Polónia orgulhosa com êxito do EURO
terça-feira, 17 de julho de 2012
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O director de operações da UEFA, Martin Kallen, falou de um "torneio extraordinário", enquanto o director polaco do torneio, Adam Olkowicz, destacou o êxito da organização do UEFA EURO 2012.
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O director de operações da UEFA, Martin Kallen, e o director polaco do torneio, Adam Olkowicz, mostraram-se extremamente orgulhosos com o êxito do UEFA EURO 2012, na Polónia e Ucrânia, que estabeleceu novos padrões no que toca à organização de grandes torneios de futebol.
"Organizámos um maravilhoso UEFA EURO 2012", destacou Kallen em Varsóvia esta terça-feira, num balanço da competição. "Foi um torneio extraordinário." O tom positivo das palavras proferidas na capital polaca foi de encontro às que Kallen e os seus colegas ucranianos já haviam dito na véspera, segunda-feira, num balanço levado a cabo em Kiev.
"O UEFA EURO 2012 foi um grande êxito nosso", destacou Olkowicz. "A opinião é unânime entre as selecções participantes, adeptos e jornalistas vindos de todo o Mundo. Actuámos todos como uma grande equipa, tendo cada um diferentes papéis em campo. Todas as tarefas foram desenvolvidas com grande sucesso, pelo que a satisfação é enorme entre nós."
Foram vários os recordes quebrados na Polónia e na Ucrânia ao longo do torneio disputado entre 8 de Junho e 1 de Julho. Mais de 1,44 milhões de pessoas assistiram aos encontros nos estádios, garantindo uma média de 46.471 espectadores por jogo. O desafio com maior assistência, 64.640 espectadores, teve lugar no Estádio Olímpico de Kiev e colocou frente-a-frente Suécia e Inglaterra. A ocupação total dos estádios atingiu os 98,6 por cento. O encontro com maior número de espectadores na Polónia foi o jogo inaugural, entre a selecção da casa e a Grécia, assistido ao vivo por 59.070 adeptos.
Martin Kallen destacou o enorme interesse despertado pelo UEFA EURO 2012 e o impacto positivo do torneio. "Juntos organizámos uma grande festa", recordou. "Os dois países anfitriões mostraram a todos os seus convidados que são capazes de organizar eventos desta dimensão. Todas as selecções nacionais avaliaram de forma muito positiva os serviços que lhes foram prestados tanto na Polónia como na Ucrânia. Não se verificaram quaisquer problemas a nível dos locais de estágio, transportes e segurança."
Olkowicz falou da atmosfera vivida nas cidades que acolheram as várias selecções nacionais. "Treze equipas escolheram a Polónia para fixar a sua base de operações. Graças aos meios de comunicação de todo o Mundo, esses 13 locais tornaram-se muito populares ao longo do torneio. Todas a pessoas mostraram a grande hospitalidade polaca e houve uma atmosfera familiar. Prova disso foi a iniciativa espontânea dos jogadores portugueses, que fizeram questão de exibir uma tarja a dizer 'Obrigado, Opalenica.' Essa imagem tornou-se muito popular, em especial em Portugal."
As sessões de treino abertas ao público constituíram, igualmente, um enorme êxito. A entrada era gratuita e revelaram-se muito populares entre os amantes do futebol. A maior assistência registou-se numa sessão de treino da selecção da Holanda, em Cracóvia, presenciada por 24 mil espectadores. A Espanha, que acabaria por se sagrar campeã europeia, foi a selecção que realizou mais sessões de treino abertas ao público: sete, ao todo. No total, assistiram-se na Polónia a 30 sessões de treino abertas ao público, que contabilizaram 114.500 espectadores.
As 'fan zones' oficiais revelaram-se, também, um estrondoso êxito, recebendo a visita de mais de sete milhões de pessoas durante o torneio. Mais de 1,4 milhões de adeptos visitaram a 'fan zone' de Varsóvia, com 695.750 a deslocarem-se à de Poznan; 652.450 estiveram em Wroclaw e 339.469 em Gdansk. A final acabou por ser, naturalmente, o jogo que atraiu mais pessoas, com um total de 539 mil amantes de futebol a assistirem ao jogo decisivo entre Itália e Espanha no conjunto das oito 'fan zones'.
"Toda a gente se vai lembrar da grande atmosfera vivida na 'fan zone' de Varsóvia durante o jogo de abertura", destacou ainda Kallen. "As cores da selecção nacional da Polónia encontravam-se por todo o lado, dando aos fotógrafos a oportunidade de captarem grandes imagens, que circularam por todo o Mundo."
Tanto Olkowicz como Kallen elogiaram ainda o trabalho infra-estrutural desenvolvido, sublinhando que este terá, no futuro, um grande impacto em ambos os países. "Depois do UEFA EURO 2012, muitas pessoas vão voltar à Polónia para passar férias ou assistir a outros grandes eventos", salientou Kallen. "Os polacos mostraram a sua capacidade para organizar eventos desta grandeza. E agora existem novas auto-estradas e melhores infra-estruturas."
"Muitas pessoas na Polónia não acreditavam que seríamos capazes de organizar um evento destes, mas conseguimos", acrescentou Olkowicz. "Nos aeroportos, durante os dias dos jogos, havia mais cerca de 50 por cento de pessoas do que o habitual, mas as opiniões dos convidados que nos visitaram para o UEFA EURO 2012 relativamente aos serviços dos aeroportos foram extremamente positivas. Para além disso, em Varsóvia pode agora viajar-se de comboio até ao aeroporto, o que constitui uma grande vantagem. Houve uma melhoria infra-estrutural, da qual podemos tirar grande satisfação."