directo, tal com Luís Figo, Rui Costa e Nélson Veríssimo, então treinador da equipa sénior. Esta foi a primeira vez desde a Taça dos Campeões Europeus de 1961/62 que o Benfica conquistou um título de futebol da UEFA.