Del Bosque satisfeito com Espanha "completa"
quinta-feira, 14 de junho de 2012
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Vicente del Bosque aplaudiu a capacidade de trabalho da Espanha na goleada sobre a Irlanda, cujo treinador, Giovanni Trapattoni, espera ainda poder sair do EURO de cabeça erguida.
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Após testemunhar a goleada da sua equipa frente à República da Irlanda, por 4-0, para somar a primeira vitória no Grupo C, o treinador da Espanha, Vicente del Bosque, expressou a sua satisfação pela capacidade da "la roja" para quebrar a resistência de uma equipa irlandesa "compacta", que criou poucas oportunidades. E se foi um "jogo completo" da parte da Espanha, o homólogo de Del Bosque, Giovanni Trapattoni, lamentou aquilo que descreveu como mais uma exibição pautada por erros da sua equipa, que ficou desde já afastada do torneio.
Vicente del Bosque, treinador da Espanha
Estamos felizes, já que o nosso objectivo era vencer o jogo e acabámos por o conseguir. Não foi fácil, já que a Irlanda foi muito compacta na retaguarda. Do meu ponto de vista, o mais importante é que mostrámos segurança de posse da bola e jogámos bem a toda a largura do relvado. Efectuámos 26 remate à baliza. É uma estatística importante. Fiquei impressionado com os nossos defesas-centrais, que lidaram muito bem com a ameaça adversária no jogo aéreo. A partir daqui, estivemos muito confortáveis na construção das jogadas. Criámos perigo apesar de o adversário ter tentado encurtar os espaços.
Penso que realizámos um jogo completo. Tivemos a maior posse da bola esta noite e sentimos que o Fernando [Torres] seria o tipo de jogador que nos faria tirar proveito disso. É um jogador que consegue criar espaços com a sua capacidade de penetração. Temos um plantel de 23 jogadores e todos eles são capazes de ser titulares. Hoje fiz alinhar o Fernando para que ele fizesse precisamente aquilo que fez.
Também gostaria de mencionar a Irlanda, já que os seus jogadores e adeptos são um exemplo. Não estamos interessados em empatar com a Croácia na última jornada. Antes desta noite tínhamos dito que faltavam dois jogos e que queríamos vencer ambos. Isso não mudou. Num torneio como este, nunca se pode baixar a guarda.
Giovanni Trapattoni, treinador da Irlanda
Tal como aconteceu no jogo com a Croácia, sofremos um golo madrugador que imediatamente estragou o nosso plano pré-jogo. Sabíamos que íamos enfrentar uma tarefa difícil, mas queríamos reforçar o nosso meio-campo, ao mesmo tempo que tentávamos apoiar o Robbie Keane no ataque. Depois, o golo inaugural do adversário tornou isso muito complicado, já que passaríamos a ceder mais espaço a uma equipa excepcionalmente dotada a nível técnico. Os erros que cometemos foram um duro golpe. Não se vêem este tipo de erros nos treinos, não existe tensão.
Mas aconteceu frente à Croácia e repetiu-se hoje. Esta noite a Espanha demonstrou uma qualidade que já sabíamos que possuía. Despende pouca energia já que envolve todos os jogadores, é como uma orquestra. Viemos para este torneio confiantes, mas resta-me a desilusão dos jogadores irlandeses. Os nossos adeptos merecem muito respeito. Aplaudiram-nos e puxaram por nós mesmo quando estávamos a perder. Estou imensamente triste por eles. No próximo jogo, frente à Itália, temos de nos certificar que saímos de cabeça erguida.