Smuda: pressão toldou a Polónia
sexta-feira, 8 de junho de 2012
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Franciszek Smuda admitiu que a pressão "paralizou" alguns dos seus jovens jogadores e permitiu que a experiente Grécia, de Fernando Santos, conseguisse um empate no jogo de abertura.
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O seleccionador da Polónia, Franciszek Smuda, reconheceu que a pressão tomou conta da sua jovem equipa na segunda parte do jogo de abertura do Grupo A, diante de uma selecção grega mais experiente. Fernando Santos ficou satisfeito com a reacção da sua equipa, depois de um mau início.
Franciszek Smuda, seleccionador da Polónia
Dei os parabéns a todos os jogadores quando saíram do campo e disse-lhes para se animarem porque seria muito pior se tivéssemos perdido e empatar 1-1 não é o fim do Mundo. O torneio está em aberto para nós, pois temos dois jogos para fazer e temos de concentrar-nos em ganhar já o próximo.
Posso dizer-vos que estávamos muito bem preparados, mas a pressão era imensa e penso que o stress acabou por ser um fardo demasiado pesado para esta jovem equipa, que nunca tinha participado num grande torneio, ao contrário dos gregos, que já estiverem em Mundiais e Europeus. Ao intervalo, disse que tínhamos de continuar, mas jogámos muito para o lado e para trás. Os gregos não tinham nada a perder. Alguns jogadores ficaram paralizados pela pressão.
Durante o estágio na Áustria, fizemos muitos treinos com marcação de penalties. Łukasz Fabiański, que está lesionado, é excelente a defendê-los, mas Przemysław Tytoń tambén já defendeu penalties de forma espectacular no seu clube.
Fernando Santos, seleccionador da Grécia
Tenho de dar os parabéns aos meus jogadores pelo grande trabalho que fizeram, sobretudo na segunda parte. Se esquecermos os primeiros 20 minutos, durante os quais fizemos tudo o que não devíamos fazer, estou satisfeito. Depois desse período, todos os jogadores fizeram um excelente trabalho. No início, não conseguimos controlar o ritmo do jogo. Sabíamos que a Polónia ia entrar com força e avisei os meus jogadores para isso. Também sabíamos quais as dificuldades que os polacos nos podiam criar e acabámos por sofrer um golo numa dessas jogadas, um contra-ataque, que já sabíamos que podia acontecer.
Depois dos 25 minutos iniciais, melhorámos. Os jogadores começaram muito bem a segunda parte, [que foi] completamente diferente. Mostraram carácter, marcaram um golo e tiveram uma grande hipótese de chegar ao segundo tento, que na minha opinião decidiria o jogo. Infelizmente, não conseguimos marcar, mas isso faz parte do futebol. No final, ambas as equipas estavam cansadas, mas tentaram ganhar. Ambas procuraram criar oportunidades, mas na segunda parte fomos melhores.