Como os 142 golos do UEFA EURO 2020 foram marcados
segunda-feira, 12 de julho de 2021
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O empate de Leonardo Bonucci na final foi o 142º golo no EURO 2020: analisamos como cada um foi marcado.
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O UEFA EURO 2020 estabeleceu novas marcas goleadoras na fase final, em termos de golos marcados e maior percentagem de golos por jogo.
O UEFA.com decidiu observar ao pormenor os 142 golos, analisando como, quando e onde aconteceram, anotando tendências em relação a torneios anteriores.
Como foram marcados?
61: Pé direito
43: Pé esquerdo
27: Cabeça
11: Autogolos
Golos de pé esquerdo representaram menos de um quarto em 2008 e 2012, mas esse número passou para mais de 34 por cento em 2016 e 30,3 por cento nesta edição, uma prova da necessidade do futebolista actual ter de ser o mais competente possível com ambos os pés. O aumento no número de autogolos chamou a atenção neste torneio, com os 11 registados a serem mais do que o total de todas as edições anteriores (nove). A qualidade dos passes para a área, especialmente para a pequena área, foi sem dúvida um factor decisivo para o aumento acentuado deste número.
Com que frequência foram marcados?
Tempo médio até ao primeiro golo: 32 minutos
Média de golos por jogo: 2.78
O tempo médio até ao primeiro golo diminuiu nove minutos nesta fase final em comparação com o torneio de 2016, cujo aumento no número teve o contributo decisivo de muitos golos tardios. Em contraste, três dos cinco golos mais rápidos na história do EURO foram marcados na edição de 2020, e o marcador foi inaugurado até ao oitavo minuto em três dos quatro jogos dos quartos-de-final. A média de golos por jogo foi a maior das 16 edições da competição, destacando uma abordagem mais ofensiva de muitas equipas e o aumento de qualidade que ficou mais evidente desde que o torneio passou a ser disputado por 24 participantes.
Onde foram marcados?
Dentro da área (incluindo a pequena área): 123
Fora da área: 19
O número relativamente baixo de 15,7 por cento de golos no EURO 2016 foram marcados de fora da área, e esse número caiu ainda mais - para 13,4 por cento - nesta edição. Isto parece indicar uma tendência progressiva para desenvolver as jogadas em zonas nas quais existe maior probabilidade de produzir um golo, em vez da opção de rematar de longe, que tem uma probabilidade de sucesso mais baixa. Some-se a isso o fato de mais equipas defenderem com mais elementos - e assim terem mais jogadores entre a bola e a baliza - ao mesmo tempo que apostam no contra-ataque, e deixa de ser surpreendente esse declínio contínuo.
Quais os tipos de golo?
Jogada corrida: 132
Penálti: 9
Livre directo: 1
É preciso regressar a 2012 para se encontrar a última vez em que apenas um livre directo resultou em golo numa fase final, e a competência dos guarda-redes neste torneio, aliada ao facto de os defesas terem precisado muito menos vezes de irem ao relvado para ganhar a bola em redor da sua área, e está encontrada uma explicação para este número cada vez mais reduzido. Quando os penáltis também são levados em consideração, o número de golos que não foram marcados em lances de bola corrida caiu de 11,1 para 7 por cento.
E em relação a penáltis?
Penalties concedidos: 16
Convertidos: 9
Defendidos: 5
Falhados: 2
Houve mais quatro penáltis assinalados em comparação com 2016 - o único outro torneio com 51 jogos - mas apenas mais um foi convertido. Pode ser considerado mais um ponto a favor dos guarda-redes, mas também um sinal de que, numa era de análise de dados, os guarda-redes têm mais armas ao seu dispor para lidar com estas situações. O recorde de 16 penáltis também é um indicador do impacto do VAR nos grandes torneios, sendo este o primeiro EURO a usar esta tecnologia.