Nápoles - Dnipro: opinião dos repórteres
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Sumário do artigo
Paolo Menicucci, do UEFA.com, é um especialista no Nápoles, enquanto Igor Linnyk acompanha habitualmente o Dnipro. Saiba o que pensam do duelo entre ambos nas meias-finais.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Pontos fortes
Paolo Menicucci: Gonzalo Higuaín está numa forma fantástica, mas não é o único elemento que torna o ataque do Nápoles temível. Jogadores criativos e dinâmicos, como Marek Hamšík, Dries Mertens, Jonathan de Guzmán, Manolo Gabbiadini, José María Callejón e Lorenzo Insigne – que recuperou recentemente de uma grave lesão num joelho – dão muitas opções a Rafael Benítez para escolher os três jogadores que normalmente jogam no apoio a Higuaín num sistema de 4-2-3-1.
Igor Linnyk: Esta é a melhor época do Dnipro em 25 anos, Myron Markevych – que assumiu o cargo no início da época – conseguiu fazer face às lesões e às saídas de alguns jogadores importantes. O clube está no terceiro lugar da Liga ucraniana, a um ponto do FC Shakhtar Donetsk (que vai defrontar nas meias-finais da Taça da Ucrânia), pelo que se vive um sentimento de optimismo antes da estreia em meias-finais europeias.
Pontos fracos
Paolo Menicucci: O Nápoles tem uma média superior a dois golos por jogo nesta campanha na UEFA Europa League e já marcou por 57 vezes na Serie A. No entanto, os napolitanos sofreram 39 golos em 32 jogos do campeonato.
Igor Linnyk: O Dnipro é o clube que esta época cometeu mais faltas (199) e viu mais cartões amarelos (43) na UEFA Europa League e eventuais castigos seriam um rude golpe para uma equipa que já está privada do internacional ucraniano Roman Zozulya devido a lesão.
Forma
Paolo Menicucci: A irregularidade tem sido um problema para o Nápoles esta época. No entanto, os italianos parecem apresentar-se em boa forma sempre que é necessário. Conseguiram eliminar o VfL Wolfsburg na última ronda, com um inequívoco total de 6-3, e estão numa série de três triunfos consecutivos na Serie A.
Igor Linnyk: Uma criteriosa rotação do plantel permite ao Dnipro estar em boa forma, com Markevych a ter várias alternativas para as diferentes posições.
História na fase a eliminar
Paolo Menicucci: O Nápoles está pela primeira vez nesta fase de uma competição europeia desde que conquistou a Taça UEFA em 1989, na era de Diego Maradona. O treinador Benítez - que venceu a Taça UEFA/UEFA Europa League por duas vezes e também a UEFA Champions League – já provou ser um mestre em jogos a eliminar.
Igor Linnyk: Markevych chegou aos quartos-de-final como treinador do FC Metalist Kharkiv em 2011/12 mas, tal como o Dnipro, é um estreante nesta fase, embora o clube ucraniano tenham marcado presença por duas vezes nos quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Jogadores a seguir/que fazem a diferença
Paolo Menicucci: Higuaín marcou 26 golos em todas as competições esta época, mas o atacante de 27 anos também tem contribuído com assistências e liderança em campo. "É de longe o melhor jogador da Serie A", destacou o antigo internacional croata Zvonimir Boban.
Igor Linnyk: O guarda-redes Denys Boyko somou recentemente a primeira internacionalização pela Ucrânia e está cheio de confiança depois de manter a baliza do Dnipro inviolada em quatro dos seis jogos disputados desde o final da fase de grupos.
Prognóstico
Paolo Menicucci: A vitória por 4-1 em Wolfsburgo, na primeira mão dos quartos-de-final, serviu de aviso à Europa do futebol. As estatísticas dizem que o Nápoles é o grande favorito para passar à final, mas «Olympiacos, Ajax e Clube Brugge já viram que pode ser perigoso subestimar o Dnipro.
Igor Linnyk: Se conseguir lidar com a pressão, Dnipro pode dar luta a qualquer adversário. Os ucranianos bateram o Nápoles por 3-1, em casa, na fase de grupos de 2012/13.
Equipas prováveis
Nápoles: Andújar; Maggio, Albiol, Britos, Ghoulam; Inler, David López; Insigne, Hamšík, Gabbiadini; Higuaín.
Dnipro: Boyko; Fedetskiy, Douglas, Cheberyachko, Léo Matos; Kankava, Rotan, Fedorchuk, Luchkevych, Konoplyanka; Kalinić.