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Versatilidade ofensiva do Bayern crucial

"Fomos fenomenais", exultou Thomas Müller após a goleada do Bayern ao Porto e Jonathan Stockitt, repórter do UEFA.com, partilha da mesma opinião.

Bayern 6-1 Porto: a história em fotos ©AFP/Getty Images

Thomas Müller, atacante do FC Bayern München, não conseguiu esconder a felicidade quando partilhou com os jornalistas a sua opinião sobre o fantástico triunfo por 6-1 sobre o FC Porto, esta terça-feira. "Fomos fenomenais esta noite", afirmou. E poucos discordarão.

A turma bávara seguiu para as meias-finais da UEFA Champions League com um total de 7-4 no conjunto das duas mãos, arrasando por completo a formação portuguesa com um exibição irresistível na primeira parte da segunda mão, durante a qual apontou cinco golos sem resposta.

Fez assim esquecer tudo o que havia sido dito antes do encontro, quando todas as conversas se centraram na exibição menos conseguida do campeão alemão na derrota por 3-1 no Estádio do Dragão, na primeira mão, e na inoperância do seu ataque perante as ausências dos extremos Arjen Robben e Franck Ribéry. A verdade é que, apesar de o Bayern ter apresentado em Munique um "onze" muito semelhante ao do primeiro jogo, desta feita a história foi bem diferente.

"Na primeira mão não soubemos aproveitar os espaços nas alas", explicou o capitão Philipp Lahm. "Desta feita corrigimos esse aspecto comigo a jogar na direita e o Mario [Götze] na esquerda".

Os três primeiros golos dos anfitriões nasceram, efectivamente, de lances pelos flancos, com Juan Bernat a cruzar da esquerda aos 14 minutos para Thiago Alcántara inaugurar, de cabeça, o marcador, antes de Jérôme Boateng ampliar a vantagem instantes mais tarde, igualmente de cabeça, após desvio inicial de Holger Badstuber. Robert Lewandowski fez, de seguida, o terceiro, à passagem do minuto 30, finalizando da melhor forma um excelente lance nascido no lado direito do ataque bávaro. Os três golos deixaram o Porto siderado, mas os pupilos de Josep Guardiola não abrandaram o ritmo e marcaram mais três vezes até ao apito final.

As mudanças tácticas do Bayern levaram igualmente a que Lewandowski e Müller jogassem lado a lado no ataque, e a dupla foi implacável; Lewandowski bisou e um remate de Müller desviou em Bruno Martins Indi, do Porto, antes de entrar na baliza, com o vencedor de 2013 a assumir o controlo da eliminatória. "Fomos muito activos no ataque e apresentámos um posicionamento algo diferente do que é habitual", explicou Müller. "Resultou na perfeição", concluiu. Lewandowski mostrou-se igualmente satisfeito: "Foi uma noite louca e estamos muito felizes. Sabíamos que teríamos de nos apresentar totalmente concentrados ao longo de toda a partida e na primeira parte fomos extraordinários".

Um problema para quem calhar em sorte ao Bayern nas meias-finais é que a formação alemã poderá entrar para a primeira mão, em Maio, com uma equipa bastante diferente, dado que Robben, Ribéry e Bastian Schweinsteiger estão praticamente recuperados de lesões, tendo o último já estado no banco de suplentes frente ao Porto. Se uma equipa do Bayern desfalcada é capaz de fazer o que fez na noite de terça-feira, imagine-se aquilo de que será capaz quando se apresentar na máxima força.

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