Betão tranquilo para a final

Na sua segunda temporada ao serviço do Interviú Madrid, o internacional brasileiro Betão prepara-se para disputar mais uma final da Taça UEFA de Futsal com a camisola da formação espanhola. Na véspera do encontro de domingo frente ao Benfica, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, o pivot de 31 anos conversou com o UEFA.com sobre os seus primeiros passos na modalidade e sobre o que a sua equipa precisa de fazer para conquistar a quarta Taça UEFA de Futsal do seu historial.

UEFA.com: É um dos mais reconhecidos jogadores do panorama do futsal, mas pode contar-nos como tudo começou?

Betão: Comecei a jogar futsal quando era muito novo, nos subúrbios de São Paulo; tinha, talvez, uns oito ou nove anos. A nível da minha carreira profissional, a grande explosão deu-se em 1997, quando assinei pelo Generals Motors, considerada a melhor equipa da minha cidade natal. Foi a partir daí que comecei a crescer física e mentalmente.

UEFA.com: De todos os títulos que conquistou, qual o que recorda de forma mais especial?

Betão: Sem qualquer dúvida, a Taça UEFA de Futsal que ganhei com o Interviú na temporada passada. Outra medalha que para sempre guardarei perto de mim é a que venci quando conquistei a Taça de Espanha ao serviço do Autos Lobelle Santiago. Apesar de sermos uma equipa com que ninguém contava, acabámos por bater o Interviú na final.

UEFA.com: Há alguma motivação especial para se apresentarem em excelente nível nesta “final four”, apesar de não estarem a realizar uma temporada tão positiva a nível interno?

Betão: Na primeira metade da época não perdemos um único jogo na Liga. Mas somos o Interviú e, por isso, quando perdemos alguns jogos, começaram a dizer que já não éramos a mesma equipa do passado. Não estivemos particularmente bem frente ao Araz Naxçivan, na sexta-feira, mas o nosso moral está em alta e vamos elevar o nosso nível de jogo na final.

UEFA.com: Como avalia o Benfica, o vosso adversário na final?

Betão: Vimos o jogo da meia-final contra o Luparense C/5, onde se mostraram muito rápidos no contra-ataque. Não podemos permitir que isso suceda no domingo. Sabemos que vai ser complicado, especialmente porque eles jogam em casa, diante dos seus adeptos, que, admito, são incríveis. Mas a pressão vai estar do lado do Benfica; nós estamos habituados a jogar estas grandes finais. Vamos procurar ser consistentes na defesa de modo a conseguirmos ganhar.