Desejo final de Buffon: "Sempre quis ganhar este troféu"
segunda-feira, 8 de maio de 2017
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Pronto para fazer o jogo 150 nas provas de clubes da UEFA, Gianluigi Buffon recordou as vezes em que esteve perto de conquistar o troféu e a importância de triunfar na UEFA Champions League.
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Sobre o Mónaco...
Vou contar-vos um segredo. Por volta dos 30 minutos do jogo do Mónaco no terreno do Manchester City, enviei uma mensagem a um dos nossos directores a dizer: “Atenção, esta equipa pode chegar à final, são muitos fortes”! Isto mostra o respeito que temos por eles. Sabemos que se quisermos ter mais uma oportunidade de ganhar a UEFA Champions League temos de ultrapassar um obstáculo que será pelo menos tão complicado como o Barcelona em termos futebolísticos.
Sobre o peso da idade aos 39 anos...
O Kylian Mbappé, do Mónaco, nasceu em Dezembro de 1998 e nessa altura eu já tinha disputado o Campeonato do Mundo em França! É o aspecto mais positivo de ter uma carreira tão longa, poder defrontar jovens que ainda nem tinham nascido quando eu já tinha feito uma parte importante da minha carreira. Um destes dias estava a pensar que consegui abarcar quase três gerações. Quando comecei a jogar ainda tive colegas que tinham nascido no final das décadas e 1950 e 1960 e vou terminar a carreira ao lado de jogadores que nasceram depois de 2000. É um enorme período de tempo!
Sobre as marcas das derrotas em finais...
Tenho o desejo de superar a derrota na final em Berlim [frente ao Barcelona em 2015], mas também da final de Manchester em 2003 [quando a Juventus foi derrotada pelo AC Milan no desempate]. Quando recordo estes momentos fico ainda mais motivado.
Em 2015 fomos derrotados numa fase em que o que Barcelona estava encostado às cordas. Sofremos um golo quase em contra-ataque, ainda defendi o remate do Messi, mas o Suárez marcou na recarga.
Foi muito doloroso perder nas grandes penalidades em 2003 mas, como tinha apenas 20 anos, acreditava que iria ganhar muitas mais vezes! É a exuberância da juventude. Estive tão perto da vitória naquele momento. Eles falharam três grandes penalidades nessa final, eu defendi duas.
Depois do jogo da segunda mão com o Barcelona esta época, é claro que fiquei muito feliz. Não festejei demais, porque sei que depois de um certo ponto ou ganhamos o troféu ou ficamos muito desiludidos. Como já fiquei tantas vezes desiludido, prefiro esperar por ter a vitória garantida e só depois comemorar!
Sobre o que significaria conquistar finalmente o troféu...
Teria um enorme significado para mim. Seria a maior alegria da minha carreira, juntamente com o triunfo no Campeonato do Mundo de 2006. Seria uma espécie de recompensa, depois de percorrido um caminho árduo à custa de coragem, determinação e muito trabalho. Sempre quis ganhar este troféu e sempre acreditei que o conseguiria com a esta equipa, os adeptos e os meus colegas. Seria excelente!