Edoardo Bove: A concretização de um sonho de infância na Roma e levar a equipa à final da UEFA Europa League

Os recentes sucessos da Roma no futebol europeu foram alcançados com a ajuda de nomes internacionais consagrados, como o treinador José Mourinho, mas quando Edoardo Bove, de 20 anos, marcou aquele que viria a ser o golo decisivo nas meias-finais, houve sinais de que o talento local ainda está a tempo de brilhar.

Na sua terceira época na Serie A, o médio italiano nascido em Roma impressiona pela capacidade de trabalho e, em jeito de brincadeira, Mourinho chamou-o de "cão doente" pela incansável postura nos jogos em prol da equipa. Antigo adepto da Roma, Bove tem agora a oportunidade de brilhar numa final importante quando o seu conjunto defrontar o Sevilha em Budapeste.

Os primeiros passos no futebol

Desde muito jovem sempre gostei bastante de desporto em geral, principalmente dos jogos com bola. Costumava jogar ténis com regularidade quando era mais novo e, cerca dos cinco ou seis anos, pratiquei ténis e futebol. A dada altura tive de escolher, embora fosse muito bom em ambos. Vendo o que atingi, acho que acabei por fazer a escolha certa.

Como me senti quando joguei nas camadas jovens da Roma? É sempre difícil explicar esses sentimentos: é como tentar explicar a sensação de marcar um golo no [Estádio] Olímpico, ou receber a primeira chamada telefónica do clube. São emoções muito fortes. No geral, a maioria das pessoas costuma responder a essa pergunta dizendo que é uma "emoção indescritível". Mas é realmente assim. No início, o mais importante para mim era divertir-me. Mas, à medida que crescemos e nos desenvolvemos, começamos a entender o significado de jogar pela Roma e começamos realmente a sentir que fazemos parte deste clube.

Ser titular na equipa de Mourinho

Este é um ponto de partida. Estou apenas a começar e é por isso que quero continuar a jogar bem bem. Tenho de agradecer a confiança que depositam em mim neste momento, e isso é o mais importante. Estou muito feliz com isso.

[Mourinho] é uma pessoa especial para mim porque é uma pessoa verdadeira. Ele trata o resto da equipa como me trata a mim, e isso é o mais importante. Se tem algo a dizer, di-lo na cara, e eu prefiro pessoas assim. Por isso, dou-me bem com ele desde o início. Claro que ele também me ajudou a crescer. Toda a sua orientação me ajudou muito e estou feliz pela crença que tem em mim.

O golo decisivo na meia-final contra o Leverkusen

O golo frente ao Leverkusen foi o culminar de todo o trabalho que fiz nos últimos dois anos com na Roma, com o treinador e o staff. Talvez os [meus] primeiros golos tenham sido mais por instinto, típicos de um jogador jovem e inexperiente. Mas é preciso trabalhar muito nos treinos para extrair certos elementos do seu jogo e, quando se consegue isso em campo, é realmente fantástico.

A final contra o Sevilha

Espero uma grande final. Merecemos estar lá e estamos muito felizes com isso. Eles também merecem. O Sevilla vem da Champions League, por isso merece ainda mais estar na final. É por isso que estamos muito felizes; também muito satisfeitos pelos adeptos.