Orgulho em jogo

O seleccionador Otto Rehhagel pretende que a Grécia realize uma exibição "digna do seu estatuto", no último jogo do Grupo D, frente à Espanha, em Salzburgo, para ter uma despedida positiva do UEFA EURO 2008™.

Dar o máximo
O reinado dos campeões europeus está a terminar, não tendo resistido às derrotas com Suécia e Rússia. Agora, a Grécia está empenhada em defender a sua honra no encontro com a equipa de Luis Aragonés, que já garantiu o triunfo no grupo. Rehhagel está determinado em levar a sua selecção à vitória no Stadion Salzburg Wals-Siezenheim, para se despedir do Europeu com um resultado positivo. "Já disse aos jogadores que pretendo empenho, vão ter de dar o máximo", explicou o alemão de 69 anos. "Temos de terminar este campeonato de forma condigna. Os jovens jogadores que vão entrar em campo terão de provar que merecem representar a selecção".

Sortes diferentes
Enquanto a Espanha já garantiu a passagem aos quartos-de-final, depois de somar seis pontos com os triunfos sobre a Rússia e a Suécia, a Grécia está no último lugar, não tendo ainda somado qualquer ponto ou marcado um único golo. Rehhagel confirmou que vai fazer alterações, ao mesmo tempo que confessa que está impressionado com a selecção espanhola. "Considero que a Espanha é uma equipa excepcional", avaliou. "Provaram a sua qualidade nos últimos dois jogos e na quarta-feira teremos de estar ao nosso melhor nível, mesmo que poupem alguns jogadores. Teremos de jogar como fizemos contra a Rússia". Fanis Gekas fracturou um osso da face no encontro com os russos e não poderá alinhar neste encontro. Rehhagel já confirmou que Dimitris Salpingidis será titular no ataque, enquanto os defesas-laterais Loukas Vintra e Nikos Spiropoulos poderão jogar nos lugares de Giourkas Seitaridis e Vassilis Torosidis.

Revolução de Aragonés
A Espanha tem mostrado estar em boa forma e apresenta-se como uma das grandes candidatas ao título europeu. Os espanhóis começaram por bater a Rússia, por 4-1, tendo depois vencido à Suécia, por 2-1, com um golo nos instantes finais do encontro. Aragonés poderá fazer dez alterações na equipa, e o único jogador a manter o lugar deverá ser o médio do FC Barcelona, Andrés Iniesta. "As mudanças destinam-se a dar descanso aos jogadores mais utilizados e também a dar oportunidade aos outros de mostrarem o porquê de estarem na selecção", explicou o treinador. "Já temos alguns problemas com a fadiga de Carles Puyol, por exemplo, por isso o mais importante é dar algum repouso aos jogadores".

Itália a seguir
"Como treinador tenho a obrigação de pensar que 'já estamos apurados para a próxima fase e devo dar uma oportunidade aos outros jogadores'", acrescentou. Especialmente porque os espanhóis vão ter de defrontar a Itália, campeã do Mundo, no próximo domingo, em Viena, nos quartos-de-final. Perante estes desafios, Aragonés considera que os jogadores têm todas as razões para continuarem a jogar a mais alto nível. "Espero que os meus atletas realizem uma grande exibição contra a Grécia, para vencerem e justificarem o porquê de estarem aqui".