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In the Zone: a movimentação brilhante de Šeško e Vlahović

Rafa Benítez, observador técnico da UEFA, analisa o brilhantismo individual de Benjamin Šeško, Dušan Vlahović e Francisco Conceição que animou o jogo entre Leipzig e Juventus, da Jornada 2.

“Louco” foi como o avançado da Juventus, Dušan Vlahović, resumiu a emocionante vitória da sua equipa na reviravolta vitoriosa por 3-2 sobre o Leipzig, na Jornada 2 da UEFA Champions League, um jogo aberto e divertido – mas apertado – e que acabou por ser decidido por momentos-chave individuais.

Começando pelo Leipzig, os alemães tiveram menos posse de bola e procuraram criar oportunidades através de contra-ataques. Os germânicos tiveram alguns lances rápidos no início do jogo, mas estes não deram em nada quando chegaram ao último terço.

Como foi: Leipzig 2-3 Juventus

No entanto, o golo inaugural aos 30 minutos, como podemos ver no primeiro vídeo produzido para a FedEx Performance Zone, foi uma excepção, uma vez que a equipa contra-atacou a partir da sua própria área e executou bem a transição.

Veja: classe individual decide o Leipzig - Juventus

Vejamos o autor do golo, Benjamin Šeško. Começa a sua corrida pertdo da sua própria área. Quando a bola sobra para Loïs Openda, Šeško continua a avançar a grande velocidade, sempre ciente do seu posicionamento e timing.

Quando chega o momento certo, corre e ataca com velocidade o espaço entre a linha de fundo e o guarda-redes. A bola de Openda para a área é perfeita para a sua corrida e Šeško controla-a de forma soberba com o pé direito antes de finalizar de forma convincente junto à trave com o pé esquerdo.

O primeiro golo da Juventus, cinco minutos depois do intervalo, pode ser visto no segundo vídeo – e o que é crucial aqui é o movimento inteligente de Vlahović. Andrea Cambiaso recebe a bola e, com o seu posicionamento, consegue fazer um cruzamento bem-sucedido, mas vejam como Vlahović ataca o espaço à frente do defesa pelo lado cego, cortando à frente dele para desviar o passe de Cambiaso para a baliza.

Autor de dois golos, Vlahović foi uma figura fundamental, como é sublinhado ainda mais pelo terceiro vídeo. Num momento difícil para a Juventus – a perder por 2-1 após o segundo golo de Šeško e com um homem a menos na sequência da expulsão do guarda-redes Michele Di Gregorio aos 59 minutos – vemo-lo a pressionar fortemente para ajudar a recuperar a bola e depois a fazer um sensacional remate de fora da área.

A Juventus fez duas substituições cedo na primeira parte e tinha agora menos um jogador, mas continuava a ser perigosa, num esquema de 4-3-2. A equipa italiana teve de escolher os momentos para ser corajosa com a bola – e podemos ver o melhor exemplo disso no quarto vídeo, que mostra o golo da vitória, marcado por Francisco Conceição, aos 82 minutos.

O extremo português enfrenta dois defesas e, no entanto, ataca, dribla entre eles e depois remata por baixo de um terceiro jogador do Leipzig para marcar. Foi sozinho, arriscou e marcou o golo – o derradeiro momento individual que permitiu ganhar o jogo.

É claro que não se tratou apenas de quem marcou os golos. A Juventus teve mais controlo e posse de bola, e Cambiaso – entrando ou avançando pela esquerda a partir da sua posição de lateral-esquerdo – revelou-se fundamental para para isso. Além disso, Nicolò Fagioli, com excelente visão de jogo e plena consciência do que o rodeava, deu o controlo à Juventus.

Apesar de ter dez jogadores e de enfrentar um adversário agressivo cada vez a pressionar mais, a Juventus trabalhou muito, segurou bem a bola na defesa, esteve muito bem organizada e continuou a controlar o jogo. Todos os jogadores sabiam exactamente o que tinham de fazer.

Gostei da forma como Cambiaso trocava de posições: ia para a frente, recuava, entrava. Deu soluções aos companheiros de equipa, fez sempre o passe certo – muitas vezes um passe penetrante – e até fez alguns remates. A sua contribuição fez a diferença para a Juventus, embora esta ainda precisasse do impacto individual e dos momentos mágicos de Vlahović e Francisco Conceição para vencer.

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