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O regresso do filho pródigo

Zlatan Ibrahimović termina a sua breve ausência da selecção da Suécia frente à Escócia, esta quarta-feira, num jogo em que a equipa técnica e os colegas estão esperançados em que possa liderar uma estimulante nova era.

O regresso do filho pródigo
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O filho pródigo do futebol sueco, Zlatan Ibrahimović, regressa à selecção frente à Escócia, esta quarta-feira, no meio de enormes esperanças de que possa liderar uma estimulante nova era sob o comando do seleccionador Erik Hamrén.

Este é um ponto de vista partilhado pelo antigo ponta-de-lança sueco Marcus Allbäck, agora adjunto de Hamrén. Ibrahimović não joga pela Suécia desde o fim das esperanças de apuramento para o Campeonato do Mundo, em Outubro, mas confirmou o regresso à selecção no mês passado. Allbäck sublinhou a sua importância para a causa sugerindo que o avançado do FC Barcelona tem potencial para ser na Suécia o mesmo que Zinédine Zidane foi na França.

"Se me perguntarem qual o meu jogador favorito de todos os tempos, eu respondo Zidane e o motivo é porque ele tornou melhores todos os outros jogadores que o rodeavam", disse Allback ao UEFA.com. "É isso que queremos que o Zlatan faça na selecção sueca. Queremos que sirva como elemento potenciador, aumentando a qualidade dos companheiros em 10 ou 20 por cento, porque ele tem essa grandeza, importância e habilidade."

A confiança de Allbäck é alicerçada na crença de que Ibrahimovic – autor de 22 golos em 62 internacionalizações – vai melhorar graças à abordagem mais positiva de Hamrén, que assumiu o comando técnico da selecção a tempo inteiro, depois de ter substituído o histórico Lars Lagerbäck em Novembro passado, ao mesmo tempo que treinava o Rosenborg BK, da Noruega.

Allback disse: "Ele é de longe a nossa maior estrela e é um impulso tremendo para a Suécia tê-lo de volta. Ele e o nosso treinador, Erik Hamrén, tiveram uma conversa esclarecedora e Hamrén disse: 'É isto que eu quero de ti, estás disposto a colaborar? Se nos deres o teu melhor, vamos adorar-te ainda mais'. E ele está preparado para isso."

Enquanto Lagerbäck era apologista do 4-4-2, Hamrén privilegia o 4-2-3-1, que Allbäck acredita "servir na perfeição a Ibrahimović". É uma opinião partilhada pelo médio sueco Anders Svensson, que envergou a braçadeira de capitão na ausência de Ibrahimović: "Penso que agora alterámos um pouco a nossa forma de jogar, temos mais confiança de posse da bola, e é assim que o Zlatan tem jogado e obtido bastante sucesso nos clubes por onde passou."

"Penso que até ao momento ainda não vimos todo o seu potencial na selecção, e creio que a forma como agora jogamos lhe vai ser mais benéfica", acrescentou Svensson, à espera que a Suécia, como consequência, veja "o verdadeiro Zlatan" de forma mais consistente. E disse: "Dêem-nos a hipótese de ver o verdadeiro Zlatan, não apenas em um, dois ou três jogos, mas em muitos mais. Quando se tem um jogador do seu calibre, é crucial para o êxito da Suécia."

Depois de defrontar a Escócia, a Suécia começa a fase de qualificação para o UEFA EURO 2012 em Setembro, recebendo Hungria e San Marino. Allbäck antevê essas partidas com optimismo, mas fez uma pausa para reflectir sobre o sucesso de Lagerbäck, que o orientou em cinco competições de selecções, entre 2000 e 2008.

Elogiou o seu antigo técnico pela "estabilidade" que trouxe e explicou que fez da Suécia uma equipa difícil de bater, graças à excelente capacidade organizativa. "Se perdíamos, era por 1-0 ou 2-1. O problema estava no último terço do terreno, já que não marcávamos muitos golos", afirmou. O objectivo do novo treinador é "ser melhor a nível ofensivo" – daí a importância do regresso de Ibrahimović.

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