Percurso até à final: Atlético
sábado, 8 de maio de 2010
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O Atlético venceu apenas dois dos últimos 14 jogos europeus desta época, mas marcou sempre quando era preciso e procura conquistar o seu segundo grande troféu internacional.
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O Club Atlético de Madrid não teve, de todo, um percurso fácil até à final da UEFA Europa League, em Hamburgo, mas marcou sempre quando era preciso - por norma por intermédio de Diego Forlán –, o que lhe permite estar na luta pela conquista do segundo grande troféu europeu de clubes do seu historial.
Desde que afastou o Panathinaikos FC, em Agosto, nos "play-offs" da UEFA Champions League, o Atlético somou apenas duas vitórias em 14 jogos europeus, ultrapassando eliminatória atrás de eliminatória sempre nos limites. A passagem para a UEFA Europa League só foi obtida graças a um golo marcado fora no frente-a-frente com o APOEL FC, na fase de grupos da principal competição europeia de clubes, e pouco mudou com o virar do ano. Das quatro rondas que ultrapassou na UEFA Europa League, três delas foram vencidas graças aos golos marcados fora e, na outra, o apuramento chegou com um tento de Forlán no derradeiro minuto. O UEFA.com recorda caminhada do Atlético até à final.
UEFA Champions League, Grupo D
Depois de ter afastado o Panathinaikos, o Atlético estreou-se na fase de grupos com um empate caseiro, sem golos, diante do APOEL. Seguiram-se derrotas frente a FC Porto e Chelsea, que deixaram a equipa no último lugar do grupo, com apenas um ponto e nenhum golo marcado. Tais resultados contribuíram para a saída do treinador Abel Resino e, apesar de com Quique Sánchez Flores as melhorias não terem sido muito significativas de imediato, empates frente a Chelsea (2-2) e APOEL (1-1) chegaram para o Atlético levar a melhor sobre os cipriotas na corrida ao terceiro lugar do grupo.
16 avos-de-final
Club Atlético de Madrid 1-1 2-1 Galatasaray AŞ (total: 3-2)
Forlán foi o herói dos madrilenos em Istambul, ao apontar, no minuto 90, o golo da vitória que carimbou o apuramento da sua equipa. O Atlético foi a primeira equipa a ganhar vantagem na eliminatória, graças a um livre superiormente marcado por José Antonio Reyes no Vicente Calderón, mas viu Kader Keita oferecer ao Galatasaray um precioso empate em solo espanhol. O internacional costa-marfinense voltou a marcar uma semana mais tarde, na partida da segunda mão, mais uma vez para restabelecer a igualdade no marcador depois de o português Simão ter colocado os "colchoneros" na frente, mas, depois da expulsão de Caner Erkin na formação turca, Forlán teve a última palavra.
Oitavos-de-final
Club Atlético de Madrid 0-0 2-2 Sporting Club de Portugal (total: 2-2, Atlético apura-se graças aos golos fora)
O panorama não parecia o melhor para os pupilos de Quique Flores depois de o Sporting ter saído de Madrid a festejar uma igualdade sem golos num encontro em que jogou mais de uma hora em inferioridade numérica, devido à expulsão de Leandro Grimi e, já perto do apito final, também de Tonel. O Atlético não conseguiu, no seu estádio, melhor do que dois ou três bons remates de Sergio Agüero, mas o internacional argentino necessitou de apenas três minutos para colocar a sua equipa em vantagem na partida da segunda mão, em Lisboa. Agüero bisou no encontro antes do intervalo e, apesar de o Sporting ter, em duas ocasiões, respondido e chegado ao empate, primeiro por intermédio de Liedson e depois por Anderson Polga, a formação espanhola seguiu mesmo em frente.
Quartos-de-final
Valencia CF 2-2 0-0 Club Atlético de Madrid (total: 2-2, Atlético vence graças aos golos marcados fora)
As duas equipas já se haviam defrontado em 140 ocasiões na Liga espanhola, com o Valência a vencer por 53 vezes e o Atlético por 51, e também neste embate dos quartos-de-final houve pouco a separá-las. Apesar de fustigado por lesões, o Valência tudo tentou para ganhar vantagem, mas por duas vezes viu-se obrigado a correr atrás do empate, devido aos golos de Forlán e Antonio López, já no segundo tempo. David Villa fixou o resultado final em 2-2 a oito minutos do final, mas o Atlético partia com uma ligeira vantagem para o encontro da segunda mão, em Madrid, onde, apesar de Forlán e Villa terem acertado nos postes, ninguém conseguiu marcar, desfecho que conferiu o apuramento aos "colchoneros".
Meias-finais
Club Atlético de Madrid 1-0 1-2(após prolongamento) Liverpool FC (total: 2-2, Atlético vence graças aos golos fora)
Forlán voltou a ser o herói do Atlético, ao marcar na partida da segunda mão, já no prolongamento, o golo que deu aos madrilenos o apuramento para a sua primeira final de uma competição europeia desde a presença na final da Taça dos Vencedores das Taças de 1985/86. Depois de ter, também ele, apontado o único golo do jogo da primeira mão, o avançado internacional uruguaio desferiu em Anfield o golpe fatal no Liverpool, que pouco antes se havia colocado na frente da eliminatória. A formação inglesa tinha levado a decisão do embate para o prolongamento, com um golo de Alberto Aquilani, e Yossi Benayoun tinha dado vantagem aos "reds" logo no arranque do tempo extra.